Naquela manhã, acordei com aquela sensação de que precisava ver a Milena. Não era só curiosidade — era um incômodo no peito, como se eu precisasse confirmar com meus próprios olhos que ela realmente estava bem. Depois de tudo o que rolou, da tensão, das mensagens confusas, das suposições… não dava pra simplesmente seguir a vida sem entender.
Peguei minha bolsa, me arrumei de forma simples, jeans, blusa clara e cabelo preso num coque bagunçado, e saí de casa. O caminho até o prédio dela foi rápido, mas minha cabeça estava longe, repetindo mentalmente perguntas que eu nem sabia se teria coragem de fazer.
Quando cheguei, cumprimentei o porteiro, que já me conhecia de vista, e entrei no elevador. Apertei o botão do andar da Milena e fiquei olhando os números subindo, sentindo aquele friozinh
