Acordei com aquela luz branca incomodando e o som do monitor cardíaco marcando o ritmo do meu coração. Meus olhos pesavam e parecia que meu corpo tinha levado uma surra. Tudo doía. Mas não fisicamente… era um peso na alma.
Assim que me mexi, vi minha mãe se levantar rápido da poltrona ao lado da cama. O cabelo dela tava bagunçado e os olhos vermelhos de quem não dormia há dias.
— Tá melhor, filha? — ela perguntou, se aproximando com cuidado, ajustando a cama pra eu ficar mais inclinada.
— Não sei, mãe… acho que sim. — minha voz saiu fraca, seca. — Mas… e o Herus?
Ela sorriu pequeno, com um alívio visível.
— Ele tá melhorando, ainda em coma, mas está estável e evoluindo bem. A Maju me deixou vê-lo hoje. Ele vai ficar bem, graças a Deus.
Eu respirei fundo. Só de ouvir isso, um peso sai
