Dante levantou-se para sair, a sua figura majestosa impressionando a todos. Um pesado silêncio pairou no ar enquanto
todos prenderam a respiração.
Quando ele e a sua comitiva chegaram ao estacionamento subterrâneo, ele entrou em seu Rolls Royce sem dizer nada. O motorista estava prestes a ir embora quando Dante gritou:
— Espere! O motorista freou imediatamente.
Fabian seguiu o olhar de Dante e viu uma menina passando pela traseira de seu carro. Quase que eles a atropelam Ele imediatamente saiu do carro.
— Garota, por que você está sozinha aqui?
— Minha Fifí voou. Eu estou indo atrás dela. Fifi! Não vá! Pare! Diana estava prestes a pegar o pássaro, mas ele voou para longe em direção ao carro. Ele entrou no carro imediatamente. Olhando para cima, Diana ficou surpresa ao ver um par de olhos frios olhando para ela.
Parece assustador. Ele é o cara mau de quem a mamãe sempre fala? Diana olhou para Dante com medo e recuou por instinto.
Dante também olhou para a garota e o seu coração se suavizou. O seu olhar não estava mais tão dura como sempre.
Que garota linda. Ela parece uma boneca com as bochechas inchadas. Ele olhou nos olhos dela por alguns instantes. Que estranho, ela parece conhecida. Sinto algo estranho quando a vejo.
Fifi estava andando em direção ao carro gritando: fifi! fifi! Venha aqui imediatamente! Uma Diana carrancuda estendeu a mão e exigiu. — Se você continuar se comportando m*al, vou ficar com raiva!
Infelizmente, Fifí não pousou na mãozinha dela. Ela pousou no ombro de Dante.
Dante franziu as sobrancelhas e estendeu a mão para agarrar Fifi.
Fifi imediatamente lutou e sujou assustada o paletó de Dante.
Algumas penas flutuavam, acompanhadas por um silêncio surpreso.
Fabian congelou, até os guarda-costas ficaram pálidos por um instante. Eles sabiam que Dante era um maníaco por limpeza.
— Este pássaro está morto.
Na verdade, a expressão de Dante escureceu. O seu controle sobre a pequena Fifi ficou mais forte.
O corpo de Fifi enrijeceu com a força crescente. Os olhos dela reviraram enquanto ela mostrava a língua.
— Ah! Solte a Fifi! Diana pulou em cima do homem e tentou pegar o pássaro.
— Tire as mãos da Fifí. Deixa ela! Deixe ela agora!
— Garotinha. Fabian tentou afastá-la.
Olhando para o rosto corado e os olhos de boneca de Diana, a ameaça no olhar de Dante desapareceu. Ele lentamente soltou o pássaro.
Fifí bateu as asas freneticamente e pousou em Diana novamente.
Diana agarrou o pássaro e olhou com raiva para Dante antes de escapar do carro dele.
— Ei, garota! Fabian gritou atrás dela, mas ela simplesmente o ignorou.
Preocupado, ele disse a um guarda-costas: vá atrás dela e certifique-se que ela se reúna com sua família com segurança.
— Sim!
O veículo foi se afastando aos poucos. Dante tirou o paletó e deu um tapinha para tirar as penas e depois limpar onde o pássaro sujou com um pedaço de toalha molhada.
Fabián examinou a expressão do seu chefe. Ainda parecia dura, mas aquele brilho assassino nos seus olhos havia desaparecido.
Ele não pôde deixar de lamentar:
— Que garotinha adorável.
— Ela tem uma aparência inocente. Comentou Dante, algo incomum para ele.
— Sim. Eu me pergunto que tipo de mãe ela tem para dar à luz uma garota tão adorável quanto ela.
.....
Diana estava subindo a escada rolante quando ouviu alguém chamar por seu nome, ela se virou para olhar, e viu que era sua mãe.
— Diana! Diana!
— Mamãe, estou aqui! Diana correu com Fifí nos braços. Ela se lançou nos braços de Adriana como um foguete, fazendo-a cambalear.
— Você me assustou. Adriana abraçou Diana com força e acariciou a cabeça da garota ansiosamente. — Você está ferida?
— Não estou ferida, mas… Diana lembrou-se do homem no carro. — Eu vi um cara ma*u! Ele com certeza parece um! Mas... Fifi fez cocô no seu ombro. Ele estava com raiva, mas não matou a Fifi. Isso significa que ele não é um cara tão ma*u, certo?
— O que você está dizendo? Adriana insistiu.
— Fifi fez cocô num homem. Explicou Diana, gesticulando descontroladamente com as suas mãos gordinhas. — Mas aquele homem não machucou a Fifí.
— Que bom que vocês dois estão bem. Não saia andando por aí da próxima vez, entendido?
— Tudo bem, mãe.
Não muito longe, o guarda-costas esperou a garota sair com a mãe antes de ir embora.
Como estava muito longe, só viu as costas da mulher e a camisa jeans que ela estava usando.
.....
ADRIANA
Segunda-feira foi um dia agitado. Assim que eu cheguei ao escritório, mergulhei no trabalho e só consegui parar agora na hora do almoço.
Eu estava acompanhando os meus colegas do departamento de administração até o refeitório da empresa. Mas para a nossa surpresa assim que saímos do elevador, nos deparamos com Dante Licano.
O homem saiu do elevador de maneira imponente, fazendo com que o ar ficasse pesado. Todos recuaram para o lado e baixaram a cabeça em silêncio.
Eu, que ainda estava no elevador, vendo o que estava acontecendo olhei para fora, e encontrei o olhar sombrio e gelado de Dante. Eu
imediatamente olhei para baixo, assustada. — Ele estava olhando para mim? Eu sussurrei.
— Não prestem atenção em mim. Continuem o que estavam fazendo. Dante declarou.
Todos começaram a se movimentar, mesmo que estivessem confusos e perplexos. Dante nunca dirigia a palavra aos seus funcionários de baixo escalão.
Dante sentou-se num banco próximo da janela. Dois guarda-costas observavam tudo atrás dele enquanto quem eu acredito ser o assistente pessoal dele, ia até o balcão buscar a comida.
Eu olhei para ele mais uma vez. A luz do sol refletida no seu corpo, envolvendo-o num brilho dourado como o de um deus
Grego. Não podia negar. O homem além de rico é lindo.
— Um homem como esse, deveria ser o pai dos meus trigêmeos. Não um gigôlo. Quando esse pensamento passou pela minha cabeça, eu a descartei de imediato. Eu peguei a minha bandeja de comida e fui em direção que costumava sentar sempre.
Assim que eu me sentei, o chato do Marco apareceu.
— Olá!
Eu revirei os olhos e cheguei para o lado para manter distância dele. — Por que você come tão pouco? Marco zombou. — Você pode comer bem aqui. A empresa serve um luxuoso buffet gratuito. É melhor que de muitos hotéis cinco estrelas que você está acostumada.
Ignorando ele completamente, eu abaixei a cabeça e me concentrei na comida.
— Ei, por que o Sr. Licano está comendo no refeitório hoje? Perguntou Fiona, uma das minhas colegas de trabalho.
— Também estou curiosa. Ele nunca vem ao nosso refeitório. Disse Rosa, outra colega de trabalho. Ela olhou para a mesa em frente e baixou a voz. — Com ele aqui, estamos todos tensos. Veja como todos no refeitório estão em silêncio.
— Sim, as minhas mãos estão tremendo. Yolanda não se atreveu a levantar a cabeça e olhar.
— Ah, não fiquem nervosas. Marco parecia imperturbável. — Ele pode parecer frio, mas, na verdade, é muito gentil.
— Sr. Palacios, parece que o senhor conhece bem o Sr. Licano. Um dos meus colegas expressou a sua curiosidade. — Eu o vi cumprimentá-lo uma única vez, não sabia que eram amigos.
— Claro. O presidente e eu somos muito amigos… Ele respondeu, mais a sua voz falhou, como se insinuasse um significado mais profundo das suas palavras.
— Não admira que o tenham promovido tão rapidamente em seis meses. Agora tudo está explicado. Você é amigo do Sr Licano. Não se esqueça de nós quando precisarmos de uma ajuda de alguém que tenha um valor maior aqui nessa empresa.
— Não se preocupem. Desde que façam um bom trabalho, terão uma promoção em pouco tempo. Disse Marco presunçosamente.
Eu não aguentava mais, esse cara arrogante falando todas essas bobagens na minha cabeça. Eu me levantei e peguei a minha bandeja.
— Eu já vou indo. Eu perdi o apetite. Bom almoço para vocês. Eu me virei e comecei a andar em direção à saída.
Mais para minha infelicidade, Marco veio atrás de mim.
— Adriana, espere! Irritada, eu acelerei ainda mais os meus passos.
Marco correu até ficar na minha frente e me impedir de sair. — Por que você está com tanta pressa? Podemos descer juntos.
— Senhor Palacios, não tenho e nem quero ter, nenhum tipo de intima*idade... Antes que eu conseguisse acabar de falar, alguém colidiu comigo.