Capitulo 4 - Sonhos

1133 Words
A fogueira queimava, todos riam e dançavam alegremente, mais um ano havia se passado em paz e todos agradeciam aos espíritos elementais por isso, nossos ancestrais sorriam alegremente por nossas conquistas e hoje a xamã de nossa tribo escolheria sua sucessora. Os tambores soaram alto fazendo todos que dançavam parar, ate as crianças pararam de corre e olharam a grande xamã se aproximar, ela se apoiava em um cajado retorcido com uma grande pedra leitosa, a pedra da lua, a mulher tinha seu rosto enrugado e rígido, sua cabeça era adornado por uma tiara com cada fase da lua, sua pele era clara e seus olhos era de um verde escuro, diferente dos outros membros da aldeia que possuíam olhos verdes claros ou verdes agua era quase que uma maldição, todos os membros da aldeia, sangue puro ou mestiço, todos possuíam cabelos loiros e olhos de vários tons de verde, apenas as xamãs poderia ter esses olhos, eram olhos calmos mais que mostravam seu poder e sabedoria. A xamã sentou-se no tronco enfrente a fogueira, todos sentaram a sua volta a olhando com expectativa. - A centenas de anos atrás, quando nosso povo ainda vivia em no que hoje chamam de Portugal nosso povo foi amaldiçoado por uma entidade antiga e malévola, nosso povo foi condenado a viver na noite como animais selvagens, por anos vivemos durante as noites como feras ate que aprendêssemos a nos controlar, demorou mais finalmente poderíamos passar as noite como humanos normais, sem mortes ou perseguição, mais as noites de lua cheia era diferente, as vezes esquecíamos quem éramos e virávamos bestas sanguinárias que só sabiam se alimentar de carne humana - Ela parou e olhou para umas crianças - Em uma noite todos estávamos dormindo e... Nosso líder havia acordado, ele caminhou em meio a lua cheia e por algum motivo se transformou, todos tentaram segura-lo mais ele era muito forte, nossos homens estavam derrotados e feridos, nossas mulheres escondidas, nossas crianças assustadas. foi quando aconteceu,  uma luz brilhou forte e uma mulher saio de sua cabana, ela era a filha do chefe, ela andou ate a criatura a encarando, olhando em seus olhos e o tocou, a fera que era o homem voltou a ser somente um homem e não mais a fera, e caiu em seus braços, o brilho se apagou e a mulher simplesmente beijou sua testa e o fez dormir, ela foi a primeira  Peeira, a mulher que acalmava e comandava feras da noite, tanto lobos quanto lobisomens, apôs isso, a cada geração nasce uma Peeira e nos ajudam a dominar essa parte nossa, nos saímos de Portugal e vagamos por este mundo ate encontrar esse lugar, descobrimos que haviam mais aldeias que foram amaldiçoados como nos mais nem todos tinham a Peeira para os ajudar. ate hoje, não sabemos quem ou como fomos amaldiçoados, nem as proporções da maldição, quantas outras pessoas sofrem por causa dela. mas o que importa e que hoje, hoje somos todos uma só família.  Uma criança saio correndo e se jogou nos braços da xamã, a ela a abraçou e colocou em seus braços - Muitos querem a Peeira pois ninguém sabe a extinção de suas habilidades, apenas que ela e a eleita da lua. E aquela que a for, sofrera a solidão eterna a perseguição eterna, uma Peeira não pode ter família ou amigos, deve ter somente em sua mente a p******o de sua aldeia - Ela colocou a criança no chão e andou ate o fogo e passou a mão pelas chamas - hoje e noite de lua cheia, a mesma noite em que fomos amaldiçoados a mesma noite em que fomos salvos e a noite em que encontrarei minha sucessora, não eu não sou a Peeira, sou apenas a xamã, porem, ela será uma xamã como eu fui. O vento soprou alto, um grito foi ouvido, um homem caiu no chão se contorcendo, o som de seus ossos estalando ecoava por toda parte. alguns se transformavam de forma rápida, virando inteiramente lobos, outros, sendo a primeira transformação, era mais dolorosa e lenta, esses perdiam o controle mais facilmente, cedendo para sua parte lupina. As mulheres correram com seus filhos menores os escondendo, nunca se sabia o que poderia acontecer durante uma lua cheia, em alguns casos a transformação ocorria pela metade e a pobre alma se tornava uma fera humanoide sem sanidade pela agonia da transformação, em outros caso, a pessoa ate mesmo morria por não a aguentar.  alguns dos jovens lobos começaram a se transformar e atacar as mulheres e crianças que não haviam conseguido se esconder rápido o suficiente. A Xamã ficou olhando enquanto mulheres corriam com seus filhos pequenos nos braços , crianças se escondiam onde podiam, algumas confusas outras achando que era uma brincadeira. Uma das feras, a maior delas correu na direção de um menininho, ele havia caído e não conseguia se levantar, logo outras se juntaram e avançaram nele , a criança criou e a fera avançou e rosnando e uivando. Uma menininha, ela devia ter 3 anos a mesma idade do menino, ela se aproximou e olhou as feras que babavam e grunhiam ameaçadoramente,  se aproximou e abraçou o focinho dele rindo e dando gritinhos, uma luz emanou de seu corpo e a fera voltou a ser homem, a menina riu alto e todos voltaram ao normal olhando a menina, porem, nem um dos olhares era de surpresa, a xamã se aproximou da pequena e viu em seus olhos a cor das Peeiras e em seu braço o símbolo da aldeia, como sempre, a Peeira surgia do caos, ela era a calmaria em meio a tempestade. - Esta e a Peeira e nosso dever protege-la para ela nos proteger - ela abraçou a criança e todos riram e aplaudiram, o fogo queimou mais forte e todos festejaram ate o sol nascer. a Peeira havia ressurgido, e mas uma vez ela estaria em segurança acordei suando frio, algo estava errado, podia sentir no ar, levantei e foi ate a janela, meu reflexo demostrava o tanto que aquele sonho havia me perturbado, meus olhos verdes agora escuro vasculharam o lado de fora da janela de forma frenética, havia algo lá, eu podia sentir, algo na escuridão eu sabia disso, alguém sussurrava em minha mente, meus olhos foram guiados para um arbusto, algo lá me chamou a atenção, então foquei minha visão o  máximo que eu conseguia, um par de olhos verdes que pareciam brilhar me encarava, joguei-me pra trás e cai no chão ofegante. Mas com o que mesmo que eu havia sonhado? Não lembrava, tudo ficou enevoado, mais dos detalhes coisas escapavam de minha mente, me levantei e voltei a olhar pela janela mais não vi nada, com relutância deitei-me na cama e tentei dormir novamente
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