O silêncio era absoluto no escritório da mansão. Karen olhava fixamente para a tela do computador, onde as últimas imagens do sistema de segurança mostravam os invasores sendo detidos. O rosto de um deles, marcado por uma cicatriz próxima ao olho esquerdo, despertava uma sensação estranha de familiaridade.
— Ele não é funcionário do Leonardo — disse ela, virando-se para David. — Já vi esse homem antes, nas fotos antigas da empresa do meu pai.
David se aproximou.
— Tem certeza?
— Não consigo lembrar exatamente, mas ele esteve em alguma reunião, tenho certeza disso. Meu pai desconfiava de alguém próximo… ele chegou a anotar isso no diário, lembra?
David assentiu e abriu a pasta onde estavam os documentos deixados por Ernesto. Folheou com cuidado até encontrar uma página amarelada, com a
