Ellen Minha mente estava enevoada enquanto tentava entender onde estava. O cheiro de couro e madeira preenchia o ambiente, indicando um lugar luxuoso, mas nada acolhedor. As memórias do bar vinham fragmentadas, como um quebra-cabeça incompleto, mas a imagem de Andrei Orlov era clara. Ele estava ali, me observando de perto, como um predador diante de sua presa. Andrei estava sentado casualmente em uma poltrona, o corpo relaxado, mas a intensidade do seu olhar me mantinha em alerta. Sua postura emanava poder e domínio, como se ele controlasse cada aspecto do universo ao seu redor. — Finalmente acordou — ele disse, com um sorriso enigmático nos lábios. — Achei que demoraria mais. Meu corpo estava pesado, mas consegui me sentar, ainda que com dificuldade. A raiva e o medo lutavam dentro de

