Manu narrando
Cheguei no aeroporto e aquele frio percorreu toda a minha espinha, um arrepio que começou na nuca e foi descendo, como se o corpo inteiro soubesse antes de mim que algo r**m estava prestes a acontecer. Respirei fundo tentando agir o mais normal possível, equilibrando o peso da mala em uma mão e o medo na outra. Nada podia dar errado ali. Absolutamente nada. Não naquele lugar, não naquele momento. Porque se desse, não era só uma falha, era o meu fim.
Fui caminhando até o ponto combinado com o rapaz da entrega. Ele estava encostado perto de uma pilastra, de boné e touca disfarçando o nervosismo com um celular na mão. Quando nossos olhos se cruzaram, ele apenas fez um sinal discreto, apontando para o local onde eu deveria deixar a mala. Balancei a cabeça em silêncio, fingindo
