CAPÍTULO 3

1872 Words
NORA A pele morena e quente desliza sobre a minha em perfeita harmonia, misturando seu perfume ao meu e criando um novo aroma. Um só nosso. Os dentes brancos e alinhados descem até minha jugular e mordem sem piedade, puxando a pele fina da região. Gemo pela dor que a ação me causa e ele rir, m*****o e encantadoramente lindo. Os olhos pratas estão cobertos por desejo e luxúria. Meu corpo está aceso, completamente em chamas pelos seus toques íntimos e precisos. Seu nome sai da minha boca como um pedido desesperado e ele volta a sorrir, deixando uma trilha de beijos molhados pelo meu pescoço e clavícula. Seu peito descansa sobre o meu e nossos corações se encontram, as batidas se misturam e eu já não sei distinguir qual está batendo mais rápido. Levo minha mão para seu cabelo e mergulho entre os fios negros. Seu nariz desce pelo vale entre meus montes e volto a gemer, mais lasciva e desejosa. A primeira lambida é como um teste, ele alcança a auréola escura do esquerdo enquanto mantém os olhos presos aos meus. Ele suga, chupa e sopra sem desviar as íris pratas das minhas. Sua boca me devora com vontade, castigando meus dois montes com seus dentes e lábios, marcando minha pele como sua, deixando evidente nossa paixão. — Diga que é minha. — Pede enquanto rodeia meu umbigo com a língua, me torturando de propósito. — Diga. — Exige e lhe dou o que quer. Falo que sou sua com toda a certeza do mundo e ganho uma mordida possessiva no quadril como resposta. — Zé...— Gemo ao sentir sua respiração contra o algodão da minha calcinha. — Quero ver o que me pertence, boneca. Abra as pernas. — Seu timbre é autoritário e minha i********e pulsa em resposta, desejando ser reivindicada com força. Me abro sem vergonha, permitindo que ele role a calcinha branca de algodão pelas minhas pernas e me deixe nua. Sorrio convencida quando noto o brilho em seus olhos e me abro ainda mais. Ele rosna e sai da cama, ficando de frente pra mim, inteiramente vestido. — Tire. — Peço. Não. Eu imploro. A blusa é retirada com rapidez, mas se demora ao desafivelar o cinto e baixar a calça, deixando-me sem ar com sua fisionomia de homem alfa. O peitoral coberto por pelos e o abdômen perfeitamente desenhado, as pernas torneados e a cueca branca bem preenchida. — Quer? — Pergunta debochado, apertando o volume ainda coberto no meio das pernas. Minha boca saliva e minha i********e pinga ansiosa. Mordo meu lábio inferior e afirmo com a cabeça, incapaz de proferir qualquer coisa. Ele rir convencido, se tocando por cima do tecido. — Precisa de mim, querida? — Resolve brincar, olhando com ambição para minha a******a molhada. — Sim. — Ela é tão pequena, acha que me aguenta, boneca? — É a minha vez de sorrir arrogante. — Tenho certeza que consigo lidar. — Nossos olhares se encontram e me perco na intensidade dos nossos sentimentos, existe tanta coisa misturada que é quase difícil respirar. Sua cueca é abaixada e todo o meu mundo gira ao vê-lo despido pela primeira vez, minhas pernas tremem antecipadamente e não consigo desviar o olhar da cabeça grossa em formato de cogumelo, lambo os lábios e me transformo em um poço de ansiedade. Ele é lindo. — Gosta? — Ele é realmente grande. — Falo sem pensar e ouço o som maravilhoso de sua risada. — Mas, não se preocupe, eu aguento! — Acrescento com um sorriso arrogante no rosto. Sua expressão se torna séria e eu sinto medo dele ter voltado atrás. — O que aconteceu? — Questiono e ele põe um de seus joelhos sobre a cama, perto de onde está minha cabeça. — Eu amo essa sua boca, ela é perfeita, mas sinto que estou sendo injusto com eles. — Sussurra, contornando meus lábios com o dedo polegar, descendo os olhos para od dois montes sensíveis.. — Só existe algo mais bonito, desconheço. — Meu seio se perde dentro de sua grande mão, mas o tamanho deles parece ser o que mais o fascina. — Não há motivos para escolher um, sou inteiramente sua, todo o meu corpo é seu para explorar e admirar, Zé. — Verdade? — Me olha como um menino que acabou de ganhar o melhor presente. — Sim. — Então, eu escolho sua mente para admirar, seu coração para cuidar, sua boca para me refugiar e todo o seu corpo para amar.— Pisco para expulsar as lágrimas e as sinto escorrer por minhas bochechas. — Zé... Meu tom é pura emoção e por mais que meu peito esteja inundado de felicidade e desejo, minha mente traz a imagem de mamãe deitada desacordada sobre uma cama e me sinto péssima. Uma traidora suja, indigna de perdão. — Shiiii...— Ele Sussurra contra meus lábios, roçando sua boca na minha, sumindo com meus pensamentos. — Não diga nada, me dê esse momento. Eu não presto. — Não podemos. — Eu quero e você também. — Argumenta, acariciando minha orelha com a ponta da língua. Descanso a palma sobre seu peito e fecho os olhos. — Seja minha. — Pede, me desarmando. — Só por hoje. Sua boca beija meu pescoço, queixo e bochecha até encontrar a minha. Só por hoje. Sua língua pede passagem e eu permito. Só por hoje. Seu corpo desce sobre o meu e sua perna direita se encaixa entre as minhas, tocando meu ponto sensível com o joelho. Só por hoje. Curvo meu corpo para trás e me ofereço de bom grado, gritando ao sentir seus dentes puxarem o bico do meu peito. — Adoro ouvir seus gritos de prazer, Angélica. Só por hoje. Espera, o quê? Angélica? Ele me chamou pelo nome de mamãe? Abro os olhos irritada, me sentindo ainda mais suja e extremamente enciumada, mas travo quando encontro as íris quase douradas da minha progenitora carregadas de nojo. — Mamãe? — Testo a palavra, mas minha voz sai parecido com um ruído, quase como se estivesse engasgada. O cabelo espesso de tonalidade escura está amarrada no alto de sua cabeça e as roupas hospitalares se foram, no lugar da bata estilo vestido sem graça ela usa um vestido apertado de gola alta, brincos de argola e batom nude. — Como pode fazer isso comigo, Nora? Sua própria mãe. — Começo a balançar a cabeça de forma frenética em negação, murmurando repetidos perdidos de desculpa. — Me desculpe, mamãe. — Fungo, puxando o lençol até a altura do meu pescoço. — Eu te dei tudo e enquanto eu sofria naquele hospital você se esfregava com meu marido. Não lágrimas descem dos meus olhos. — Me desculpa. — É tudo que consigo dizer. Ela me olha de cima, superior e eu mumca me senti mais pequena. Eu a traí. — Me desculpa... — Você não tem mais mãe, pegue suas coisas e vá embora da MINHA CASA! — Grita cheia de fúria. Meus olhos buscam por Zé Neto e o encontro na parte escura do quarto, observando tudo quieto. — Zé. — O chamo, tentando ler seu semblante. — Não fale o nome dele. — Mamãe rosna e me sento sobre a cama, puxando minhas pernas para junto do meu peito. Meu choro se torna mais alto. — É melhor você ir embora, Nora. — As palavras veem dele e é como um soco no estômago. — Zé... — Não complique mais as coisas, sua mãe agora está de volta e vai ocupar a posição que é dela e só dela, você e eu sempre foi algo passageiro. — n**o sua fala com a cabeça, me negando a acreditar no significado dela. — Não. — Falo, enxugando minhas lágrimas com as duas mãos. — Vá embora, sua p**a imunda! — É mamãe quem diz. — Você disse que nunca me deixaria para trás. — O lembro de sua promessa de quando eu era só uma menina e seu olhar cai. — Vá embora, Nora. Eu não amo você. — É tudo que ele diz antes de tudo se tornar escuro, escuro, escuro. Minhas pálpebras estão pesadas e por mais que eu tente abrir os olhos, algo me impede. Alguém cutuca minha costela e estapeia meu ombro. — Ei, você está bem? — Uma voz distante questiona e me esforço para dizer que não. — Nora? — Um par de dedos agarra um punhado da minha pele e puxa. Ai! — Ela está tendo um pesadelo, garota. — Alguém resmunga. — E o que eu faço? — A primeira voz indaga. Me esforço para abrir a boca. — Durma. — Dormir? — Alguém debocha e posso jurar que já ouvi a voz em algum lugar. — Ela está chorando como um bezerro desmamado, alguém precisa acordá-la. — Faça isso, então. — Ok. Consigo abrir os olhos com dificuldade e mesmo com a visão turva e confusa consigo impedir o contato da boca de Talía com a minha, impedindo que ambas se toquem ao colocar minha mão no meio à tempo. — O que está fazendo? — Indago com a voz meio grogue, me sentando no colchão e afastando as cobertas de sobre o meu corpo. — Nada, você me impediu. — Explica com a boca formando um bico. Franzo o cenho. — Você ia me beijar? Ela dar de ombros. — Se príncipes podem acordar garotas adormecidas com um beijo, então, eu também posso. Afinal, meu sangue é da realeza. — É? — Uma vozinha fraca, um tanto infantil pergunta do meu lado esquerdo e quando me viro para checar, dou cara com olhos graúdos e quase transparentes de tão azul.  — Não, ela não é. — Isadora responde da cama e direciona o olhar para Talía. — Pare com essa droga, porque eu já cansei. — O que não te cansa exatamente, Isadora? Estou surpresa por ainda conseguir se olhar no espelho. — Talía provoca e faz Tilly sorrir. Isadora revira os olhos e traz seus olhos azuis até os meus castanhos. — O que estava sonhando? Pisco, olhando para cada uma três garotas com calma. Sonhando? Checo o quarto amplo e sofisticado, com pouca decoração e minimamente organizado. As cores claras e sem graça são o oposto das que enfeitam as paredes da minha casa e aos poucos as lembranças vívidas vão surgindo. Zé. Mamãe. Balanço a cabeça para afastar os pensamentos e começo a sorrir. Foi um sonho! Aquilo nunca aconteceu. — Onde estamos? — Pergunto, mesmo sabendo a resposta. As três se olham. — Minha casa. — Isadora responde e começo a gargalhar alto. Foi só um sonho. Um pesadelo horrível, mas também um aviso de que eu NUNCA devo ir além em meu relacionamento com Zé, ele é e sempre será o marido de mamãe. Meus sentimentos não importam, desde que a felicidade e bem-estar dela estejam em primeiro plano. — Ela está bem? — Tilly pergunta ao vento, abraçada a um travesseiro branco. — Perfeitamente bem. — Pisco e volto a me deitar, puxando o lençol até cobrir todo o meu corpo. — Vamos dormir. — Digo, batendo palmas para que a luz se apague sozinha.
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