SEDADREV

1071 Words
VERDADES SEDADREV VERDADES Desde que fui acordado no meio daquela madrugada minha vida vinha sendo uma grande m***a, passei de orfanato por orfanato, na esperança que algum dia alguém fosse me buscar, eu era pequeno, eu imaginava que logo logo alguém ia aparecer, então veio as semanas e nada, meses e nada, anos e nada. Foi quando minha ficha realmente caiu que eu estava sozinho, não tinha nada que eu pudesse fazer, naquela época eu tentava não assimilar a morte dos meus pais, no fundo eu sabia que algo muito grava tinha acontecido, eu estranhava o fato de nunca termos parentes nos visitando ou meus pais comentando de alguém, e de repente eu tinha um tio, que precisava encontrar, por longas semana eu esperava que ele aparece, passei a ter muita raiva reprimida, passava muito tempo sozinho, nunca fiz amigos, sempre era tratado como estranho, sempre pareceu que havia uma aura escura e pesada me rodeando, quando comecei a treinar meus poderes ela foi se dissipando mas ainda permanecia lá, me lembrando sempre de tudo que aconteceu e de como eu estava sozinho na vida. Era óbvio que aqueles Lobisomens iriam voltar, e era mais óbvio ainda que eu estava fodido. A noite chegou deixando aquela floresta mais sombria do que já era. Juntei galhos e folhas para fazer uma fogueira, estava muito frio, ainda mais levando em conta que estavamos no verão. - ignes ! - falei apontando minha mão para o amontoado de gravetos que pegaram fogo instantaneamente - Bem melhor... - suspirei ao sentir o calor tomar todo o meu corpo O homem continuava dormindo oque consequentemente me impedia de dormir também, eu não o conhecia, não iria deitar e dormir com um estranho ao meu lado. Acabei sendo vencido pelo sono, quando acordei aquele homem estava de pé com o meu livro de feitiços na mão - ei, me devolva isso - falei me levantando e tomando o livro da sua mão - Quem é você? - Eu que te pergunto isso... - eu me surpreendi com o tom de voz grosso e masculo daquele homem - Alias, obrigado por ontem, não sei oque teria acontecido comigo... - tudo bem - falei cortando o assunto, tudo que eu menos precisava era de alguem para me dizer o quão burro eu fui - Oque você é afinal? - Sou um Lobisomem - falou e eu senti minhas pernas bambas - achei que tinha notado isso... MERDA! Eu tinha que salvar logo um lobisomem? Eu comecei a andar de um lado pro outro, eu estava tão nervoso que senti quando, sem querer, desfiz os feitiços de p******o - Olha cara... - CALA A BOCA! - gritei e ele fechou a cara - FOI A SUA ESPÉCIE QUE MATOU OS MEUS PAIS, VOCÊS... Ele tentou se aproximar e eu instintivamente levantei minha mão e o prendi a árvore mais proxima - Mas que d***a! - o ouvi resmungar e tentar se mexer sem sucesso - Oque você é, afinal? Eu me acalmei e balancei a mão em sua direção, e ele pode se mover novamente - Me desculpe - falei andando até ele - As vezes eu me descontrolo com gente da sua raça, eu sou um bruxo... - Isso não é possível - ele disse puxando minha mão e levantando a manga da minha camisa longa, e lá tinha uma marca de nascença que eu soube na infância era característica de todo bruxo - Vocês deviam estar extintos! - sinto decepcionar - falei secamente puxando meu braço - Como é o seu nome? - Louis - e na mesma hora que falei mais de 10 Lobos imensos apareceram e nos cercaram - fique perto de mim - ele falou me colocando atras dele A unica coisa que tive tempo de fazer foi pegar minha mochila e guardar o livro. - Ora, Ora, ora - falou um homem que vinha caminhando entre os lobisomens, não era possível ver o seu rosto - Sabe por quanto tempo te procuramos, louis? O mestre ficará feliz em saber... Não deixei ele terminar na mesma hora empurrei o estranho que tinha protegido para dentro da passagem oculta do túnel e enquanto ele caia eu estendi minha mão e gritei : - preasidium expellere canis - vi todos os lobos serem jogados pra trás Nesse momento eu me joguei pela passagem. - Qual o seu problema? - perguntou o estranho - Eles eram muitos, não teriamos chance - falei começando a caminhar - Como é seu nome? - Thomas - falou carrancudo - Que lugar é esse? Eu contei a ele tudo que sabia sobre o tunel - Lux! - uma bolinha de luz surgiu e começou a me acompanhar - Você mora por aqui? - do outro lado da floresta - falou andando do meu lado - Desde que sua família foi assassinada esse lado da floresta foi tomada por um clã de lobisomens ue servem a um senhor que ninguém conhece... - Eu poderia voltar lá e acabar com aqueles pulguentos - falei raivoso - sem ofensas! - Você não me ofende - retrucou secamente - e você não poderia! - como pode ter certeza? - Eu apenas sei Não sei quanto tempo seguimos caminhando e quando chegamos no final, eu empurrei a passagem de pedra que dava no meu quarto e no mesmo instante cai de joelhos e lágrimas banhavam o meu rosto, todas as lembranças daquela noite vieram a minha mente, ouvi novamente o grito da minha mãe, minha cabeça começou a doer e então eu não vi mais nada. Ruídos preenchiam a minha cabeça, e então eu estava em uma espécie de vazio, era tudo escuro, na minha frente havia uma cadeira, muito bonita por sinal, era branca e toda cravejada em pedras preciosas, quando toquei nela uma luz muito forte preencheu todo o espaço e ouvi passos atrás de mim. — Sabíamos que você voltaria um dia. — e naquela voz eu encontrei o conforto que procurei por tantos anos. Era meu pai e minha mãe parados bem na minha frente, estavam exatamente como eu me lembrava, como eu sentia falta deles. — Você tem sido tão corajoso... — Ela tentava me tocar mas algo a impedia de chegar até mim — Estamos muito orgulhosos de você, Louis. — E acima de tudo nós te amamos, não esqueça disso meu filho. Eu tão rápido como apareceram eles se foram.
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