CAPÍTULO 12 GRINGO NARRANDO Cheguei na boca e o Magrão já tava lá, sentado no sofá, fumando um baseado e conferindo as últimas contas. O cheiro do mato misturado com o som do rádio passando informação deixava claro que o dia ia ser longo. — A nova professora já tá na escola, acabei de ver — ele falou, sem tirar os olhos do caderno de anotações. Me joguei no outro sofá, esticando as pernas, rádio na cintura, pronto pra qualquer chamado. — E aí… ela é bonita pelo menos? — Magrão perguntou, levantando uma sobrancelha. Dei uma risada baixa, desviando o olhar como quem não quer entregar muito. — É gata sim. Mas deixa a mina pra lá. Já veio fugindo de um arrombado que não prestava — respondi. Magrão apagou o baseado com calma, como quem pensa antes de falar algo importante. — Pois é. Qu

