2° capítulo

1942 Words
Luiza narrando — Luiza acorda! — minha mãe gritou no meu ouvido e ainda por cima bateu fortemente na minha perna. — ai mãe! — me sentei indignada, com certeza ficou a marca da sua mão ali. — oque tu fez pro Perigo? — dei de ombros, hoje eu não queria pensar nele que m***a. — ué? Pergunta pra ele oque ELE fez. — forcei a palavra quando me dirigi a ele. Só oque me falta, ter que dar satisfação pra minha mãe sobre um criminoso. — pergunta pra ele não Luiza! Ele tá bravo contigo e agora quer te ver, oque tu fez? Fala logo! — quer me ver? Com certeza ele vai fazer alguma coisa. — anda Luiza! Fala! — tá mãe. — me levantei p**a da vida. — eu não fui com a roupa que ele mandou e ele ficou bravo e me mandou pro buraco. — ela franziu a testa tirando aquela raiva da cara. — pro buraco? Onde ele mata pessoas? — dei de ombros, vou saber. — é, sei lá também, não quero saber e não vou sair de casa. — ela negou pensando indignada. — se arruma e vai pra boca. — revirei os olhos. Oque ele quer? Oque ele pode querer comigo? Tem milhões de putas fazendo fila só pra sentar no colo dele e ele ainda vem querer que eu vá na boca? Ah por favor né? Me poupe, se poupe, nos poupe Perigo. Talvez nem seja pra isso, quando eu ver eu levo um tiro na testa e sou jogada naquele buraco. Por isso ele me mandou pra lá ontem, pra eu conhecer o meu novo lar. Tiro aquela roupa tomando um banho e lavando com força todas as partes do meu corpo, eu me sentia nojenta. Ao voltar pro meu quarto terminei de me arrumar e tirei aqueles lençóis e cobertores pra lavar, não sei por que mas estavam com cheiro de perfume de homem e eu não sei que homem por que foram vários que conversaram comigo antes e depois do Perigo. Ponho uma roupa qualquer, primeiro lugar, é verão e segundo, não tô afim de ser assediada novamente mas não vou de calça e casaco pra boca. — tá indo? — perguntou minha mãe na cozinha. É óbvio né mãe! — tô. — falei seca. Ela inventa cada coisa "pro meu bem" tudo historinha, Perigo pode ta me chamando pra dar um tiro na minha cabeça, ela não pensa não? Dou tchau pra ela e vaso de casa. Nem sei que horas são mas o morro tava movimentado. Muitos ratos vendendo nos becos e me olhando de cima a baixo pessoas pra lá e pra cá e putas desfilando pra macho. Ao chegar na boca eu vejo três putas na entrada, todas de vestido curto, salto alto, cabelão, mascando chiclete e lixando as unhas com aquelas caras rebocadas exageradas. — ei, tem fila pra ver o Perigo. — uma delas segurou o meu braço apertando suas unhas postiças no mesmo. — que furar a fila? Logo você? Perigo nem gosta de mulher usando shortinho, ele vai ficar puto, o negócio com ele é levantar e meter e pra isso precisa tá usando um vestido querida. — ri com o comenrario da outra p**a. Soltei o braço das mãos de uma delas e resolvi entrar na onda. Até parece que Perigo manda nos meus shorts. — Perigo disse que vocês têm que usar calça jeans e casaco. — elas se olharam. — agora? — assenti. Como elas podem ser tão burras? Mano, que m***a velho. Elas saíram, minha vontade era de dizer pra elas voltarem que eu estava brincando mas quero me vingar no Perigo por ele ter me beijado a força, vai saber se aquela boca não tava em alguma b****a. Que nojo. — qual é menor. — olhei pro outro lado do beco e vinha dois ratos, um era o braço o direito do Perigo que me levou pro buraco ontem e o outro apenas um rato. Fiquei p**a só de lembrar de ontem quando ele me pegou pelo braço e mandou eu beber aquela bebida. — cadê as piranhas que tavam aqui? — dei de ombros sem me importar. — tenho cara de vigia? Vou saber. — ele carregou a arma. — repeti? — apontou a mesma pra mim. Me caguei e lembrei que não dei um beijo de despedida na minha mãe. — tô zuando piveta. — os dois começaram a rir e ele abaixou a arma. — ah que graça. — revirei os olhos dizendo com ironia. — entra aí, Perigo tá te esperando. — me virei e subi três degraus chegando na porta, os dois ratos estavam atrás de mim e o braço direito do Perigo bem encostado no meu corpo. Abri a porta. — tá, não precisa me encoxar também! — ele estava perto de mais. — que lorota é essa aí Mosquito? — disse Perigo dentro da sala. Aaaaaaaaaaaaaaah, é assim que chamam o braço direito do Perigo? Mosquito? — ué, mina gostosa o cara aproveita. — olhei incrédula pra ele e cruzei os braços. — gostosa? Vai toma no cu seu i****a! — eles riram. — chega pô! — disse Perigo sem paciência, revirei os olhos. — por que me chamou aqui? — falei pro Perigo, eu continuava na mesma pose de brava. — troca umas ideias. — falou acendendo um cigarro já bolado de maconha em cima da mesa. Ele se encostou na mesma e me olhou. — quero que tu mude essa postura comigo. — eu não me movi. — não tolero tanta falta de educação e roupa curta.. — me olhou de cima a baixo. — no morro não, dentro da tua casa sim, certo? — oque?! Fiz cara de confusa. — eu uso oque eu quero, todas usam roupas curtas por que eu não posso?! — ele deu de ombros. — tá, só que quando um dos meus cabeça te agarrar no beco e te estuprar, eu não vou poder fazer nada. — deu a volta na mesma se sentando na cadeira e pegando o celular. Até parece que ele se preocupa com isso, vai ver ele até faz isso. — como é? Você deixa eles fazerem isso? — ele fingiu não me ouvir. — você se acha o rei mais não é! Só por que você tem uma arma não significa que manda na p***a toda.. Perigo. — cuspi as palavras na cara dele. Ele se levantou largando o celular na mesa e pegando a maconha na mão vindo até mim. — não se esquece que quem compra esses shortinhos que tu usa sou eu! — chegou perto de mais, o cheiro de maconha invadiu o meu nariz. — quero respeito p***a! Tu tá se achando a fodona?!.. em p***a! Acha que tem conhecimento?! — gritou. — não quero depender do dinheiro de um criminoso. — ele riu sarcástico. — então arruma um emprego, não é nenhuma criança né? — o sarcasmo presente nele me irritava. — ou prefere viver na mordomia? Escolhe princesa. — ficou parado me olhando esperando por respostas mas meu orgulho gritou mais alto. — não vou depender do teu dinheiro sujo! — me virei pra sair mas os dois ratos pararam na p***a da porta segurando as armas. — sai da minha frente! — tentei passar mas eles não deixaram. Quando eu me viro pra tirar satisfação com o Perigo o mesmo já estava atrás de mim. — dinheiro sujo? Que comprou a tua comida, que pagou a tua internet, tuas roupas e todas as tuas coisas de mulher! — meus olhos se encheram de lágrimas mas eram lágrimas de raiva. — me dá isso! — ele olhou nos meus olhos enquanto passou a mão na minha cintura indo pra minha b***a e pegando o meu celular. Não tinha necessidade de fazer tudo isso pra pegar um celular mas eu não tava afim de questionar. — vamo ver quando tempo a novinha aguenta sem internet, vai trabalhar não vai? Então arruma um emprego e compra outro celular ou.. — se virou indo de volta pra mesa. — quando tu criar maturidade tu volta aqui e pega. — tu não pode pegar uma coisa que tu já me deu! — ele riu. — vai pra casa Luiza. — disse em um tom de voz s****o, oque foi estranho e ainda por cima me olhou com a maior cara de p*u e aquele sorrisinho sacana. Ele ganhou! Ele conseguiu ganhar a p***a da briga! Que ódio! — isso não vai ficar assim Perigo! — me virei pra porta mas os ratos nem haviam se mexido. — tá me ameaçando p***a? — perguntou Perigo, não me virei pra ele, eu preciso ganhar a briga. — esperem na rua os dois. — os ratos saíram, deixando apenas nós lá dentro. Eu ainda não tinha me virado pra ele. — tu acha que eu não tenho coragem de dar um tiro na tua cabeça não c*****o? — falou atrás de mim no meu ouvido. — só por que eu gosto de mulher assim? Igual tu.. toda apertadinha.. — me virei pra ele interrompendo o mesmo. — tuas putas tavam fazendo fila até agora na rua. — me afastei mas ele me prendeu. — me solta! Já acabou a briga. — ele sorriu e deu uma tragada na maconha, logo depois soltando a fumaça na minha cara me fazendo tossir. — para Perigo! — ele sorriu novamente. — sempre que uma novinha me pede pra parar eu só fico com vontade de continuar. — chegou mais perto e beijou o canto da minha boca, eu não me mexi e deixei. Quando ele estava prestes a me beijar de verdade alguém abre a porta da boca. — oi docinho eu... — era a fiel dele, Jaqueline. Loira, magra, alta, peito e b***a de silicone. — quem é essa? — Perigo deu um selinho na minha boca e se afastou indo até ela. — outra fiel? — perguntou como se isso fosse normal. Meu Deus! Ela deve levar altos chifres mas nem da bola pra isso, oxê! — é a marrentinha, que daqui a pouco leva um tiro no meio da cara pra aprender a respeitar o chefe. — revirei os olhos. — i****a. — passei pelo meio dos dois. Jaqueline é uma girafa enorme, meu Deus. — já vai piveta? — disse o Mosquito, encostado na parede do beco fumando. — ai cala boca! — passei por eles. — calma aí meo. — veio até mim mas eu não me virei e parei de andar. — aparece lá no churrasco hoje. Na casa do Perigo. — ri sarcástica olhando pra ele. — ata né? Eu odeio ele por eu iria? Não tô passando fome nem nada. — provavelmente agora eu tô. — iih, TPM. — olhei pra ele p**a. — da próxima vez que tu apontar essa m***a na minha cara eu te dou uma surra. — me referi a arma dele e ele riu. — tô falando sério p***a! — arranquei a maconha da boca dele e joguei no chão, eu queria brigar com alguém. — tá maluca meo? — juntou a mesma. — tá doida? — me olhou puto. — agora me mata! — desafiei e ele negou. — Perigo não deixa ninguém encostar em ti. — ???????? — vai pra casa, já deu de showzinho. — deu meia volta. "Perigo não deixa ninguém encostar em ti" A T A Até parece que eu vou deixar um dono de morro i****a mandar em mim. Ah se não vou mesmo! Arrombado do c*****o, pegou o meu celular.
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