Capítulo 79 MURALHA NARRANDO 🪨 O toque do telefone parecia martelar dentro da minha cabeça, cada nota se repetindo como uma martelada na minha têmpora já latejante. Meu coração batia pesado, meio fora de compasso, como se adivinhasse que dali só ia sair merdä. Olhei pra tela, quase sem coragem. Bráulio. Suspirei fundo, tentando controlar a respiração que vinha falhando. A última pessoa que eu queria falar agora era ele. Eu não tinha paciência, não tinha cabeça, não tinha nada. Mas ignorar ia piorar, e eu sabia. O Bráulio não é homem de ficar sem resposta. Problema atrás de problema, pensei, engolindo em seco. Apertei o botão verde, levando o celular no ouvido. — Fala aí, irmão. Do outro lado, a voz grave do Bráulio veio firme, mas dava pra sentir que tinha preocupação no tom dele

