NORA
A pele morena e quente desliza sobre a minha em perfeita harmonia, misturando seu perfume ao meu e criando um novo aroma. Um só nosso. Os dentes brancos e alinhados descem até minha jugular e mordem sem piedade, puxando a pele fina da região. Gemo pela dor que a ação me causa e ele rir, m*****o e encantadoramente lindo.
Os olhos pratas estão cobertos por desejo e luxúria. Meu corpo está aceso, completamente em chamas pelos seus toques íntimos e precisos. Seu nome sai da minha boca como um pedido desesperado e ele volta a sorrir, deixando uma trilha de beijos molhados pelo meu pescoço e clavícula. Seu peito descansa sobre o meu e nossos corações se encontram, as batidas se misturam e eu já não sei distinguir qual está batendo mais rápido. Levo minha mão para seu cabelo e mergulho entre os fios negros. Seu nariz desce pelo vale entre meus montes e volto a gemer, mais lasciva e desejosa.
A primeira lambida é como um teste, ele alcança a auréola escura do esquerdo enquanto mantém os olhos presos aos meus. Ele suga, chupa e sopra sem desviar as íris pratas das minhas. Sua boca me devora com vontade, castigando meus dois montes com seus dentes e lábios, marcando minha pele como sua, deixando evidente nossa paixão.
— Diga que é minha. — Pede enquanto rodeia meu umbigo com a língua, me torturando de propósito. — Diga. — Exige e lhe dou o que quer. Falo que sou sua com toda a certeza do mundo e ganho uma mordida possessiva no quadril como resposta.
— Zé...— Gemo ao sentir sua respiração contra o algodão da minha calcinha.
— Quero ver o que me pertence, boneca. Abra as pernas. — Seu timbre é autoritário e minha i********e pulsa em resposta, desejando ser reivindicada com força. Me abro sem vergonha, permitindo que ele role a calcinha branca de algodão pelas minhas pernas e me deixe nua.
Sorrio convencida quando noto o brilho em seus olhos e me abro ainda mais. Ele rosna e sai da cama, ficando de frente pra mim, inteiramente vestido.
— Tire. — Peço. Não. Eu imploro.
A blusa é retirada com rapidez, mas se demora ao desafivelar o cinto e baixar a calça, deixando-me sem ar com sua fisionomia de homem alfa. O peitoral coberto por pelos e o abdômen perfeitamente desenhado, as pernas torneados e a cueca branca bem preenchida.
— Quer? — Pergunta debochado, apertando o volume ainda coberto no meio das pernas. Minha boca saliva e minha i********e pinga ansiosa.
Mordo meu lábio inferior e afirmo com a cabeça, incapaz de proferir qualquer coisa.
Ele rir convencido, se tocando por cima do tecido.
— Precisa de mim, querida? — Resolve brincar, olhando com ambição para minha a******a molhada.
— Sim.
— Ela é tão pequena, acha que me aguenta, boneca? — É a minha vez de sorrir arrogante.
— Tenho certeza que consigo lidar. — Nossos olhares se encontram e me perco na intensidade dos nossos sentimentos, existe tanta coisa misturada que é quase difícil respirar.
Sua cueca é abaixada e todo o meu mundo gira ao vê-lo despido pela primeira vez, minhas pernas tremem antecipadamente e não consigo desviar o olhar da cabeça grossa em formato de cogumelo, lambo os lábios e me transformo em um poço de ansiedade.
Ele é lindo.
— Gosta?
— Ele é realmente grande. — Falo sem pensar e ouço o som maravilhoso de sua risada. — Mas, não se preocupe, eu aguento! — Acrescento com um sorriso arrogante no rosto.
Sua expressão se torna séria e eu sinto medo dele ter voltado atrás.
— O que aconteceu? — Questiono e ele põe um de seus joelhos sobre a cama, perto de onde está minha cabeça.
— Eu amo essa sua boca, ela é perfeita, mas sinto que estou sendo injusto com eles. — Sussurra, contornando meus lábios com o dedo polegar, descendo os olhos para od dois montes sensíveis.. — Só existe algo mais bonito, desconheço. — Meu seio se perde dentro de sua grande mão, mas o tamanho deles parece ser o que mais o fascina.
— Não há motivos para escolher um, sou inteiramente sua, todo o meu corpo é seu para explorar e admirar, Zé.
— Verdade? — Me olha como um menino que acabou de ganhar o melhor presente.
— Sim.
— Então, eu escolho sua mente para admirar, seu coração para cuidar, sua boca para me refugiar e todo o seu corpo para amar.— Pisco para expulsar as lágrimas e as sinto escorrer por minhas bochechas.
— Zé...
Meu tom é pura emoção e por mais que meu peito esteja inundado de felicidade e desejo, minha mente traz a imagem de mamãe deitada desacordada sobre uma cama e me sinto péssima. Uma traidora suja, indigna de perdão.
— Shiiii...— Ele Sussurra contra meus lábios, roçando sua boca na minha, sumindo com meus pensamentos. — Não diga nada, me dê esse momento.
Eu não presto.
— Não podemos.
— Eu quero e você também. — Argumenta, acariciando minha orelha com a ponta da língua. Descanso a palma sobre seu peito e fecho os olhos. — Seja minha. — Pede, me desarmando.
— Só por hoje.
Sua boca beija meu pescoço, queixo e bochecha até encontrar a minha.
Só por hoje.
Sua língua pede passagem e eu permito.
Só por hoje.
Seu corpo desce sobre o meu e sua perna direita se encaixa entre as minhas, tocando meu ponto sensível com o joelho.
Só por hoje.
Curvo meu corpo para trás e me ofereço de bom grado, gritando ao sentir seus dentes puxarem o bico do meu peito.
— Adoro ouvir seus gritos de prazer, Angélica.
Só por hoje.
Espera, o quê?
Angélica?
Ele me chamou pelo nome de mamãe?
Abro os olhos irritada, me sentindo ainda mais suja e extremamente enciumada, mas travo quando encontro as íris quase douradas da minha progenitora carregadas de nojo.
— Mamãe? — Testo a palavra, mas minha voz sai parecido com um ruído, quase como se estivesse engasgada.
O cabelo espesso de tonalidade escura está amarrada no alto de sua cabeça e as roupas hospitalares se foram, no lugar da bata estilo vestido sem graça ela usa um vestido apertado de gola alta, brincos de argola e batom nude.
— Como pode fazer isso comigo, Nora? Sua própria mãe. — Começo a balançar a cabeça de forma frenética em negação, murmurando repetidos perdidos de desculpa.
— Me desculpe, mamãe. — Fungo, puxando o lençol até a altura do meu pescoço.
— Eu te dei tudo e enquanto eu sofria naquele hospital você se esfregava com meu marido.
Não lágrimas descem dos meus olhos.
— Me desculpa. — É tudo que consigo dizer.
Ela me olha de cima, superior e eu mumca me senti mais pequena. Eu a traí.
— Me desculpa...
— Você não tem mais mãe, pegue suas coisas e vá embora da MINHA CASA! — Grita cheia de fúria.
Meus olhos buscam por Zé Neto e o encontro na parte escura do quarto, observando tudo quieto.
— Zé. — O chamo, tentando ler seu semblante.
— Não fale o nome dele. — Mamãe rosna e me sento sobre a cama, puxando minhas pernas para junto do meu peito.
Meu choro se torna mais alto.
— É melhor você ir embora, Nora. — As palavras veem dele e é como um soco no estômago.
— Zé...
— Não complique mais as coisas, sua mãe agora está de volta e vai ocupar a posição que é dela e só dela, você e eu sempre foi algo passageiro. — n**o sua fala com a cabeça, me negando a acreditar no significado dela.
— Não. — Falo, enxugando minhas lágrimas com as duas mãos.
— Vá embora, sua p**a imunda! — É mamãe quem diz.
— Você disse que nunca me deixaria para trás. — O lembro de sua promessa de quando eu era só uma menina e seu olhar cai.
— Vá embora, Nora. Eu não amo você. — É tudo que ele diz antes de tudo se tornar escuro, escuro, escuro.
Minhas pálpebras estão pesadas e por mais que eu tente abrir os olhos, algo me impede. Alguém cutuca minha costela e estapeia meu ombro.
— Ei, você está bem? — Uma voz distante questiona e me esforço para dizer que não.
— Nora? — Um par de dedos agarra um punhado da minha pele e puxa.
Ai!
— Ela está tendo um pesadelo, garota. — Alguém resmunga.
— E o que eu faço? — A primeira voz indaga.
Me esforço para abrir a boca.
— Durma.
— Dormir? — Alguém debocha e posso jurar que já ouvi a voz em algum lugar. — Ela está chorando como um bezerro desmamado, alguém precisa acordá-la.
— Faça isso, então.
— Ok.
Consigo abrir os olhos com dificuldade e mesmo com a visão turva e confusa consigo impedir o contato da boca de Talía com a minha, impedindo que ambas se toquem ao colocar minha mão no meio à tempo.
— O que está fazendo? — Indago com a voz meio grogue, me sentando no colchão e afastando as cobertas de sobre o meu corpo.
— Nada, você me impediu. — Explica com a boca formando um bico.
Franzo o cenho.
— Você ia me beijar?
Ela dar de ombros.
— Se príncipes podem acordar garotas adormecidas com um beijo, então, eu também posso. Afinal, meu sangue é da realeza.
— É? — Uma vozinha fraca, um tanto infantil pergunta do meu lado esquerdo e quando me viro para checar, dou cara com olhos graúdos e quase transparentes de tão azul.
— Não, ela não é. — Isadora responde da cama e direciona o olhar para Talía. — Pare com essa droga, porque eu já cansei.
— O que não te cansa exatamente, Isadora? Estou surpresa por ainda conseguir se olhar no espelho. — Talía provoca e faz Tilly sorrir. Isadora revira os olhos e traz seus olhos azuis até os meus castanhos.
— O que estava sonhando?
Pisco, olhando para cada uma três garotas com calma.
Sonhando?
Checo o quarto amplo e sofisticado, com pouca decoração e minimamente organizado. As cores claras e sem graça são o oposto das que enfeitam as paredes da minha casa e aos poucos as lembranças vívidas vão surgindo.
Zé.
Mamãe.
Balanço a cabeça para afastar os pensamentos e começo a sorrir. Foi um sonho! Aquilo nunca aconteceu.
— Onde estamos? — Pergunto, mesmo sabendo a resposta. As três se olham.
— Minha casa. — Isadora responde e começo a gargalhar alto.
Foi só um sonho. Um pesadelo horrível, mas também um aviso de que eu NUNCA devo ir além em meu relacionamento com Zé, ele é e sempre será o marido de mamãe. Meus sentimentos não importam, desde que a felicidade e bem-estar dela estejam em primeiro plano.
— Ela está bem? — Tilly pergunta ao vento, abraçada a um travesseiro branco.
— Perfeitamente bem. — Pisco e volto a me deitar, puxando o lençol até cobrir todo o meu corpo. — Vamos dormir. — Digo, batendo palmas para que a luz se apague sozinha.