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1161 Words
–Que p***a você tava fazendo nesse quarto?—acordo com os gritos da minha mãe.–Você tava usando droga dentro da minha casa Lucca? O que eu já falei sobre isso? Me levanto do chão desnorteado. A lembra já foi embora. Olho pra ela que está com os olhos marejados segurando os pinos vazios na mão. –Não vai responder não é?—grita mais alto. –Mãe... –Que mãe que nada Lucca!—corta a minha fala.–Eu já não disse pra você se afastar dessas merdas? Só vão te destruir aos poucos, te levando pro fundo do poço. Sua irmã tá até agora chorando trancada no quarto porque você disse que ela ia se tornar a p**a rodada do morro e ainda falou da traição que ela sofreu. Eu me lembro vagamente disso. –Eu não tava em mim mãe. Sabe que não fui eu. –Ah não Lucca? Eu não quero nem saber se tu tava aonde. Tu fez cagada tá me ouvindo?—aponta o dedo na minha cara.–Só não te dou uns murro agora porque eu não quero te matar. Tem noção do que tu fez pra tua irmã? Tu bateu no carinha que ela gostava Lucca. E agora ele nem quer ver a cara dela pintada de ouro. –Foi pro bem dela. –Ah foi?—me olha incrédula.–Ela não precisa nem de tu nem do teu pai pra ficar aí, dando uns de protetor master. Ela tem uma vida, tem que namorar, aproveitar a vida. Assim como você aproveita. –Comigo é diferente. –Tu nem fala mais nada pra eu não te dá uns tapas moleque.—levanto a mão.–Ela pode assim como você pode. E nem venha me dizer que é porque você é homem. Sua irmã vai namorar quem ela quiser e você não vai fazer nada pra impedir, tá me ouvindo? –Mãe... –Porra de mãe!—Me corta de novo.–Ouviu bem o que eu falei? Se você sai, ela também sai. Se você namora, ela também namora. Direitos iguais pra vocês dois. E ai de você que diga alguma coisa. –Eu só quero proteger a minha irmã.—sento na cama. –Ela pediu proteção a você super homem?—debocha.–Quando ela pedir, aí sim. Mas por enquanto,desencana do pé da sua irmã. Fui clara? –Como p***a fina! –Olha o chinelo voando na tua cara, abusado. Sai do quarto batendo a porta. As dona tão tudo p**a comigo nessa casa. Tiro o meu short ficando só de cueca, tá um calor da p***a. –Ah e mais uma coisa...—abre a porta do nada.–Se eu achar outra p***a desse aqui na minha casa, eu faço você engolir pelo cu tá me ouvindo? Nem espera a minha reposta e sai do quarto. Bufo de raiva e vou jogar uma água na cara. Ligo o meu PC e fico jogando por horas. Com a porta do quarto trancada. Depois de cansar de jogar,.peguei meus fones via Bluetooth e coloquei. Ligando uma música eletrônica alta, não ouvindo nenhum barulho do mundo lá fora. Jogado na cama, de olhos fechados. Era só eu e a batida eletrizante. Eu gosto desse tipo de música. Igual eu gosto de funk e de pagode também. Nem percebo quando pego no sono. Não comi quase nada hoje, e também a minha barriga ainda não tá reclamando. Tirei um cochilo de quase três horas. Levanto zonzo e vou pro primeiro andar. Do topo eu já vejo a cabeleira cacheada de Sarah de costa pra mim. Sentada no sofá. Me sento no outro sofá, ficando de lado com ela. Só se dá ao trabalho de me passar uma olhadinha, logo virando a cara pra olhar as unhas. Tá cheio de tralhas no sofá. Esmalte de tudo que é tipo, algodão, lixa, alicate, as p***a toda. O salão da rua 12 baixou aqui em casa agora. –Ainda tá querendo me matar?—decido romper o silêncio. –O que você acha se i****a?—já começa me xingando. Por enquanto nada mudou. Isso já é rotineiro pra mim. –Qual é Sarah? Eu tava na lombra... –Eu não quero falar com você, não percebeu ainda?—diz irritada.–Finge que eu não tô aqui tá legal? –Você vai ter que me suportar.—mando beijo no ombro e ela me dá dedo. Saco meu celular do bolso e decido postar uma fotinha, já que nunca mais apareci no feed atualizado de alguém. Os comentários começam a surgir depois de alguns minutos, eu acabo lendo alguns e dando risada das emocionadas. Giane viaja na maionese mermo cê é louco. A guria não entende que eu só quero f***r e nada mais que isso. Um grude só, e ainda fica fazendo esses comentários nada a ver nas p***a da minha foto. Recebi uns nudes de uma menina aí que p***a! Gostosa pra p***a! b*******a suculenta. Nunca comi, mas vou experintar pra já, qualquer dia desses. Deixo o meu celular de lado e fico olhando Sarah,fazendo caras e bocas pro celular. Seguro a vontade de perguntar com quem ela tava falando. Já não tá gostando da minha cara, não vou aumentar ainda mais seu ódio por mim. –Foi m*l pelo que eu te disse ontem.—começo.–Sabe que eu não tava falando a verdade naquilo. –Tudo bem.—me surpreende. –Que?—me alarmo.–Como assim tudo bem? Você não vai me xingar nem nada? –Você pedindo desculpas não vai me fazer esquecer.—se levanta.–E na moral mesmo?Esquece isso.Você já o afastou de mim mesmo. Não tem mais volta. Parabéns por ter consigo o que queria. Ela fala triste e eu sei que sou o culpado. Mas eu só queria proteger ela do muleque. –Eu te dou a minha moto.—ela para na hora e olha pra mim surpresa.–Se parar de me odiar. —Quem disse que eu te odeio, coisa feia? Eu não tô te suportando, é diferente. —Vai querer ou não? –Tá querendo me comprar?—pergunta e eu já me arrependo do que eu disse.–Mas eu vou aceitar. Não é todo dia que se ganha uma moto nova. –A Tiger não.—me adianto. Ela faz uma cara de derrota.—Junta dinheiro e compra a tua, preguiçosa. –Tudo bem a outra. Pego as chaves que tava em cima da mesa de centro e jogo pra ela que pega sorrindo. O ódio parece já ter ido embora. –Da próxima vez que for me comprar com algo.—para no meio do caminho.–Lembra que eu quero uma arma. Só o que me faltava! Se ela ganhar uma arma vai sair matando todo mundo por aí! Meu medo é ser o primeiro .
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