mais uma história de terrorUpdated at Apr 8, 2021, 07:46
Certa vez, numa noite de inverno, uma jovem estava voltando de trem elétrico para casa na aldeia. Não era longe para ir andando, mas a estrada passava por uma pontezinha e seguia para cima, pelo campo.
É nesse início, tão modesto, que reside o grande perigo. Que imprudência é essa, menina? Como pode uma jovem como você andar sozinha à noite, mais ainda durante o inverno russo? Onde está com a cabeça? Não venha me dizer que “não é longe”. E ninguém me convence de que essa “pontezinha” seja segura. A narradora insinua com sua breve descrição que o caminho esconde problemas.
Foi quando a menina viu uma luz, ao longe, como se alguém estivesse segurando uma lanterna. O raio de luz incidia bem nos seus olhos. Não havia ninguém ao redor, mas alguém poderia estar na trilha, segurando a lanterna no meio da escuridão.
O desconhecido nos amedronta. O pronome indefinido “alguém” mete medo em qualquer um. Será um assaltante? Um psicopata perdido na noite? Seres extraterrestres que descobriram vida no Universo, e essa vida somos nós? Um espírito luminoso cujas reais intenções são misteriosas e obscuras?
A neve caindo. A luz da lanterna fascinando os olhos da jovem. Atraindo os passos da jovem. O coração da jovem batendo mais forte. Uma explosão em local um tanto distante dali ilumina o céu da noite por alguns minutos. E de novo a escuridão toma conta de tudo.
Já não sabia direito para onde estava indo. Perdeu a noção de tempo. Como chegará em casa? Seus pais devem estar preocupados. De fato, estão. E agora? Lembrou-se da querida avó Pólia. Que lhe contava histórias sobre pessoas que haviam se perdido no meio da neve. Que morreram congeladas. Vovó Pólia faleceu faz pouco tempo.
continua.