TOMADA DE DECISÃO

1337 Words
Terminamos as provas e fomos tomar um suco. Por mais que tentasse disfarçar, minha cara denunciava tristeza e preocupação. A Vic se ofereceu passar o resto do dia comigo, queria ir lá para casa, assim poderia rever meus pais e matar sua curiosidade em relação ao James. – Vic, se você quiser, pode ir em outra oportunidade lá no sítio. – Lya, não quer que eu vá por algum motivo? Se é porque não avisou aos seus pais, tudo bem! – Não é nada , apenas queria ficar só. Descansar a mente. – A quem você pensa que engana? Está acontecendo algo e quero está com você. Se não quiser ir para casa vamos pra minha ou pegar uma tela, deve haver bons filmes. – OK! Vamos para minha casa Vic. Talvez seja até bom esclarecer fatos m*l resolvidos Chegamos no meu carro. A Vic teria ido a Faculdade de táxi. Durante o caminho pouco falamos. Ouvimos música para relaxar à ansiedade durante as provas. Eu estava mais nervosa porque sequer havia tido coragem de ler a mensagem que o James me enviou anteriormente. Esperaria chegar em casa . Foi o que fiz assim que deixei Vic com meus pais conversando. Dirigi-me até o quarto e abri o SMS para ver o que continha. Não era nenhuma surpresa diante das últimas que o James aprontou, tudo que viria dele seria uma bomba, no mínimo. A mensagem dizia o seguinte: “Você tá pensando que sou o****o? Uma garota de 18 anos que não pensou duas vezes ao se expor. E sobre ser virgem, não significa nada! Você se mostrou safada, Vê se entra na linha. Você é minha! “ Te quero! *** Eu senti meu coração pulsar dentro da boca. Pensei que a mensagem anterior, pudesse ter sido provocada por bebida. Mas não! Ele estava agressivo com as palavras. Não parecia o mesmo James dos primeiros dias. Fui para a ducha. Chorei bastante e quando saí, a Vic estava sentada na minha cama com uma cara inquisidora. — Lya, o que há? Sua fisionomia não está nada boa! Por favor, divida comigo sua dor. —Sabe Vic, estou me sentindo perdida. Uma sensação quando você se sente num labirinto. Assim me sinto. Sei que sozinha não vou conseguir dar um rumo a minha vida. Quero mandar tudo pro alto. — Tudo pro alto significa “James”? Não se desespere minha amiga, que m*l poderia acontecer se você der um ponto final nessa relação? Sei que na nossa idade, a paixão mexe muito com nossas emoções e pensamos não superar. Mas, acredito que a Faculdade vai ocupar sua mente o suficiente para não pensar mais nele. — Vic, pode ser que você tenha razão, Vou me preocupar com meus estudos que ganharei mais que gastar meus neurônios com algo sem futuro. *** Fomos para a sala almoçar e tentei não pensar no que faria em relação ao James. Mamãe trouxe a sobremesa. Um queijo maravilhoso que ela mesma havia feito. Aliás, compotas não são suas únicas modalidades na cozinha. Experimentamos as delícias que ela trouxe para a Vic. —D. Catherine, tudo estava muito delicioso, mas esse queijo de c***a com essas maravilhosas compotas Silvestres me deixaram saciadas e com vontade de voltar aqui mais vezes rsrs. — Obrigada Vic, que bom gostou! Sinta-se à vontade. Venha mais vezes nos visitar. A Lya precisa mesmo de companhia. Ela sente-se sozinha, eu tenho percebido. — Mamãe, vou adorar minha amiga aqui, mas não exagere, mesmo porque logo às aulas vão iniciar e aí vou está menos sozinha do que parece. —Eu sei minha filha, falo porque você te saído pouco , creio que uma boa companhia te levará para fora desse sítio mais vezes. —Ok! Mamãe. *** Chamei a Vic para dar uma caminhada próximo ao pomar, para ajudar na digestão. O que não esperava era ter uma indigestão dando de cara com o James parado na porta do celeiro . Tentei ser o mais natural possível e acenei pra ele desejando boa tarde. Ele respondeu: — Boa tarde Lya, não vai me apresentar sua amiga? — Sim, claro! — Victória te apresento pessoalmente, o James. — Olá James, como vai? —Com certeza bem melhor depois de ver que a Lya está em boa companhia. Pelo visto, você já andou escutado a meu respeito. Espero que tenha sido bem. —Não se preocupe, a Lya sempre falou bem dos funcionários de seu pai. Ela comentou como você é capacitado e depois que entrou para trabalhar aqui, facilitou muito para o Sr. Jordan. —Sei, então eu sou um homem capacitado, não é mesmo Lya?! Fico feliz em saber disso. *** Sentimos um ar gelado acima das nossas cabeças. É como se aquilo que a Vic falou pro James, fosse uma espécie de recado: Para que ele se pusesse em seu devido lugar. O que ela não sabia, é que provocou no James, *raiva". Isso, respingaria em mim. Precisaria contornar tudo. Por alguns segundos ficamos sem assunto. Decidi sair rapidamente com a Vic em direção ao pomar. —Então Lya, foi merecida minhas palavras, não achou? —Ah, com certeza amiga, ele vai se posicionar de agora em diante de maneira diferente... “Só não sei como”?! *** A Vic gostou muito de passar a tarde comigo. Combinamos que viesse ficar uns dias, assim que soubessemos o resultado das provas. Eu estava cansada e apreensiva. O James não se manifestou. Isso me assustou. Algo viria por aí. Adormeci meio desconfortável. Acabei dormindo na poltrona do meu quarto lendo um livro. *** Levantei meio indisposta. Meu estômago estava embrulhado. Acho que a tensão em saber o que poderia vir através do James, me causava esse desconforto. Olhei da varanda e não o vi. Tomei uma ducha quente por alguns minutos tentando relaxar. Me vesti, prendi os cabelos ainda úmidos e desci para a cozinha. Levei um susto! Lá estava ele, o James sentado tomando seu café da manhã, o que não era habitual. Sempre ele levava para comer no celeiro ou caminhando entre o pomar. Olhou-me fixamente sem nada dizer. Eu dei bom dia e não respondeu. Então pus água na chaleira para fazer um chá. Ele só observava meus movimentos. A Ruth havia saído para levar umas roupas na nossa lavanderia que ficava afastada da casa grande . Outra vez me dirigi a ele perguntando se estava surdo. Ele então me disse : que funcionários deveriam se por nos seus devidos lugares . Eu retruquei: Mas um bom funcionário,deveria ter educação e desejar bom dia. Ele respirou profundo olhando para o fundo da xícara e tomou o resto do café. Depois levantou-se e chegou pertinho de mim. —Precisamos falar! Seu pai logo sairá e sua mãe já esteve aqui na cozinha dizendo que vai passar o dia na loja e almoçará pela cidade com ele. —Mas, não esqueça que não estamos sozinhos . Te encontro na casa de queijos em meia hora, vou só tomar esse chá e despistar a Ruth. Acho bom mesmo conversarmos. Tomei um chá de lavanda pra acalmar e passar a sensação de papel alumínio no estômago. Vomitei logo seguida. Devia mesmo está ansiosa ou algo que comi no dia anterior, não caiu bem. A Ruth viu a cozinha toda suja de vômito e perguntou: —Que houve? —Vomitei, algo me provocou indigestão. — Mas, você nem jantou. Vi que nem mexeu na sua torta fria de Salmão que deixe na geladeira. —Desculpa, nem vi a torta aí. Creio que foi muito queijo da c***a que comi na sobremesa e a mistura de compotas diferentes. — Sabe se precisar de mim minha bonequinha, a Ruth fará pra você, qualquer coisa! Eu sei Ruth, que posso contar com você. Obrigada, acho que vou caminhar um pouco na sombra pra melhorar. — Fique bem! Escovei os dentes, ainda sentia um gosto estranho na boca e algo me revirava por dentro, mesmo assim fui ao encontro dele .
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