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1628 Words
Capitulo 1 Lais narrando Eu estou sentada em uma mesa na enorme biblioteca da faculdade, onde eu passava a maior parte do meu tempo, estudando. E quando vejo a data em um pequeno calendário que era fixo nas mesas, eu vejo que hoje era o dia que eu vim embora para cá e isso era exatamente a dois anos, eu me lembro até hoje desde o dia que eu recebi a noticia que eu tinha sido aprovada na faculdade, que corri atrás da ajuda do governo e da alegria e tristeza da minha mãe quando eu parti. Dona Sabrina, me fazia muita falta! A gente conversava todos os dias, só que não era a mesma coisa de está com ela ao meu lado, depois que eu vim para Nova York eu nunca consegui voltar para passear e acredito que só voltaria quando eu me formasse e para isso ainda tinha longos anos pela frente, minha mãe me criou sozinha, ela engravidou ainda jovem quando tinha 16 anos de idade em um feriado de carnaval, ela nunca soube me dizer quem era o meu pai, nossa vida nunca foi fácil mas minha mãe sempre trabalhou muito para nunca faltar nada dentro de casa, ela era forte e eu admirava ela de mais. Toca o sinal que significava que as aulas iriam começar, eu vou até a sala e sou a primeira a chegar, era poucas bolsas e a maioria era para alunos estrangeiros, então era os únicos que realmente levava a sério a faculdade, o resto dos alunos eram filhos de pais ricos que levavam a faculdade mais ou menos, enquanto o meu sonho era se formar e dar uma vida melhor para minha mãe. - Onde está Enzo? – eu pergunto quando vejo Jade chegando. - Ah – ela suspira – ele e meu pai tiveram uma discussão horrível. E ele saiu sem rumo, não atende o telefone e não fala com ninguém. - Porque eles discutiram? – eu pergunto – seu pai as vezes pega pesado com ele, pelo o que Enzo fala. - Enzo também pega pesado com ele – ela me olha – Enzo vive acusando ele de diversas coisas sabe e minha mãe fica muito chateada com essa situação, nós todos ficamos. - Eu sinto muito – eu falo para ela. - Dinheiro é bom, mas as vezes eu queria ter apenas felicidade – ela fala dando um leve sorriso. - Não pense assim – eu falo – é apenas uma fase r**m, logo eles vão se acertar. - Tenta ligar para ele – ela fala. - Eu? – eu pergunto – mas se ele não está atendendo nem vocês, imagina se ele vai me atender, eu acredito que não. - Eu acredito que ele vai, por favor – ela fala – estou muito preocupada com meu irmão, muito mesmo. Ele não responde , não atende. - Eu vou tentar, mas eu duvido que ele me atenda – eu falo. Eu pego meu velho celular que eu cuidava muito porque ganhei da minha mãe antes de vim embora para Nova York e sei que ela trabalhou muito para me dar ele de presente, eu vim para cá eu tinha apenas 16 anos, eu tinha recém completado o ensino médio e embarquei em um avião, minha mãe emancipou e eu vim na cara e na coragem. - Enzo? – eu falo quando ele me atende. - Ele atendeu – Jade fala baixo. - Laís , foi minha irmã que mandou você ligar né? – ele pergunta. - Onde você está? – eu pergunto – ela está preocupada, seus pais estão. Eu estou também. - Você está? – ele pergunta. - É lógico que sim – eu falo – você realmente acha que eu não me preocupo com você? - Eu estou perto da faculdade – ele fala. - Então vem para cá, nós vamos está esperando você – eu falo – a aula já vai começar. - Eu não sei – ele fala – avisa a Jade que eu estou bem, fica bem – ele desliga o telefone. - Eu disse que ele iria te atender – ela fala – eu falei. - Ele disse que não sabe se vem, mas ele está bem – eu respondo para ela. - Meu irmão e meu pai são iguais, ai vivem se pegando sabe, é o mesmo temperamento – ela fala – olha, só o que eu comprei hoje – ela me mostra um anel – passei no cartão do meu pai – eu sorrio. - É lindo – eu falo. - Custou 20mil dolares – ela fala e diz a marca que eu nem sei qual era. O professor entra na sala e eu fico olhando para ela e pensando em que mundo pararelo ela vivia, ela me diz na maior naturalidade que ganhou $20 dolares. Eu saio da faculdade e ela me oferece carona, porém eu vejo Enzo com o carro estacionado. - Acho que você tem uma carona melhor – ela fala. - Eu posso ir com você – eu falo. - Não – ela sorri – vai lá com ele, ele veio aqui só por sua causa – ela pisca o olho e eu a encaro. Eu sempre soube que Enzo tentava algo a mais comigo e eu sempre deixei claro que não vim a Nova York para namorar, então ele me respeitava muito e a gente era bem amigos, eu tinha bem mais afinidade com ele do que com a Jade. - como você está? – eu falo dando um abraço nele – discutiu com seu pai de novo? - Meu pai trai a minha mãe – ele fala – eu sei disso, ele chega tarde e diz que está em reunião na empresa, eu liguei para lá hoje cedo e a secretaria me disse que não tinha reunião nenhuma ontem marcada. - E ele disse o que? – eu pergunto. - Discutimos feio – ele fala me olhando – ele falou que não devo interferir na vida dele, que eu deveria me preocupar em ser alguém na vida. – eu arregalo os olhos. - E sua mãe? – eu pergunto. - Em silêncio como sempre – ele fala. - VocÊ deveria deixar que eles se resolva, Enzo. A gente não sabe como a sua mãe se sente em relação a tudo isso – eu falo. - Minha mãe deveria se separar dele – ele fala – ela seria feliz. Eu sorrio fraco para ele e a gente se encara. - Vem, deixa eu te dar uma carona até em casa – ele fala – iria te convidar para sair, mas eu duvido que você vá. - Eu preciso estudar – eu falo - Você estuda o tempo todo – ele fala. - Eu preciso manter uma bolsa – eu sorrio para ele – acho que se você tivesse que manter uma bolsa, não discutiria tanto com seu pai. Ele me encara e abre a porta do carro, eu paro na sua frente e ele me dar um beijo na testa e eu sorrio para ele. - Em casa – ele fala. - Obrigada pela carona – eu falo – mas eu poderia vir andando sempre. - E eu perder a oportunidade de ter um pouco da sua companhia? – ele pergunta sorrindo. - Você é fofo , sabia? – eu falo pegando em seu rosto e ele começa a rir. - Seu aniversário é amanhã – ele fala – vamos sair comemorar Lais. - Nem pensar – eu falo – amanhã ainda tem aula de manhã cedo, esqueceu? Fora do horário, olha que grande presente eu recebi. - É verdade – ele fala – vou ter que acordar cedo, odeio acordar cedo. - É só você parar de me mandar mensagem de madrugada e ir dormir – eu falo. – eu vou indo – eu dou um beijo em seu rosto e ele passa a sua mão pelo meu rosto e a gente se encara. E quando ele iria aproximar seu rosto ainda mais do meu, eu me viro. - Até mais – eu falo sorrindo – crie juízo. - É difícil com você ao meu lado – ele fala sorrindo. Eu saio do carro e vou para dentro da pensão. (...) Eu moro em uma pensão e divido um pequeno quarto com outra estrangeira que veio da Colômbia, o nome dela é Marie, ela veio para estudar e depois virou secretaria , Tereza deixava ela aqui ainda porque ela morava aqui a muito tempo, porque a pensão era apenas para estudantes estrangeiros com comprovação de renda, Tereza era a dona da pensão e ela era bem rígida com as regras, tinha regra para tudo. O valor da pensão não era muito baixo, mas continha alimentação e os custos de água e luz e era perto da faculdade, dava para ir e voltar caminhando sem problema nenhum. - Olá, dona Tereza – eu falo vendo-a. Ela quase não aparecia por aqui, mas na semana que começava a vencer os aluguéis, ela sempre vinha aqui. - 6 dias para vencer o aluguel – ela me responde – não esqueça. - Não esqueço não, irei ao banco amanhã ver se o meu pagamento já caiu e já pago a senhora – eu falo. - Ah, você é um anjo – ela fala – se todas fosse como você Lais – ela olha para Marie – que me paga no prazo ou até mesmo antes. - Eu sempre pago a senhora – Marie fala – todos esses anos que trabalho aqui, sempre paguei a senhora muito bem. Eu sorrio quando as duas começam a discutir, eu subo para o meu quarto e aproveito que o banheiro está vazio e aproveito para tomar um banho.
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