📖 MARLA — A VAGABUNDA HUMILHADA O chão do puteiro tava grudando na minha coxa, mas não era só de suor e bebida. Era uma mistura nojenta de cerveja velha, vômito de algum moleque que bebeu demais e, pior de tudo, o rastro de humilhação: a p***a dos fios de cabelo que o Tigre tinha arrancado e jogado na minha cara como se fossem lixo. Eu levei tempo para levantar. Não era lentidão, era dor. Senti a cabeça latejar, não de ressaca química, mas de dor pura, física e na alma. Meu couro cabeludo tava em carne viva, queimando em brasa. Minhas pernas, fracas, m*l aguentavam meu peso. A humilhação me transformou em gelatina. As luzes vermelhas e azuis do bar voltaram a piscar devagar, numa cadência melancólica. A música tava baixa, quase um sussurro de arrependimento. Sinal claro de que o show pa

