Uma história

1050 Words
Collin Notei o exato momento em que Anna pegou no sono. Confesso que nunca fui de fingir dor mas dessa vez resolvi testar a bondade de Anna. Durante todo esse tempo de casados nunca a tive assim... tão perto. O medo que ela sente de mim é algo absurdo, e eu não tiro a razão. A garota me viu assassinar os pais dela em sua frente. Confesso que quando fiquei sabendo que seria comigo que ela se casaria tentei a todo custo recusar, achar outros pretendentes ou recusar a oferta mas não consegui. Todas minhas solicitações foram negadas e ninguém quer se casar com a filha de dois traidores mortos. Anna não tem herança e nada de valor por isso se tornou menos atraente aos olhos dos homens da máfia. Quando notei que não teria jeito, que ela se trancaria naquele maldito quarto todos os dias eu apenas aceitei a situação. Não iria insistir, se Anna quisesse ela viria até mim só não imaginei que seria em uma situação como essa. O toque dela é delicado, seu cheiro é doce e sua respiração é suave... ela transmite uma paz que eu jamais tive, uma paz que jamais vi. Muitas prostitutas já deitaram em minha cama mas nenhuma delas dormiu, nunca deixei que ficassem além do que deviam. Depois que me casei com Anna nunca mais toquei em uma mulher, sinto meu p@u dar sinal de vida só de pensar nessa seca em que me encontro. Talvez o meu mau humor constante saja devido a falta de s3xo. talvez não, certamente é por causa disso. O corpo de Anna é tentador, são curvas bem marcadas e seu cabelo meio bagunçado a deixa com um ar sensual. Sei bem dos limites, nunca toquei em uma mulher sem que ela desejasse. Não que às prostitutas gostassem da minha companhia, mas eram bem pagas. Eu havia instalado câmeras pela casa, o único lugar da casa que está fora da minha visão é o quarto dela. Não sou um pervertido mas diversas vezes a vi andando pela casa quase nua. Muitas noites dormi em hotel e dizia a ela que iria a alguma missão e ficaria dias fora só 0ara deixá-la a vontade. Ver Anna sorrindo é a oitava maravilha do mundo mas sentir seu cheiro supera tudo. Minha cabeça só não está doendo tanto devido a medicação que o médico me deu e depois Anna. Eu poderia ter recusado mas me senti feliz em tê-la preocupada comigo, e faz muito tempo que não sinto isso. Felicidade. Já é quase dia e eu ainda não preguei o olho, ela começa a se mexer e eu fecho os olhos, não quero que ela pense que sou um doido a observando enquanto dorme. Já basta todo o medo que ela sente por mim. Senti sua pequena mão em minha testa e logo ela se afastou saindo do quarto. Resmunguei, já sinto um vazio enorme no ambiente e em minha cama. _ Está acordado ? Ela parou na porta do quarto. _ Sim, notei seu movimento e acabei acordando. Menti. _ Ah desculpa. É que você está febril então fui buscar uma toalha pra por em você.. _ Tudo bem. Ela se aproximou cuidadosamente e colocou a toalha em minha cabeça tapando minha visão. Queria muito continuar olhando pra ela. _ Você... você foi capturado ? _ Sim. _ Podia ter morrido... _ Sim. _ Se você morrer vou ser entregue a outro ? A pergunta dela me pegou de surpresa. A preocupação dela é em ser entregue a outro e não a minha morte ? Não a julgo, ela está certa. _ Provavelmente. _ Então não morra. Não quero ter que me casar novamente! _ Vou fazer o possível. Anna é verdadeira e isso me deixa fascinado, é bom ter alguém ao meu lado que não seja totalmente sincera com seus sentimentos e interesses. _Tá com fome? _ Um pouco. _ Vou fazer algo pra você comer. Ela levantou e saiu. Não demorou muito e ela apareceu com um pão e café. Bebi e comi, não estava com muito apetite mas não queria recusar. _ Se precisar de alguma coisa é só me chamar. _ Vai para o seu quarto ? Ela ficou um pouco confusa. _ Sim ..... _ Quero que fique aqui. As palavras saíram sem que eu pudesse coordenalas da maneira correta. Não quero que ela sinta mais medo do que já tem. _ Mas eu não quero! _ Não vou tocar em você. Apenas quero sua companhia. Estou com dor e não enxergo bem do outro olho. Sim eu menti. Agora que a merd@ já está feita não tem como voltar atrás. Minha dor é mínima comparada a ter boa parte dos ossos quebrados como eu já tive e eu enxergo perfeitamente com os dois olhos, bom... agora um. Meus sentidos estão mais apurados que nunca mas ela não precisa saber. Anna ficou pensativa enquanto me olhava curiosa. _ Tudo bem... deve ser horrível passar por isso. _ Sim. Ela se sentou ao meu lado e ficou me encarando. Fingi que não percebi. _ Deve ter sido um homem gigante que fez isso com você... quer dizer... bom... você é enorme... _ Foi uma mulher. Ela nem disfarçou a surpresa e o sorriso enorme que surgiu em seus lábios. _ Caramba... uma mulher ? Que legal! _ Uma mulher muito perigosa. Acho que era menor que você. Anna ficou mais animada ainda. Quero que ela tenha confiança e só ela, SOMENTE ELA pode ter coragem em me enfrentar. Quero que ela se sinta confiante o suficiente para achar que pode comigo e que qualquer coisa ela mesma pode se defender. Quero que essa maldita reclusão naquele quarto acabe. Eu a desejo e a quero comigo durante as noites e dias que virão, quero a MINHA mulher. _ Caramba então ela é muito baixinha! _ Tamanho não quer dizer nada. A adaga que ela empunhava cortava até o ar. _ Nossa que show!! Anna se deitou de barriga pra baixo como se eu tivesse contando a história mais interessante do mundo ou como se eu fosse alguma amiga íntima, tive a visão perfeita de seu corpo e tive que buscar controle. Se ela perceber o que está acontecendo embaixo desse cobertor ela sairá correndo!
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