Ilir Alban | Dia do sequestro Abro os meus olhos forçadamente e resmungo pelo latejo na cabeça. O meu rosto está no chão e sinto bem o aspecto áspero e frio. Sinto um gosto horrendo na boca e cuspo sem pensar duas vezes. Sinto também dores pelo corpo e uma sensação de que tem algo de errado com o meu rosto. Como se tivesse algum corte ou algo parecido. O latejo ainda persiste e ao tentar elevar a cabeça, a escuridão está em volta e vejo pouca coisa. Além da escuridão, há um silêncio. Ainda não consigo decifrar o que está havendo aqui, mas o cheiro é forte. Resmungo pela sensação de estar preso e realmente estou. Tem correntes nos meus pulsos, nas pernas também e ainda no meu pescoço. Fora eu fazendo som aqui, eu não ouço mais nada. Eu não conheço o lugar, não vejo ninguém e não consigo

