Mano... que merda que eu fiz. Me deixei levar pelo desejo, mó vontade de continuar, fazer mais coisas com ela ali mesmo naquela espreguiçadeira... mas eu não podia, não devia. A Sophia, parça... a Sophiinha, ela não é qualquer mina. Ela é filha do meu padrinho, do Falcão, o cara mais temido da favela. A princesa do morro, a menina que cresceu cercada de proteção, mimada por todos... e eu? Eu ali, fazendo ela gozar no quintal da casa do avô. Se descobrem? Se o Falcão descobre? Se o José Vicente pega no flagra? Eu viro estatística, irmão. Ninguém nem acha meu corpo. Me deu uma nóia pesada. Levantei, saí dali com o coração batendo no ritmo do tamborzão e fui pro anexo da casa, onde tinham deixado umas camas pra quem ia dormir ali. Algumas minas tinham dormido por ali mesmo e eu sabia

