Mariana narrando Eu estava com tanto ódio daquela Manuela que minhas mãos tremiam. Ódio daqueles que queimam por dentro, que deixam a garganta seca e o peito apertado. E eu juro, por tudo que ainda me resta nessa vida, que se eu não estivesse grávida eu tinha voado no pescoço dela sem pensar duas vezes. Que salinha que nada. Que cobrança que nada. Eu ia aceitar ser levada no colo, arrastada, chutada pra dentro da porr.a da salinha… mas pelo menos ia ser por uma causa justa: porque eu teria dado uma surra tão grande naquela desgraçad.a que ela ia pensar duas vezes antes de abrir a boca pra falar meu nome. Só que Deus sabe o que faz, né? Ele sabia que se eu metesse a mão naquela mulher hoje, eu não parava mais. E talvez por isso eu estivesse grávida. Porque o meu bebê era a única coisa qu

