Tudo o que eu queria era um canto de paz. Só isso. Um lugar onde pudesse sentar, respirar, esquecer a sensação da boca do Boquinha no meu p*u, esquecer o calor estranho que subiu pelo meu corpo quando ele me tocou, esquecer o que fiz... o que permiti... e, principalmente, esquecer que a minha irmã tá desaparecida. Mas nem isso eu consigo. O elevador apita e eu piso no corredor do meu apartamento no prédio ainda com o cheiro do sabão da Sophia grudado na minha roupa. O sapato sujo de lama vermelha, e o sentimento que não me abandonava mais, medo e culpa. Meu pai tá me esperando na sala. — Você tem noção do que tá fazendo? — ele solta assim que me vê. A sala é ampla, luxuosa, o som do ar-condicionado misturado com o tilintar do lustre imenso de cristal acima da cabeça dele, escolha da

