Capítulo 05 - Todo meu poder.

1048 Words
Acordei as 8h com o som do meu despertador tocando, até estranhei o fato de ter conseguido dormir tão bem. Levantei sem fazer barulho e peguei as minhas roupas que estavam espalhadas pelo quarto. Fui até o banheiro e vesti rapidamente saindo sem que ele percebesse. Peguei a minha bolsa e sai por uma porta na cozinha que dava acesso ao quintal já que a da frente estava trancada. Estava passando tranquilamente e levei um susto ao ver um Pastor Alemão pulando bem em cima de mim. Eram dois. Eles me derrubaram no chão e começaram a me l****r, ri com a situação, eles devem ter sentido o cheiro dos petiscos na minha bolsa de longe. Brinquei com eles para saírem de cima de mim e dei um biscoito pra cada um deles que rapidamente se distraíram. Eu continuei o meu caminho e pedi um mototáxi até o pé do morro, pelo jeito eu teria que ir daqui direto pro trabalho. Quando chegamos na barreira eu chamei um uber e em alguns minutos eu cheguei no consultório que já estava aberto pela Naira. Aproveitei que estava ali e fui na farmácia que era na mesma rua, comprei uma pílula do dia seguindo e tomei com um copo de suco no café que tinha aqui do lado. Respirei fundo e fui pra clínica, pelo que eu sei hoje o dia está cheio. Dei de cara com a Naira arrumando tudo e assim que me viu ela suspirou aliviada. Naira: Você ta ficando maluca? Eu fiquei super preocupada com você, nem o celular você atendeu. - Falou com a mão no peito. Gabriela: Ai nem me fale de ontem que eu não quero nem lembrar, eu fui fazer o atendimento lá na providência e acabei ficando ilhada com toda aquela chuva. Foi uma longa noite. – Suspirei evitando ao máximo falar sobre o dia de ontem. Entrei na minha sala e fiquei ali fazendo o meu trabalho e pensando no que tinha acontecido, vira e mexe durante o dia eu me peguei pensando no Diego, mas era uma besteira. Eu nunca mais veria ele na minha frente, isso é um fato, mas essa foi uma bela memória pra ser guardada. […] AK - Diego. Acordei com o sol batendo no meu rosto e uma dor fora do normal no meu abdômen, passei a mão no meu ferimento e ele estava vazando. Que m***a. Desci as escadas rapidamente e fui até o kit de primeiros socorros concertando o estrago que tinha feito aqui, parece que o esforço de ontem não fez muito bem pra minha “recuperação”. Ri comigo mesmo, fiquei de p*u duro só de lembrar daquela mina s*******a. Por um segundo eu tinha me esquecido dela, que por sinal já tinha ido embora sem nem me dar tchau, que falta de consideração. Debochei comigo mesmo. A noite de ontem foi de longe uma das melhores fodas que eu já tive, aquela mina me fez ficar fissurado nela e naquele corpo só em uma noite. A forma como ela me olhou, o medo e inocência nos seus olhos ao mesmo tempo, aquilo me deixou louco. Eu não sei como consegui me controlar pra não comer ela com força até de cabeça pra baixo que era o que eu realmente queria. Deixei essas porras de lado e voltei pro meu quarto, tomei um banho e coloquei um traje da Nike, a correria não para e eu tenho que estar no controle do meu movimento. Passei no quintal e coloquei comida pros meus bichões. Peguei a minha moto e parti pra boca, de longe eu avistei o Talles e já chamei ele pra minha sala. Talles: Fala a boa patrão. - Se sentou na minha frente. AK: Eu quero a ficha completa da mina de ontem na minha mesa pra agora. - Falei com autoridade. Talles: Eu vi a mina saindo hoje cedo da sua casa, a noite com enfermeira particular foi boa? – Tirou onda e eu revirei os olhos. - O nome dela é Gabriela, vou arrumar o contato dela com a Kelly. AK: Deu pra ficar bancando cachorro de dondoca agora? - Impliquei. Talles: Vou fazer o que, a mulher cismou que queria essa p***a e agora ta tratando igual filho. - Falou inconformado. Homem é um bicho burro mesmo. Peguei uma cerveja e comecei a fazer minhas paradas, comigo não tem essa de só mandar, eu trabalho igual os meus e não tenho diferença com eles, mas todos sabem que o respeito n******e faltar. Papo reto, eu sou um cara tranquilão e na minha, não mecho com ninguém a não ser que mecham comigo e com os meus, não meche com a minha família que eu viro o bicho. Mato e morro por qualquer um que fecha comigo. Certo pelo certo. Sou sozinho nessa vida, meu pai morreu num confronto dando a vida por esse morro e que assim seja comigo também! Vou morrer aqui, dando a vida pelo que eu acredito. A minha mãe ta morando no Recreio, mas nem sei se posso chamar ela assim, depois que meu pai morreu ela meio que abriu mão tudo, ela era a primeira dama mais respeitada dessa favela. Todo mundo amava ela e admirava a história deles. Mas depois de tudo que aconteceu o brilho dela foi embora e ela foi junto pra longe de mim, no fundo eu não posso tirar a razão dela, tudo nesse morro lembrava ele, inclusive eu. Foi assim que eu aprendi a ser sozinho pra tudo nessa vida, não me apego a mulher nenhuma por que essas porras só da trabalho e levam à falência, maioria das minas desse morro só quer sentar pra envolvido por interesse. Vou lá como uma p**a e vou embora. Sem historinha de amante ou fiel. Sou eu e eu. Quem quiser sentar eu não n**o fogo, mas parada de compromisso sem dúvidas não é comigo. O bagulho é que eu fiquei fissuradão na mina de ontem a noite, a tal da Gabriela não sai da minha cabeça, bagulho de louco, raramente alguma coisa me deixa assim, mas quando eu cismo não tem outra. Eu consigo o que eu quero. E o que eu quero é ela!
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