A aula terminou e todos começaram a guardar seus materiais. O barulho de cadeiras arrastando, conversas rápidas e passos apressados ecoou pela sala. Eleonora se levantou, pronta para sair e escapar dos olhares curiosos que a perseguiam desde cedo. Mas a voz da professora cortou o som: — Eleonora, querida, pode ficar um minuto? Quero falar com você. Quando a sala finalmente ficou vazia, Eleonora cruzou os braços, tentando manter a postura de sempre confiante, altiva, independente. — Eleonora… eu tenho percebido suas dificuldades nas últimas semanas. Não é falta de capacidade. Você é inteligente, mas está… dispersa. Eleonora abaixou um pouco a cabeça, encarando as unhas impecáveis. Foi a primeira vez em muito tempo que não teve uma resposta pronta. — Eu sei. — admitiu ela, num fio de v

