Fantasma narrando Depois do almoço me bateu uma preguiça do c****e, daquelas que parece que o corpo todo pede pra deitar e esquecer do mundo. Se fosse outro dia, eu me jogava na cama e dormia até o outro amanhecer, mas eu não sou qualquer um. Tenho minhas responsabilidades, e no meu corre, preguiça é luxo. Peguei a moto, desci o beco e fui em direção à boca. O sol batia forte, a quebrada fervendo, e o barulho das crianças brincando se misturava com o som dos radinhos estourando funk nos becos. Tudo parecia normal, até meu rádio chiar. — Patrão, a Mariana e a Manu tão discutindo aqui na praça. Mariana tá gritando uma pá de coisa aqui e eu tô vendo a hora que a Manu vai grudar nela. — falou o vapor, a voz dele meio aflita. Meu sangue subiu na hora. — Tô encostando. — respondi seco, já

