O sol já tava rachando o asfalto e o baile já tinha virado história. Só tinha sobrado eu, o Zé e o Falcão, que ainda tava ali na atividade com os vapô. Vendemos droga pra c*****o naquela noite, nem vou mentir. Movimento girou, girou bonito. O dinheiro suado chegou como deve. — Já podem ir, deixa que eu tomo conta de tudo — falou o Falcão, sempre com aquela cara de quem nunca dorme. Olhei pro Zé, ele me olhou de volta. A gente sabia pra onde ia. Só balançamos a cabeça e montamos nas motos. Cada um na sua, mas o destino era o mesmo: a casa dele. Quer dizer... a casa da Sophia. No caminho, ele mandou a letra: — Minha irmã tá dormindo — avisou com aquele tom de quem queria botar limite. — Eu sei... vou acordar ela — respondi com aquele sorrisinho provocador, só pra ver ele revirar os olho

