Nem tudo é o que parece, certo? P1

3215 Words
Com um ostensivo histórico de jogos de terror na bagagem, possuía uma percepção menos otimista sobre corredores — sinuosos e estreitinhos porque, no geral, é neles que ocorrem as perseguições mais desesperadoras. Como quando o Nêmesis te encurrala em Resident Evil 3 e se não tem uma porta salvadora para escapar, ele acaba conosco ali mesmo sem dó e nem piedade e se não tem equipamento de cura é o fim definitivo. Não existia, pelo menos não em meu conhecimento simplório, um simbolismo claro em lugares comprimidos que se estendiam quase infinitamente em um único caminho, talvez se eu tivesse pesquisado mais quando surgiu a oportunidade essa questão teria sido respondida sem grandes monólogos e teorias mirabolantes. Entretanto, aqui estava eu: parada, com a mente vagamente nublada e com um feixe de luz calorosa provindo de uma das janelas quase me cegando. Em uma óptica mais positiva, a iluminação natural do sol refletida nos vidros imundos e desgastados oferecia uma visão mais ampla do local e pude enxergar, de longe, uma porta com um aldraba pesada de aspecto envelhecido — não muito sugestiva para tocar. Costumava, desde que me recordo, a ter sonhos de natureza sombria e que não carregavam um significado específico que me fizesse quebrar a cabeça para desvendar o mistério. Eram simplesmente devaneios tão loucos quanto minha mente poderia produzir em seu apogeu das engenhosidades fantasiosas de uma criança com um teor macabro de um filme estilo “sobrevivência desenfreada” na qual o propósito se limitava a correr o mais depressa para que, a entidade sem nome ou forma, não me alcançasse — caso contrário, seria um verdadeiro game over. Sem me dar ao luxo de cair na minha própria hesitação, andei pelo corredor sendo recebida pelo fulgor do sol que invadia ainda mais o espaço a medida que se posicionava em seu ápice no céu. Arfei com uma picada no pé que, só então, reparei estarem descalçados e a ardência se fez presente devidos aos cortes por pisar descuidadamente em minúsculas fragmentos de vidros — que sequer entendia de onde vinham. Minha paciência tinha ido passear e, em um ímpeto tempestuoso, rompi em uma corrida acalorada até a porta, praticamente me lançando contra o móvel com todo peso do corpo na colisão – o que não foi o que chamaria de brilhante. Acordei com um grito mudo sufocado, a garganta sem estrutura vocal para emitir um som que não fosse um ganido afetado e a respiração acelerada e sôfrega. Ainda sob os efeitos desvarios do sonho, com o cérebro em modo de processamento travado, mexi a cabeça preguiçosamente para o lado vendo a figura espectral sentada com toda pompa há poucos metros de mim e, por um instinto primário, gritei desafinadamente despertando Dante que repousava junto a mim. — Você ainda está aqui? — inquiri com a voz esganiçada, lutando contra a adrenalina que sacolejava meus outros sentidos entorpecidos. — Onde mais queria que eu estivesse? — Alexander retorquiu com sutileza, sem demonstrar nenhum nível de perturbação com minha reação estrondosa e um tanto quanto hostil. — Eu estava dormindo. — Dante murmurou, escovando um pouco o cabelo para trás. — Até alguns minutos, antes de você gritar. — Vai pro Além tocar flauta e harpa com os anjos! — estiquei o braço indicando a porta fervorosa e nervosamente. — Sabe, anjos, diferente das crenças, não passam os dias tocando instrumentos e cantando em um coral. — esclareceu didático, replicando meu sarcasmo com uma contra-argumentação irônica. Dante, sem objeção, levantou da cama e, antes que ele saísse, acenei confusa. — Ei, Dante, para onde está indo? — Sair, dá próxima vez me acorde com mais carinho se for pra me expulsar. — bocejou teatralmente, ajustando o cabelo desalinhado. — Espera! Não estava falando com você! Estava me referindo à ele! — apontei para a cadeira no qual Alexander ocupava sem nenhum remorso. O enigmático homem se portava com a finesse de um aristocrata, sua postura sentado, suas roupas e o cabelo comportado em um penteado pouco sofisticado enfatizavam isso. Geralmente esse comportamento condizia mais com a realeza, a essência da doutrina de alguém de sangue azul, contudo, se trata de algo tão datado para a era moderna que testemunhar uma pessoa que preservava esses costumes sugeria uma idade maior para ele. — Doçura, entendo que foram muitas descobertas em um período bem curto de tempo... Só não imaginava que tivesse enlouquecido. — arqueou a sobrancelha descrente, um sorriso fino despontando aos poucos. — Não há nada aí. — Eu disse: ninguém me vê. — o loiro comentou em represália a minha explicação que, para alguém de fora, soava como se eu não batesse bem das ideias. Na verdade, eu mesma acreditava na mera possibilidade de estar alucinando. — Tem sim! Só que você não vê... Olha, Dante, não sei se vai acreditar em mim... — gesticulei desajeitadamente. — É loucura porque o que revelarei agora pode ser... Só que meio... — tomei fôlego e busquei em meus arquivos pessoais de dinâmica maneiras de contar, elaborando uma elucidação efetiva. — Tem um fantasma aqui, de verdade! Ele está sentado nessa cadeira! Bem aqui! Eu juro! — despejei exasperada sem tomar fôlego, balançando as mãos. OK, falha minha, não consegui pensar em nada melhor para usar nesse caso. Ansiedade somada ao desespero são uma combinação desastrosa. As engrenagens da minha cabeça pararam de funcionar assim que tudo que, segundo minha “não tão consistente realidade”, deveria ser normal, não se aplicava mais. Dante alternou seu olhar inteligível entre mim e o móvel, franzindo ligeiramente o cenho e coçando o queixo em uma fisionomia que ficava difícil ler – algo que fortalecia meu receio. Me resignei com a descrença dele, por mais que estivéssemos confrontando uma série de fatores bizarros que nos conduziram à essa situação e o que já tratamos até esse momento, não havia nada que fornecesse uma evidência a meu favor nessa história de figuras fantasmagóricas dando as caras no plano físico. A “profissão” do meio-demônio englobava demônios de todo tipo, agentes do caos que atormentava o mundo dos homens e não criaturas oriundas de uma dimensão pós morte. Nem eu, em minhas numerosas ideias de fanfics, inventaria tamanha discrepância de gêneros — hack'n's***h não combina muito com terror psicológico. O silêncio embaraçoso se instalou no cômodo, daquele que nada do que dissesse para me “corrigir” renderia um bom resultado. E, quiçá, traria ainda mais problemas. A quietude se prolongou por alguns minutos, o que me fez reconsiderar seriamente o quão precipitada fui ao lançar a bomba sem ter ponderado melhor. Dante examinou meu rosto, avaliando meu estado e, aparentemente, ponderando sobre meu pequeno surto brusco. — Vou te dar o benefício da dúvida, doçura. Mas fantasma não são o meu negócio. — deu de ombros. Soltei o ar que nem sequer percebi que prendi. O meio-demônio se encaminhou ao banheiro e, só nessa hora, que tive uma noção mais clara que ele só usava calça e quase instantaneamente meus olhos se fixaram nele. Que paisagem. Assisti todo o curto percurso dele com mais interesse do que deveria mostrar. Não queria dar uma razão para que Dante jogasse com minha paciência em provocações insolentes e pretensiosas. — Você parece muito interessada nele. — Alexander anuiu, me arrancando do transe. Engasguei. Meu plano era justamente não transparecer ter alguma afeição platônica pelo caçador e, por ironia, um morto — no sentido literal — não somente soube interpretar as nuances para concluir isso, provando ter uma boa capacidade dedutiva, como também não perdeu tempo em verbalizar sua descoberta sem rodeios e muito menos eufemismo. — Ele é bonito. — pigarreei, ignorando a pulsação acelerada e o calor se concentrar em minhas maçãs de rosto. — É meu personagem favorito do jogo, obviamente, como qualquer fã, vou achá-lo atrativo. Nada mais que isso. Disfarcei meu rubor. — E você não vai se explicar? Por que está aqui? O que quer? — Eu adoraria responder todos esses tópicos, mas... Não me lembro. Não consigo lembrar nada de antes de te conhecer. É como uma lacuna, uma parte vazia da minha existência. — tocou a cabeça com visível pesar. — Quando a vi, tive uma espécie de déjà vu, por essa razão fui a seu encontro. Lamento o inconveniente de minha passagem. Era complicado não simpatizar com Alexander nesse contexto. Não vivenciamos uma experiência semelhante, entretanto, compartilhávamos a falta de conhecimento acerca de quem somos de tal modo que estabilizaria como uma base para desenvolver um laço. Um panorama otimista para as desventuras recentes. Um frio desagradável percorreu a minha espinha com o súbito recordar do que Ace dissera ontem, revirando meu pobre estômago. — Estamos encurralados, Alexander. Tudo que quero saber está nas mãos de um lunático que quer me privar da minha liberdade. — praguejei de frustração incapacitante. — Não deveria contar isso à Dante? — Eu desejo conhecer a verdade sobre mim... Só que não quero gerar mais problemas pra ele... — Problemas pra quem? Cobri instintivamente os olhos ao visualizar o mestiço parcialmente vestido em toda sua modéstia, secando o cabelo com uma toalha. — Essa é sua chance. — Alexander encorajou. — Se você quer que ele confie em você, tem que ser sincera. Segredos uma hora acabam saindo pra superfície, cabe a você tratar disso. — Estava falando de você. — comecei testando as águas. — O Ace... Ele falou sobre saber o que realmente sou, quero dizer... Mais ou menos isso... Só que com escassez de detalhes. — Pelo que combinamos, foi por esse motivo que viemos, não? — se aprontou, recolhendo suas armas. — Você sana suas duvidas e volta pra casa. Missão cumprida. — É isso que está o... O mal... — respirei fundo, reprimindo a raiva. — Ele não quer contar o que sabe e disse que não posso voltar. Ele não entende, esse não é meu lugar... Dante, de costas pra mim, se estagnou. — Aquele miserável... Bem que senti algo podre nessa encenação toda. Meu velho instinto nunca se engana. — ao se virar, um brilho rubro atravessou as orbes azuis. — Pelo visto problemas nunca tiram férias. — seu semblante relaxado combinado com o tom divertido de seu comentário causou uma sensação de equilíbrio e conforto que dificilmente outras pessoas me proporcionariam. Meu carinho de fã, talvez, estivesse influenciando minha percepção das circunstâncias e atribuindo uma imagem ainda mais favorável para o mestiço, contudo, Dante sempre se mostrou mais solícito quanto as consequências da minha chegada a essa dimensão. Ele poderia simplesmente ter me largado a própria sorte se assim desejasse e não o fez. Baseado em sua personalidade nos jogos, seu apreço pela frágil vida humana serviu como sua bússola moral e tudo isso captei enquanto acompanhava sua jornada em finitas horas de gameplay e que, na realidade, convivendo com ele nesse curto período, provou ser verdadeiro. Ser indiferente a sua franqueza e excentricidade, sobretudo, seu caráter honroso, era um desafio que muitos não seriam capaz de perpetrar. Brandiu Rebellion com apenas um braço e tal ato provocou uma poderosa ventania que sacudiu alguns móveis, derrubando a decoração e bagunçando o espaço. Estendeu a mão livre em minha direção, esperando o meu ímpeto de coragem. — Você confia em mim? — sua interrogativa ecoou em minha mente como um estalo que necessitava para romper o choque inicial de sua ação. Não existiam dúvidas em mim para contestá-lo tampouco uma razão que me induzisse a tal, nada me dissuadiria do contrário. Preenchida com um novo fôlego, alcancei a mão de Dante e, nesse intervalo de segundos, me agarrou firmemente contra si. Arregalei ligeiramente os olhos diante de tamanha proximidade, corando ao recostar sem querer a cabeça em seu peito devido a nossa gritante diferença de altura. Meu coração disparou em um ritmo frenético. Os últimos resquícios de medo, miraculosamente, se desvaneceram sem resistência ou oposição. Envolvi os braços na cintura do caçador que, automática e gentilmente, me comprimiu junto a si — jurei que fôssemos nos fundir como duas peças que se encaixavam. Sorri com minhas divagações ilusórias que, inegavelmente, causavam boas emoções. Tinha consciência de que nutrir sentimentos por alguém que ficarei perto por um tempo indeterminado poderia gerar danos irreversíveis e a angústia da separação. No entanto, tudo fluía tão bem entre nós que pensei se seria uma fantasia conveniente para saciar minha euforia de fã fomentado pela paixão platônica. Se eu partisse, Dante voltaria a sua rotina normal sem grandes preocupações e eu seguiria minha vida com a lembrança do ocorrido. Afugentei esses temores infundados e me atentei ao que se desenrolava, meu corpo se arrepiou com o contato da mão quente do caçador em meu quadril e gritei com o salto veloz que ele executou para destruir a parede do quarto e se lançar para fora com uma velocidade humanamente impossível de acompanhar. Encolhida com os movimentos abruptos, notei uma estranha textura no peito dele e que mesmo em sua outrora dura, porém macia, estrutura corporal. Abismada, vislumbrei a majestosa e ameaçadora metamorfose de seu eu demônio — o Devil Trigger ativo em toda sua glória e orgulho. Ele esticou as asas nos quais mostravam padrões de desenhos em um vermelho vagamente alaranjado, as agitando para alçar um vôo performático. Arfei ao ver, há uma longa distância, Ace nos fitando com as feições assombrosamente tranquilas, como se o estrago e a fuga não lhe despertasse nenhum tipo de cólera irracional e violenta. Não tirei os olhos dele enquanto vagarosamente nos afastávamos de sua vista. — Ele não vai arriscar um confronto. — a rouquidão no timbre inumano de Dante me congelou. — Aquele cara não iria atacar ainda mais se pôr em um confronto direto. Não se engane, doçura. Até mesmo evitar uma luta já é uma estratégia. — Onde iremos agora? — murmurei encolhida em seus braços, recusando a baixar a cabeça e checar a altura que voávamos, acovardada pelo medo de cair. — Para minha agência e de lá, veremos o que fazer. Então se segure bem, doçura. — assenti, cerrando as pálpebras, colada ainda mais à Dante. Assim que ele pousou, retornando a sua forma humana, cambaleei para fora de seu escopo atordoada com a viagem, exalando superficialmente. O caçador pacientemente me amparou quando minhas pernas perderam forças e cederam a gravidade, assegurando para que a queda não ocorresse e que não despencasse pateticamente como um saco de batatas no chão. — Está tudo bem, doçura. Estou aqui. — me acalentou com tom brando. — Obrigada. — entoei aos dois, resfolegando. Alexander, cuja a presença esqueci totalmente, tocou meu ombro em um sinal de apoio mudo. Sua expressão evidenciava uma apreensão comovente. — Ei, Dante. — o chamei, atraindo seu olhar intenso em um resplandecente azul celeste. Entre em pânico interno com a proximidade e o fato dele estar me fitando tanto não colaborou com meu estado. Desviei o rosto para que ela não visse o vermelho tingi-lo, mesmo sendo uma manobra de esquiva medíocre e facilmente perceptível, tanto que o escutei rir. — O que foi? O gato comeu sua língua? — Não! — gaguejei, o encarando com mais audácia. — É que... — acalmei meu coração traidor que batia descompassado e reformulei minhas palavras. — Acha que ele virá atrás de nós? — Sim. — respondeu com uma invejável serenidade, como se falasse de um assunto supérfluo. — Se ele está tão interessado em você, não vai desistir tão fácil. — E diz isso tão tranquilamente? — Ficar com medo e esperar não é o meu estilo. — retorquiu, sorrindo presunçoso. — E temos algo em comum, famílias disfuncionais. — Ele não é minha família. — bufei cruzando os braços. — Isso é o que ele afirma, nem tenho certeza no quanto é verídico essa história. — De qualquer forma, vamos voltar. Dante não podia sobrevoar a cidade em sua forma demoníaca para não instaurar o caos nos habitantes, nos restando a opção de voltar em outros meios de transporte como o trem. Alexander se acomodou no assento de frente ao meu e o caçador do meu lado, preguiçosamente esticado a ponto do espaço ser comprimido comparado a sua grande estatura. Obviamente Alexander não se cansava pelos padrões convencionais, mas parecia bastante comprometido em conservar alguns hábitos humanos para que não fosse exclusivamente uma figura fantasmagórica e atribuir a si mesmo um aspecto o mais próximo de um ser vivo, estava empenhado em uma conduta normal. — Isso não te incomoda? — inquiri diretamente a ele que alternou sua atenção da janela para mim. — Hm? — Dante exprimiu, abrindo um dos olhos. — Estava falando com Alexander. — pigarreei, controlando o riso que ameaçou escapar. — É estranho saber que tem um fantasma por perto e que não posso vê-lo. Ele pode muito bem falar de mim e eu sequer ter consciência disso. — ele proferiu com um traço de divertimento, levando a situação com humor razoável e leve. — Não se preocupe, eu te digo se isso acontecer. — acabei rindo contagiada. — Tem certeza que não gosta dele? — essa pergunta rodou as últimas horas e tinha a reação igual em todas as vezes que ela era externada. — Qualquer um com o mínimo de bom senso perceberia. — Eu já respondi. A prioridade é achar uma forma de voltar para casa. — arquejei discretamente, lutando internamente para permanecer neutra e inalterada. — E você vai ficar com a gente? Como vai funcionar esse... Relacionamento? — fiz aspas com os dedos para frisar o termo com uma dose sutil de ironia. — Creio que sim. Tenho a impressão que há algo que nos liga. Infelizmente não consigo lembrar. — suspirou conformado. — E há quanto tempo esteve naquela casa? — Não muito tempo, ao certo não sei exatamente. — deslizou a mão pelos sedosos cabelos claros. — Não serei de grande valia, mas prometo ajudá-la com o que sei. Sorri com a atitude prestativa dele. — Nesse caso, estamos todos no mesmo barco. ××× Maldita genética, resmunguei internamente. Dante emitiu o que soou, em uma primeira ouvida, uma risada contida. O longo percurso de volta subtraiu mais de três horas do estipulado e, enquanto eu estava só o pó da rabiola, o caçador jazia em toda sua magnificência e beleza viril de um homem de mais de trinta anos em forma e vigor invejáveis. Poderíamos ter feito o teatro todo após uma generosa refeição, com minha barriga cheia – a fome saciada – usaríamos o método mais eficaz e diplomático sem precisar destruir uma propriedade, caso contrário, iríamos escapar com mais estilo. Esfreguei meu estômago imaginando as iguarias que um serviço de comida grã fino poderia nos oferecer, até reconsiderando fazer uma boquinha em algum lugar, embora não tivesse dinheiro. Sem grana, sem refeição. Sendo positiva, melhor livre e faminta que em cárcere. Alexander andava também, em uma velocidade bem mais lenta para me solidariamente acompanhar. Ele é mesmo um fantasma camarada. Os genes demoníacos possivelmente favoreciam Dante no quesito resistência e com o sono e alimentação reduzidos não o afetou visivelmente como acontecia comigo. Resmoneei ainda mais pela vantagem metabólica dele e sobre as injustiças da genética humana, mesmo chegando em Devil May Cry, continuei praguejando, o que entreteve o mestiço.
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