Louca Atração

Capítulo 5

P.O.V Fernando

Ainda não consegui entender porque aquele a moça mexe tanto comigo! Justo a empregada,

Meu Deus... tantas moças bonitas por aí e eu to pensando na menina que limpa minha casa.. isso não está certo. Não a conheço, não tenho o menor vínculo com ela e nem posso ter, e só consigo imaginar ela entrando pela porta do meu quarto só de toalha como a vi aquele dia. Eu já não estou me reconhecendo a tempos. Vivo um relacionamento complicado com Camila, que no começo parecia perfeita, e agora, vive dando shows de arrogância e infantilidade. Preciso ouvir mais o meu pai, ele me alertou que se envolver com modelos não daria certo. Elas só querem nosso dinheiro e status. Argh... mas o que isso tem a ver com a gostosa de cabelo vermelho? E por que será que ela usa essa cor? Só sei que lhe cai muito bem. Realça seus belos olhos expressivos e escuros. Sinto que por trás daquele olhar marcante há muitos mistérios.

———

Era Segunda feira, Helen estava dando limpeza no andar de cima da casa, onde ficavam as suítes. Estava tudo muito bem conservado, afinal fazia tempos que Fernando não recebia visitas e ele mesmo só estava em casa a noite e nos fins de semana. Vez ou outra ele assumia o escritório de sua casa, onde também trabalhava.

— Helen, preciso que vá ao quarto de Fernando e de uma organizada em tudo. Traga as roupas para lavar e leve estas que chegaram da lavanderia, já estão até passadas. - Zilda lhe entrega e ela assim faz.

Entra no quarto dele e como já havia feito outras vezes, fica admirando a beleza daquele cômodo. Cada móvel da casa era impecável. Mas a cama dela certamente deveria ser ótima. Ela se aproxima e aproveita para deslizar os dedos naquele belo colchão seria um sonho dormir em uma cama como aquela. E acompanhada de um homem como ele seria ainda melhor, era nisso que ela pensava. Queria ter condições tão boas para se proporcionar um conforto grande daqueles. Enquanto ela se imaginava naquela cama com a cara mais boba de todas alguém lhe interrompe dos seus pensamentos.

— Parece macia, não é? - a voz rouca diz.

— Sim.. - ela responde ainda viajando nos pensamentos até a ficha cair - Ah.. espera.. Desculpe Sr.. eu só estava ajeitando a roupa de cama que estava bagunçada, só isso.. - ela ajeita tentando disfarçar mas ele se diverte com a cena.

— Está bem, não tem problema - ele sorri e ela fica perdida naqueles dentes perfeitos.

— Não é o que Sr estava pensando.. eu vou.. deixar isso no seu closet e já irei me retirar.. - ela passa com alguns ternos em mãos e os coloca no closet. Enquanto o mesmo aguarda ainda no quarto e se senta na cama. Ele observa ela sair e a fita dos pés a cabeça. Helen possui uma pele branca e aveludada, isso o deixava curioso para tocar. Além do rosto delicado e fino. Helen é uma mulher muito sensual, e mesmo que não queria despertava olhares sem perceber.

No andar de baixo estava Carlos, um poderoso advogado que é um grande amigo de Fernando. O esperava na sala onde Helen foi chamada para lhe levar um café.

— Aqui está o seu café. - ela lhe entrega e também se surpreende com a beleza daquele homem de olhos verdes e cabelos negros.

— Muito obrigado moça. Desculpe.. mas Qual seu nome? Ele sorri encantado com ela.

— É Helen, Sr. - ela sorri tímida.

— Belo nome, Srta. obrigado pelo café. - ele da uma piscadela amiga e ela fica toda vermelha.

— Fique a vontade Sr.. Se precisar de algo, me chame. - ela diz educadamente se afastando.

— Olha que eu posso precisar, ein.. - ele brinca e ela sorri envergonhada.

(...)

— Você demorou Fer.. foi tomar banho também? - ele ironiza.

— Não, eu só me troquei e fui buscar os papéis que me pediu no escritório. - ele lhe entrega.

— De certa forma tenho que agradecer, amigo. - sua empregada é muito encantadora. Pra não dizer outra coisa. - ele acena com as mãos e Fernando não gosta muito do comentário feito.

— Ei.. abaixa a bola com a minha funcionária, ein. - ele não gostou nada do que o amigo disse.

— Está bem, não farei nada com ela.. Mas, me diga onde consegue moças tão belas para trabalhar pra você? - ele pergunta interessado.

— Foi Zilda quem escolheu.. e ela tem ajudado bastante aqui, fica quase todos os fins de semana e passa as noites aqui durante a semana.

— Não.... não me diz que aquela mulher dorme aqui? - ele arregala os olhos.

— Sim.. ela praticamente mora aqui, e vamos mudar de assunto. Temos que ir até a minha empresa para Terminarmos de resolver aquele assunto. - ele diz sério.

— Está bem, amigão. Já vamos. - ele levanta sorrindo ainda surpreso com as palavras de Fernando.

Mais uma semana se encerrou, finalmente chegou o fim de semana de folga de Helen. Foi uma semana a bem puxada. Deu faxina em quase todos os cômodos. Fernando fez uma pequena viagem no meio da semana o que a tranquilizou para fazer as coisas com mais calma.

— Argh.. estou morta Zilda! - Helen se escora no balcão da cozinha, jogando todo o quadril para trás. Estava realmente no fim de suas energias. — Vou pra casa da minha tia e quem sabe amanhã eu saio um pouco com minha amiga. Nem sei quanto tempo faz que não fazemos isso.

— Não diga essas expressões fortes minha querida. Morte é algo muito pesado.. - ela diz alisando suas costas.

Zilda tinha um afeto protetor com ela desde que ela começou naquele emprego. Se sentia feliz pois conheceu Jana e Zilda. Que são como amigas íntimas dela agora.

— Mas va mesmo. Vocês são jovens e precisam aproveitar a vida. Mas com juízo, ein.. - ela lhe diz com a cara seria.

— Que dia o Fernando volta? - ela pergunta com tranquilidade.

— Fernando, minha querida? - ela se sssusta - pra nós ele é o Sr Henrique.

— Ah, eu sei disso. Mas estamos só nós duas agora.. e ele nem é velho. Então... - ela diz dando de ombros.

— Ah, já vi tudo.. - lhe olha de lado. — Cuidado para não misturar as coisas ein ruivinha...

— Ah que coisas, Zil! Deixa de bobagens! - Helen debocha mas sabe exatamente o que ela está dizendo. — enfim, que dia ele volta?

— Amanhã, pela manhã ou tarde. Ainda não deu certeza do horário..

— Está bem, agora eu vou mesmo. To só enrolando. Segunda eu to de volta. - se afasta.

— Até mais minha ruivinha. Aproveite - ela sorri.

———