Andrei
Assim que saímos do hospital, Ellen estava diferente. Eufórica, animada, radiante como eu nunca a tinha visto antes. Parecia uma criança que acabou de ganhar um presente inesperado.
— Andrei, a gente precisa ir ao shopping! — ela disse, segurando meu braço com força, como se não pudesse esperar nem mais um segundo.
Eu arqueei uma sobrancelha, olhando para ela com desconfiança.
— Shopping? Pra quê?
Ela revirou os olhos, como se minha pergunta fosse completamente absurda.
— Como assim “pra quê”? Precisamos começar a comprar as coisas do bebê! Agora que eu sei que é um menino, posso escolher tudo direitinho. Quero montar o quarto perfeito, comprar roupinhas, brinquedos… Ah, vai ser incrível! — Ela bateu palmas, entusiasmada.
Eu soltei um suspiro, tentando acompanhar a velocidade
