Saí correndo. Meu coração parecia que ia explodir no peito, o vestido curto subindo nas minhas coxas, e a areia ainda quente machucando meus pés descalços. Eu tremia, mas não era mais de raiva — era de medo. De mim mesma. Do Herus. De tudo. Como eu tive coragem de fazer aquilo? De olhar nos olhos dele e... machucar. Porque machucou. Eu vi. Ele quase caiu. Se curvou de dor. E mesmo assim, mesmo depois de tudo o que ele fez, uma parte de mim doeu também. Uma parte muito i****a, eu sei, mas... eu amo o Herus. Só que amar não é sinônimo de aceitar qualquer coisa. Entrei na casa quase tropeçando nas escadas, fui direto pro quarto da minha mãe e tranquei a porta. Me encostei na parede, escorreguei até o chão e comecei a chorar. De novo. Porque é isso que eu tenho feito: chorar. Como uma ado

