Capítulo 8

1215 Words
P.O.V Fernando Agora eu to louco de vez. Acabo me encontrando com a minha empregada que já é linda uniformizada, e agora eu a vejo na balada, dando sopa toda produzida como está. Isso só poder ser loucura. Não consigo parar de olhá-la e desejá-la. É uma mulher linda, que me faz querer desvendar os mistérios desse olhar perdido e nervoso. Talvez ela não queria ficar comigo, mas eu sinto que eu a deixo nervosa. Talvez eu esteja sendo inconveniente me aproximando tanto até fora de casa.. Mas não tem como evitar. Ela me deixa assim, fora de mim. ——— Helen respira fundo no banheiro, se encara no espelho e vê como está sensual. Certamente Fernando estava afim dela, e era isso que ela pensava. Mas seu medo era que se deixasse levar pelo que sente e acabar sendo demitida depois. Então acabou ficando mais confusa ainda. Ela se aproxima dele de novo, que estava sentado em um dos sofás que tem mais afastado do tumulto. Ele a vê retornando e não consegue conter o sorriso. — O banheiro tava cheio.. - ela diz se sentando e ele a encara novamente. — Ah, eu imagino. - ele sorri. - Desculpe se eu estou sendo tão íntimo. Sei que mau nos falamos em casa e agora eu fico te cercando aqui, no seu dia de folga. - ele tenta suavizar a sua situação com ela. — Ah, não tem problema.. imagine. - ela revira os olhos - Mas.. e porque sua namorada não veio? - ela pergunta e morde o lábio inferior, fazendo ele a olhar com desejo. — É.. eu terminei com ela.. - ele diz gaguejando — Ah.. que chato. - disfarça a leve felicidade que sentiu por não ter ver aquela loira lhe dar ordens outra vez. — Na verdade não chato.. eu fiz o certo. Alguém me aconselhou muito bem. - ele sorri de leve e ela fica sem graça. — Sei, sei.. - da um sorriso leve. — Fico feliz que tenha lhe ajudado, positivamente, é claro... - ela sorri de canto e o encara. — Porque está sozinha? - ele manda logo na lata e a deixa sem reação. — Como assim? - ela ri sem entender. — Você é linda, desculpe falar assim, não quero deixá-la com vergonha. - ele diz isso pois percebe a expressão dela. —Mas, desde que começou a trabalhar pra mim, não pude deixar de notar sua beleza. É surreal.. - ele dizia com seus olhos vidrados dela. — Ah.. - ela sorri tímida — Eu agradeço, mas estou sozinha por opção, falta de tempo, entende... - olha pra baixo e depois olha pra ele. — Ah.. é claro.. - ele sorri de leve. — E esse cabelo, qual a história da cor dele? - ele a encara e ela se lembra da implicância no começo. Certamente ele gostou da cor e não queria dar o braço a torcer. — Bom, ele é só uma aventura de uma ex cabeleireira.. - ela o alisa enquanto conta a ele. — Cabeleireira? - Ele olha surpreso. — Sim, era meu emprego antes. Mas eu fui demitida e como não tenho o curso de fato, não pude trabalhar com isso, precisava de dinheiro logo e aceitei o emprego da sua casa.. — Pois muito me surpreende sua vontade de trabalhar.. parabéns pois pelo que saiba você não tinha experiência.. - ele sorri — Obrigada. É a vida, né. As vezes não temos escolha. - ela o encara. — Sempre temos. E você escolheu sair da zona de conforto. - ele a encara. — Amiga, desculpa atrapalhar a conversa de vocês. Mas eu vou sair com o Carlos. Depois nos vemos. Até mais, Fernando.. - ela se despede. — Até, amiga... - ela sorri confusa. Carlos acena de longe e faz um sinal para Fernando que entende o recado do amigo. — Bom eles queriam muito ficar juntos, vejo que deu certo. - ele comenta. — É.. - Helen concorda. — Eu, confesso que invejo meu amigo. Tem uma autenticidade excelente pra fazer o que tem vontade. - ele comenta e Helen arregala os olhos. — Mas.. e porque não faz o que quer? - diz com naturalidade — Não sei se devo. Por exemplo.. desde que cheguei eu não consigo pensar em outra coisa a não ser e beijar. To sendo sincero. - ele sorri com leveza e a deixa desconcertada com aquele flerte tão óbvio. — Nossa.. - ri de nervoso e cora as bochechas. - É só um exemplo mesmo ou você está bebado? - ela interroga. — Foi um exemplo.. Real. - ele engole seco e a encara. — Isso não nos geraria problemas? - ela pergunta mordendo o lábio. — Acho que não. Eu estou solteiro agora, você pelo jeito é também.. e não tem problema nisso. - ele diz se aproximando dela. — Sei.. - ela aproxima o rosto do dele. — Você é linda, desde aquele dia que entrou no meu escritório eu queria te dizer isso. Não se sinta menos por ser uma empregada. Você tem algo diferente, que eu ainda não sei o que é, mas estou louco pra descobrir. - ele encara os lábios dela e se aproxima. Helen se mantém imóvel até sentir o leve toque dos lábios dele e decide avançar um pouco mais. A língua dele pede passagem e ela abre caminho para sentir o gosto quente daquela boca que a deixa em choque. Aquele estava sendo o momento mais icônico da vida de Helen. Estar sendo atraída fortemente pelo homem que paga seu salário, era algo estranho. Naquela noite ele a via só como uma mulher, uma bela mulher. Helen não conseguia esconder o que sentia assim como ele. Vê-la com roupas sensuais e fora de casa, o encorajou para fazer o que sentia. E Helen não conseguiu disfarçar que era mútuo. Para a sua supresa. Pois no começo ela não entendia os olhares fixos dele. E agora fazia sentido toda implicância e exigência com ela. Depois de se lembrar o que estava fazendo ela se esquivou. — Não podemos. — ela se afasta do beijo quente que ele a envolvia e ainda está trêmula. — Porque? — Ele a encara com desejo do beijo que havia dado nela. — Por... questões óbvias. Somos patrão e empregada. Não podemos misturar as coisas.. - ela levanta nervosa - nós moramos na mesma casa! - ela diz apreensiva. — Eu sei, de tudo isso! — Mas não é algo que consigamos controlar. Eu sinto que você me deseja Helen, e eu a você. Não estou pedindo que se case comigo. — A encara e ela continua andando e ele a segue. — Não temos que terminar essa conversa — ela para de frente pra ele e fica ofegante ao sentir a aproximação dele. — Estaria disposta a se entregar ao que sente? A viver algo surpreendente Helen? - ele fala e ela permanece calada e ofegante com os lábios dele se aproximando do pescoço dela onde ele acaba depositando um beijo e fazendo ela se tremer toda por dentro. Ele estava lhe fazendo uma proposta indecente. Provavelmente sexo sem compromisso e ela não estava se sentindo pronta isso. Não com ele sendo seu chefe.
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