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O Legado da Banshee 2- Annwn

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Blurb

Gisella finalmente conseguiu se juntar as fadas como tanto queria, mas as lembranças de sua vida passada, aos poucos, a fazem perceber que não pode confiar na própria família. Enquanto tenta encontrar o seu lugar no reino feérico, ela tem de lutar para manter sua sanidade mental porque a cada vez as coisas ficam mais confusas e sombrias. Kadir se torna seu inimigo, mas, ao mesmo tempo, seu salvador, o único em que ela sente que deve confiar, mas que não deve porque ele não é quem aparenta ser.

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Conto de fadas
Dilek avançava em direção ao chalé, pronta para se vingar de Gisella quando ouviu o relinchar de cavalos e imediatamente assumiu a forma de um pássaro e voou, pousando no galho de uma árvore para observar com segurança o que viria a seguir. Uma carruagem luxuosa passou através da névoa e seguiu pelo acesso que levava até o chalé. Dilek observou com curiosidade um rei, um mago e uma princesa deixarem a carruagem.  “Fadas”, pensou, “mas o que fazem aqui?”. Gisella terminava de contar suas desventuras a Evin quando alguém bateu à porta. — Oh, não. Deve ser ele! — Gisella apertou a mão de Evin. — Fique tranquila? Garanto-lhe que você não irá a lugar algum. — Evin levantou-se e abriu a porta. A elfa tomou um susto ao ver o rei das fadas parado em sua porta e não conseguiu dizer uma só palavra. — Eu vim buscar a minha filha, princesa de Mag Mell. Espero que não tente me impedir. — Falou Willard. Evin escancarou a porta e foi para o lado, dando espaço para que o rei, o mago e a princesa entrassem em sua casa. Gisella estranhou ao ver aquelas pessoas ali, mas quando reparou nas asas de Melynda, logo soube que ela era uma fada e se acalmou… Um pouco. Em seu íntimo, algo lhe dizia que fadas eram ocupadas demais para virem até o bosque das ninfas, justo no chalé de Evin. E a troco de quê? — Não tenha medo? Não viemos lhe fazer m*l algum. — Falou Manoel sorrindo enquanto se aproximava de Gisella, que estava parada em um canto, encarando os “estranhos”. — Sei que o que lhe direi a seguir a deixará confusa e, talvez, assustada, mas é a mais pura verdade. Você é a reencarnação de nossa amada princesa Ana Maria. Essa é a princesa Melynda, sua irmã, e esse é o rei Willard, seu pai. — Kadir mandou vocês, não mandou? Meu deus! Como ele pode brincar comigo assim, sabendo que tudo o que mais desejei nesse mundo… Era ter um pai?! — Falou Gisella chorando com raiva. — Posso lhe assegurar, princesa, que não temos nada a ver com Kadir e ele foi banido de nosso reino. — Disse Manoel. Willard quis dizer qualquer coisa, mas temeu que Gisella se assustasse e não o aceitasse como pai, ainda que ele fosse um rei. Anos antes, o rei procurou por sua alma gêmea, uma mulher que tinha a marca de um dragão azul em um círculo vermelho, como a que o rei trazia na palma de sua mão, que brilhava sempre que sua alma gêmea estivesse por perto. Uma mulher com a mesma marca foi levada até o rei. Era linda, com a pele morena clara, cabelos longos e negros quase ocultos por um capuz marrom aveludado. Na presença de seu rei, ela abaixou o capuz e o reverenciou, sorrindo. O rei se levantou de seu trono e se aproximou da bela dama, segurando suas mãos. Então, lhe contou que os dois haviam se conhecido na vida passada. A mulher se surpreendeu com a revelação e fugiu, deixando o rei triste em seu palácio nas margens de um lago de águas cristalinas. Gisella conseguiu ver essa lembrança em sua mente porque Manoel lhe mostrou. — Papai? — Gisella se aproximou dele. Não se lembrava dele, mas em seu íntimo, sentia sua falta. Por isso, o abraçou forte e os dois choraram juntos. Melynda e Manoel assistiram aquele reencontro entre pai e filho, emocionados. — Você sabe que… Nem em um milhão de anos imaginaria que meu pai é um rei das fadas?! — Falou Gisella recuando e encarando Willard. — Sempre amei fadas, mas nunca soube o verdadeiro motivo. Era você… Pai. — Filha, estou feliz porque finalmente nos reencontramos e quero que venha comigo para Mag Mell. — Falou Willard tocando o ombro de Gisella. Gisella encarou Evin e esta assentiu, balançando a cabeça — Pode me prometer que Kadir não se aproximará de mim? — Pediu Gisella. — Ele nunca mais se aproximará de você. — Garantiu Willard. Melynda se aproximou de Gisella e abriu os braços. — Será que agora rola aquele abraço de irmãs? — Falou Melynda sorrindo. — Mas é claro. — Gisella riu e a abraçou. — Pena que agora você não pode mais me girar no ar porque cresci. — Melynda recuou, desfazendo o abraço. — Não sabe o quanto gostaria de me lembrar disso tudo. — Gisella se aproximou de Manoel e o abraçou também. — Também tenho um avozinho, que legal. Manoel, Willard e Melynda riram. — Fico grato pela princesa me considerar como tal, mas sou um simples Dokkalfar, um elfo das colinas, mago e conselheiro real. — Falou Manoel. — Oh! — Gisella recuou sem graça. — Me desculpe por isso, senhor? — Imagine, princesa. Está mais divertida do que me lembro. — Falou Manoel.                                                                               † † †   Dilek viu Gisella deixando o chalé acompanhada e entrar na carruagem. Decidiu segui-la para ver a qual reino das fadas ela ia. Mag Mell foi o destino. Por onde passavam, o rei e as princesas eram reverenciados com carinho e respeito.     “Uma princesa? Interessante”, Dilek pensou com raiva ainda seguindo Gisella na forma de um pássaro azul.            Gisella foi guiada por um longo corredor até chegar ao salão real onde a rainha Miranda aguardava por ela. Miranda se levantou de seu trono e veio caminhando ao encontro de sua enteada. Gisella se curvou rapidamente em respeito a sua majestade. — Bem-vinda de volta, Ana Maria! — Falou Miranda. — Obrigada… Majestade. — Disse Gisella sem saber como tratar sua madrasta porque não se lembrava dela. — Hmmm… Você nunca foi tão formal assim… Pode me chamar só de Miranda como sempre chamou. — A rainha disse. — Perdoe-me? É que não me lembro de nada, e a senhora é rainha das fadas. Merece todo o meu respeito. — Falou Gisella, encantada por sua madrasta, pela graça e imponência da mesma e, também, por suas belas asas semelhantes a asas de libélula que sempre que se moviam, refletiam as cores do arco-íris. — Agora que não se lembra de nada, acho que começo a gostar de você, querida. — Miranda disse sorrindo e tocou o ombro de Gisella. Gisella encarou seu pai, confusa. — Miranda só está brincando, querida. — Falou Willard sorrindo, nervoso. — Sim, claro. — Falou Miranda disfarçando antes de se virar, agitando suas asas. — Melynda? — Disse Willard. — Por que não leva sua irmã para conhecer o quarto dela? Ela deve estar cansada. — Sim, papai. — Falou Melynda antes de se voltar a irmã. — Você vai adorar o seu quarto! Gisella alternou olhares entre Miranda e Willard, sorrindo, pediu licença aos dois e então, seguiu sua irmã. — Tem certeza de que essa não é a Suoni disfarçada? Porque, se bem me lembro… Maria não costumava ser tão doce. — Miranda disse. — As pessoas mudam. — Falou Willard. — Será que mudam mesmo? — Disse Miranda arqueando uma sobrancelha, desconfiada.                                                                        † † †   Vestida com um pijama fofinho, deitada em uma cama macia como nuvens de algodão, forrada por lençóis de seda, Gisella tinha certeza de que assim que fechasse os olhos, adormeceria como um anjo naquela maravilhosa cama de dossel com cortinas tão brancas que lembravam os véus das ninfas. Uma princesa… Uma princesa das fadas… Quem diria? E se seus irmãos lhe vissem agora, não poderiam mais dizer que ela era maluca por acreditar em fadas porque ela mesma era uma. Gisella estava quase pegando no sono quando viu vagalumes se aproximarem e ouviu pequenos sinos tilintarem. Os vagalumes chegaram mais perto e Gisella percebeu que não eram vagalumes e, sim, pixies que a encaravam sorridentes. — Oi, fadinhas? — Gisella disse, sorrindo. — Você se lembra de nós, princesa? — Perguntou uma delas. — Não. Sinto muito. — Respondeu Gisella se esforçando para manter os olhos abertos. — Deixe o sono dominar e de nós, se lembrará ao despertar. — Disse outra pixie e soprou um pouco de ** de papoula no rosto de Gisella. Gisella adormeceu e então se lembrou de como conheceu as pixies, foi quando ela ainda se chamava Ana Maria, mas não era uma princesa ou pelo menos, não vivia como uma. Perdida, cansada e faminta, Ana Maria encontrou uma casa em um bosque e, mesmo sabendo que era perigoso para uma garota pedir ajuda a estranhos, preferiu se arriscar. Se aproximou da casa e bateu à porta. Um homem lhe recebeu e perguntou como poderia lhe ajudar. A garota explicou que estava perdida e pediu por um pouco de água e comida. O homem a deixou entrar e lhe serviu um pouco de sopa. Enquanto comia, Ana Maria ouvia o estranho lhe falar que era um bruxo e que era fascinado pela magia das fadas, claro que ele só disse aquilo porque pensou que Maria fosse uma elfa, por causa da capa verde que ela usava. Ela já se vestia assim porque sabia que alguns elementais eram obcecados por fadas. Maria ouvia a tudo atentamente e percebia que quanto antes saísse dali, estaria a salvo. O bruxo se levantou depois que Maria acabou de tomar sua sopa e disse que queria lhe mostrar uma coisa. Maria o seguiu até a sala onde o bruxo se aproximou de um pequeno armário e o abriu exibindo uma coleção de potes de vidros que serviam como c*******o para pixies. — Cada fadinha dessa é como uma bateria de energia… — Falou o bruxo. — Todos sabem que energia é poder e, sem ela, você não faz nada, sequer se move. Imagine tudo o que pode fazer com tanta energia? — Como as capturou? — Perguntou Maria sentindo seu estômago revirar enquanto suas mãos suavam. — Pixies são ingênuas… — Disse o bruxo rindo, m*****o. — Basta um pote de mel, um sorriso e palavras bonitas e essas crianças tolas me seguem. Maria viu as fadinhas se agitando desesperadas dentro dos potes enquanto tentavam em vão escapar, e sentiu nojo daquele homem a sua frente. — Se você quiser, eu posso lhe mostrar como faço? Poderia me ajudar… É muito bonita e tenho certeza que atrairá mais pixies facilmente. — O bruxo disse, sorrindo malicioso. — Podemos enriquecer, vendendo a energia que drenarmos das pixies. E então, o que me diz? Maria encarou o bruxo, séria, antes de caminhar até a lareira, se virar e sorrir. O bruxo se aproximou dela, certo de que a convencera, mas foi surpreendido quando ela o golpeou com o atiçador de lareira, acertando em cheio a sua cabeça.  Uma vez que o bruxo caiu no chão, Maria se aproximou do armário, ligeiro e destampou todos os potes, libertando as pixies que saíram voando pela janela enquanto diziam “obrigada”. A última pixie que Maria libertou estava presa há tanto tempo que sua alminha obscureceu e ela se tornou sombria, portanto, a primeira coisa que fez ao ser libertada, foi acertar Maria com um soco. Ninguém diria, mas pixies eram muito boas de briga. Maria encarou a pixie, espantada, mas não perdeu tempo, saindo às pressas da casa. O bruxo se levantou, cambaleando e lançou um feitiço, fazendo com que o tempo se fechasse e uma tempestade caísse. Com a tempestade, muitas pixies molharam suas asas e não conseguiram voar, caindo em poças que pareciam um rio para seres pequeninos. Maria foi quem ajudou elas a saírem da poça e escalarem os muros, descendo por arbustos e trepadeiras. Quando ajudou a última pixie a descer o muro, Maria ouviu o bruxo lançando outro feitiço. Ela se apressou em pular o muro, mas, infelizmente não pode evitar ser atingida pelo feitiço, sendo reduzida ao tamanho de uma pixie. Foi assustador como de repente tudo aumentou absurdamente de tamanho. — Por aqui! Venha? Depressa! — Falou uma pixie loira, puxando Maria pelo braço. — Eu não acredito que você quer levar essa elfa conosco, Adrisse! — Falou uma pixie que bateu em Maria. — Agora não é hora para isso, Elanelle! — Disse Adrisse correndo sem soltar o braço de Maria e lhe explicou que Elanelle só estava revoltada porque fora ela quem convenceu a todas a irem visitar o bruxo, sem imaginar que ele as prenderia. As pixies conseguiram chegar em segurança até o anel de fadas e atravessaram o portal. Elanelle foi a última e para garantir que mais nenhuma outra pixie seria enganada por aquele bruxo, fechou o portal. Os cogumelos escureceram e morreram como consequência.

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