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Sinopse

Kayle pode ser muitas coisas, mas se for contar uma única que se ligue à ela... Ninguém encontra. As personalidades de Kayle - KL nunca foram dela, para chamar de sua; os filtros que ela impõe não permitem isso.

KL tem tudo o que uma garota poderia querer, mas ainda assim se sente vazia, até encontrar Morgana, uma fotógrafa que se interessa por ela e sente a necessidade de ajudar Kayle a se libertar.

Tudo seria perfeito se não fosse pela agente de KL, que a obriga a seguir suas ordens, e isso inclui entrar em relacionamentos que, digamos assim, são totalmente obrigatórios e nem um pouco amorosos. E, agora com Morgana na jogada, KL também é obrigada a se relacionar com ela por conta da visibilidade LGBTQIA+ que vai ajudar na sua carreira de cantora.

KL pode usar todos os filtros necessários e ser perfeita como querem, mas nunca será o suficiente, disso ela sabe.

| HISTÓRIA LENTA | ROMANCE |

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Capítulo 1: Escolha seu filtro e usa-me
Escolha seu filtro e usa-me. Eu sempre usarei o filtro que você escolher. E você sempre me usará quando eu estiver "perfeita" como você quer. A mulher abriu os olhos e ficou olhando para o teto de forma apática, o sol que adentrava pela janela de seu quarto iluminava seu rosto tão belo, simetricamente perfeito. Seus cabelos lisos e platinado estavam em uma bagunça no travesseiro, seus olhos não transpassavam nenhuma emoção, a respiração da mulher era a única coisa que pode ser ouvida naquele quarto, seu peito subia e descia lentamente em um ritmo calmo. Após alguns minutos se mantendo deitada a mulher pode ouvir seu celular começar a vibrar no criado mudo ao lado da sua cama, a mulher se levantou lentamente se sentando na cama e tocando seus pés no chão. Ela ficou olhando para seus próprios pés antes de desligar o alarme que ainda soava de forma baixa, enquanto ela pegava seu celular olhou para seu quarto, móveis em tons neutros, um tapete felpudo cinza no chão, sua decoração se constituía por objetos em tons neutros, dando um ar tedioso para o lugar. Assim que ela desligou o alarme de seu celular pode ver alguma notificações no ecrã, clicou na primeira e viu que era uma noticia sobre si. "A artista Kayle Durand, também conhecida por seu nome artístico KL foi vista na última noite com o ator Kalil S. nessa última sexta-feira (16), ambos estavam em um jantar em um restaurante conhecido por muitos casais irem até lá para comemorar. Agora eu deixo a pergunta, KL e Kalil estariam em um relacionamento?" Kayle soltou um suspiro fraco enquanto lia a noticia, mas a mulher continuava com uma feição inexpressiva. Ela calçou suas pantufas e caminhou lentamente enquanto ajeitava sua postura, logo que ela saiu de seu quarto foi capaz de ouvir o "tic tac" incessante do relógio pendurado na parede, aquele barulho dominou sua cabeça, sem perceber ela começou a apenas se mover no "tic" e parava apenas no "tac", ela caminhava como se fosse um robô, com seus movimentos lentos e duros. Ao chegar na cozinha ela, apenas pegou uma fruta para comer, não estava com fome alguma, seu celular vibrou mais uma vez em sua mão, a mulher olhou para a tela e viu que era uma notificação em um aplicativo de telecomunicação em seu celular, a mesma abriu o aplicativo para saber quem estava mandando mensagem para a mesma. Agente Liliam 06:00 |Hoje "Kayle, espero que você já esteja acordada. Hoje você terá um evento, as 08:00 visitará um hospital para fazer visita as crianças doentes, 10:30 treino de dança, 13:00 treino de canto, 15:00 gravação do seu MV, as 18:00 um jantar com a empresaria da empresa RJ, iremos tentar uma parceria. As 21:00 inicie uma live e fique até as 22:00, 22:30 faça exercícios e tome um banho e vá para cama." "Não esqueça de me responder, 07:30 estaremos aí na frente para buscar você." Eu 06:02 | Hoje "Entendi, estarei pronta, senhora." Agente Liliam 06:02 | Hoje "Ótimo, mas me responda mais rápido da próxima vez, não gosto de ficar esperando." Eu 06:03 | Hoje "Sim, senhora." Antes dela desligar seu celular mais uma notificação chegou no aplicativo. Era da filha de sua agente, a garota estava estagiando na parte do departamento de moda da empresa a qual Kayle é agenciada. Ela solta um longo suspiro e abre o chat em que a garota mandava inúmeras mensagens. Geohvana Moda KL 06:03 | Hoje "Oi, Oi" "Então" "Já ficou sabekdo do hospital, né?" "Sabendo*" "Então, use aquele vestido branco longo que eu te mostrei na quarta passada" "Use um salto alto" "O branco" "Deixe seu cabelo solto, apenas o penteie" "Passe um Gloss" "Nada mais que isso" "Use aquele manto leve para cobrir seus ombros" "Use lentes de contato" "Aqueles seus óculos são ridículos" Eu 06:05 | Hoje "Okay." Kayle respondeu de forma simples, pois não gostaria de dar tanta atenção para a garota mais nova, em toda sua vida já conheceu muitas pessoas, principalmente como elas, demonstravam belos sorrisos, mas entre tantas palavras amigáveis e animadas aparecia comentários desmotivadores, a pessoa era uma b***a, esperando na moita para lhe atacar sem piedade alguma. A mulher colocou seu celular na bancada e caminhou até a sacada de seu apartamento do 45º andar, a cobertura, respirou fundo observando a vista que tinha de lá de cima. Mesmo tendo uma bela visão. Eu não vejo nada. Talvez um filtro ajude. A mulher voltou a pegar seu celular na cozinha não demorando para pegar seu celular, ela voltou para a sacada em passos apressados e abriu uma rede social que costumava usar com frequência para atualizar os fãs do seu dia a dia, assim que ela abriu a câmera dentro do aplicativo, passou por inúmeros filtros que tinha e escolheu o que mais era bonito para a paisagem, assim que tirou a foto postou a mesma com a legenda: "Lembre-se de sorrir <3333 tenham um dia maravilhoso ^^" Assim que ela postou a foto já começou a ter inúmeras curtidas e comentários, ela apenas largou o celular na cadeira que tinha na sacada e foi para seu quarto. Lentamente Kayle se vestiu como foi lhe ordenado, a mulher ficou se olhando no espelho por um tempo enquanto ajeitava milimetricamente sua roupa, não deixando passar nem um rastro de imperfeição em sua vestimenta. Em seguida ela começou a arrumar sua bolsa com objetos que ela provavelmente usaria no dia a dia, pegou uma máscara branca já a colocando, pegou sua bolsa e ajeitou tudo que estava fora de ordem em seu quarto. Quando terminou viu em seu celular o horário 07:19. Ela caminhou de forma calma para a saída da sua casa, assim que saiu trancou a porta e entrou no elevador, sussurrou um "bom dia" para os funcionários que limpavam a área. Quando chegou no térreo e caminhou para a saída viu o horários 07:28, suspirou satisfeita saindo do edifício onde morava, ao pisar na calçada já pode ver a Van que a levaria para os eventos se aproximar, ela parou em sua frente, mas apenas abriu a porta quando deu 07:30 em ponto, Kayle entrou na Van sem se importar muito com isso. Assim que ela entrou pode receber olhos atentos de seus funcionários. — Bom dia. - Kayle Ditou firme não mantendo contato visual com ninguém. — Bom dia. - Alguns a responderam com entusiasmo, outros envergonhados, mas ninguém deixou de lhe responder, a não ser sua agente. — Okay, vamos recapitular. - Lilian começou a dizer de forma opressora ditando toda a agenda da mulher sentada ao seu lado, mas por algum motivo Kayle apenas ignorou a mulher, ela não ouvia nada, nada além do barulho vindo da rua. - Kayle está me escutando?! - A mulher perguntou exaltada segurando o braço de Kayle com força. - Não ouse me ignorar, Kayle, isso não vai ser bom para você. - Lilian começou a forçar suas unhas pontiagudos no braço de Kayle fazendo pequenas feridas no formato de sua unha. Kayle a olhou sem expressão e segurou seu pulso. — Eu entendi, senhora. - A mulher afirmou. - Eu não estou lhe ignorando. - falou de forma calma. - Então, por favor, me solte. Meu fãs não gostariam de me ver com algum machucado, isso faria m*l para minha imagem. - docemente ela Ditou. — Sua imagem? - Lilian gargalhou. - Você acha mesmo que seus fãs, se importariam com você, pirralha? Entenda, Eu sempre falo isso mas você nunca me escuta, você não é nada mais que uma mercadoria para seus fãs. - A agente falou de forma presunçosa. — Tudo bem, senhora, me desculpe. - Kayle pediu sem dar muita importância para a mulher, e ela soltou seu braço de forma satisfeita. — Senhora, o braço da senhorita KL está sangrando. - Um dos seguranças a informou, seu tom de voz preocupado, em seu crachá dizia que ele se chamava "Bruno M." — Fique quieto, Bruno. - A agente ordenou e o homem logo abaixou a cabeça afirmando. - Enfim, vamos lá, Eu estava fazendo um acordo com a empresa vizinha, decidimos que você começará a sair com o cantor PK, terá que ir em encontros, e todas essas bobagens que a mídia gosta, Você irá assumir um namoro com ele, bom... Deixa eu ver... - A mulher começou a procurar a data em sua agenda. - Daqui três meses. Na Live de hoje comente sobre alguém que você conheceu, e descreva essa pessoa, com o tempo perceberam que é o PK. - A mulher divaga por alguns minutos antes de encerrar o assunto e um silêncio predominar na Van. Kayle assim como todos funcionários que estavam na van apenas ficaram ouvindo as palavras daquela mulher que não parava de falar, ou ofender alguém. Enquanto todos dentro da van rezavam de forma silenciosa para chegarem no hospital logo, Kayle apenas saía de orbita com seus pensamentos, pensamentos que eram encharcados de perguntas, como: "Será que meus fãs gostaram da minha roupa?" "Eu exagerei na postagem e hoje?" "Eu deveria postar uma foto sorrindo?" "Deveria apressar o lançamento do meu novo álbum?" "Eu deveria ter criado músicas felizes, e não depressivas, talvez eu decepcione meus fãs" A mulher havia os olhos presos na paisagem borrada por conta do movimento da van, não percebeu quando já havia chegado no hospital. Apenas quando sua agente lhe puxou pelo braço para chamar sua atenção, sem falar nada ela jogou um violão para a mesma, ela reconheceu que era seu violão antigo pela capa de proteção, era branco com alguns corações rosas feitos por caneta permanente rosa. A agente olhou para ela e chamou sua tenção. — Quando você sair, na sua direita tem alguns fotógrafos, então não olhe para a direita, siga sempre olhando para a frente. - Liliam a alertou com uma feição totalmente séria. - Não deixe que eles percebam que você sabe sobre eles, o diretor do Hospital estará a sua espera lá na frente, fique sempre sorrindo. Você ficar séria estragará as fotos. - a mulher não parava de falar e da informações totalmente inúteis para Kayle. Ela começou a ditar tudo que poderia dar de erado caso a mulher não seguisse suas informações, e dizia inúmeras mateias diferentes que poderia ir para na mídia. A agente divagou por muito tempo, a cada palavra da superior a artista se sentia cada vez mais frívola. Como uma casca vazia. Após alguns momentos ela abriu a porta da van deixando os seguranças saírem primeiro, os homens logo saíram e esperaram a cantora. Assim que ela desceu eles ficaram um pouco afastados, mas perto o suficiente para estar perto caso algo aconteça. Quando eles começaram a andar em sincronia, Kayle logo pode por a prova o que sua agente falou, tudo estava acontecendo meticulosamente como ela havia falado, e Kayle seguiu as instruções sem contestar. Com um sorriso no rosto ela se aproximou do diretor do hospital, o cumprimentando com um breve aperto de mão, eles seguiram para dentro e ele começou a explicar como o hospital funcionava e agradecendo sempre a presença da mulher, afinal, isso poderia animar as crianças que estavam passando por tratamentos intensivos, muitas crianças já demonstraram ser abertamente fãs da KL, e ter essa oportunidade para as crianças, muitas a beira da more, era totalmente indescritível. Após muito tempo de explicação sobre o hospital, e a história do mesmo, o diretor pediu para duas enfermeiras - essas que estavam quase desmaiando pela presença de KL. - a acompanhar até a ala onde os pacientes infantis ficavam internados, mas o homem avisou que os seguranças não podiam a acompanhar por conta das regras do hospital, apenas pessoas autorizadas entravam naquele local, e ele não havia sido informado que Kayle estaria acompanhada de seguranças, todos foram compreensivos, a mulher seguiu as enfermeiras e os seguranças ficaram para trás esperando a mesma voltar. Enquanto elas caminhavam juntas, Kayle pode ouvir uma onda de sussurros e dedos sendo apontados para si, mesmo que ela tenha se acostumado a lidar com a multidão, ainda sim era totalmente estranho e desesperador estar teoricamente sozinha ali. Não se passou muito tempo e ela parou em frente a uma porta onde as enfermeiras a deixaram, ela respirou fundo antes de apertar a maçaneta e abrir a porta lentamente, a artista pode ter visão de mais de 20 crianças deitadas em macas hospitalares, algumas com um olhar totalmente abatido, outras ainda brincando no chão no canto do enorme quarto de hospital. A mulher entrou com um sorriso, as crianças ao perceberem o movimento estranho vindo da porta a maioria olhou em direção da mesma, quando viram KL parada timidamente olhando para as crianças, quando as crianças perceberam a figura pública em sua frente soltaram um grito alto de animação, algumas começaram a chorar, outras correram para abraçar KL, a artista ficou impressionada, mas retribuiu o abraço das crianças e tentou calmar as que choravam de felicidade. — Bom dia! - ela sorrio graciosamente, pegando um pequeno puff e colocando no centro da sala, ela se sentou já sendo cercada de crianças e seus olhares curiosos. — Você é a KL mesmo? - um garoto deitado na cama perguntou fraco, mas emocionado. — Sim, sou eu mesma. - ela sorrio. - Eu vim ver vocês, e passar parte da manhã. - uma onda de gritos animados surgiu novamente. As crianças começaram a se apresentar de forma bagunçada, havia sido uma luta para Kayle entender todos os nomes. Uma menina com cerca de seis anos pegou uma pelúcia mostrou para Kayle, ela começou a contar a história dele e falar seu nome, logo algumas crianças estavam fazendo a mesma coisa sem parar. A mulher estava se sentindo tonta por não conseguir acompanhar tantas histórias e comentários. Não demorou muito e as crianças estavam lhe pedindo para cantar uma música, ela não sabia se cantava uma própria ou uma infantil, não demorou muito e ela começou a cantar uma música clássica infantil e foi seguida com um coro de crianças cantando animadas. Ela interagiu com as crianças, tirou fotos, ouviu histórias, e se derreteu pelos lindos olhares das crianças, em determinado momento a porta abriu rapidamente revelando uma mulher alta, usando roupas totalmente pretas, seu cabelo roxo ondulado com a lateral raspada, seu corpo um tanto quanto musculoso, essa mesma mulher que entrou animada não havia percebido a presença de KL no meio da sala. — Aserehe! Ra! Dehe! De hebe tude hebere seibiunouba! - Ela entrou cantando animada arrancando risadas altas das crianças que já conheciam. - cheguei meus filhos! e- a mulher parou abruptamente de falar quando percebeu Kayle sentada no centro da sala. - Quem é você? - a mais alta perguntou confusa enquanto ajeitava seus óculos escuros. — Oi. - Kayle se levanta virando para ela dando um leve aceno, esperando a mulher a reconhecer, mas a mesma manteve um cenho franzido olhando para Kayle. — Quem é você, fia? - Ela perguntou com a mão na cintura ainda com uma feição totalmente confusa. — ah... eu sou a KL, quer dizer, Kayle Durand. - ela sorriu estendendo a mão para a mulher a apertar, ela acabou ficando confusa também, não era comum as pessoas não a reconhecerem. — Prazer, me chamo Morgana. - a mulher agora sorrio e apertou sua mão. - o que você faz aqui? - perguntou curiosa, poucas pessoas tinham permissão de vir visitar as crianças. — Bom, vim passar um tempo com as crianças... você é a fotografa? - perguntou apontando para a câmera da mulher, está que estava pendurada em seu pescoço. - Quer que eu fique como? - perguntou sorrindo gentilmente. — Eu não sou fotografa. Quer dizer, eu sou, mas não a sua fotografa. - Morgana a respondeu dando ênfase na palavra "sua". - acho que você se confundiu, eu não vim fazer suas fotos, não fui contratada para isso, vim apenas ver minha irmã, e as crianças como sempre. - ela deu um sorriso gentil. — Morg, ela é aquela cantora que eu sempre estou te mostrando vídeos! - a mesma menina de mais cedo voltou a falar totalmente extasiada, se Kayle não está esquecida ela se chama Clarisse. — Oh! - Morgana olhou para Kayle totalmente chocada. - Aquela artista que usa uma máscara preta e branca? - perguntou surpresa e a menina assente. - Meu Deus, é um prazer te conhecer. - Ela sorri mais abertamente. - Minha irmã vive falando de você. é ótimo lhe conhecer pessoalmente, principalmente você conhecer minha irmã. - Ditou agradecida. — Não foi nada. - ela sorriu timidamente, e voltou a dar atenção as crianças. Morgana olhou para a artista um pouco desconfiada, imaginou que ela estivesse tentando ganhar mídia vindo ver crianças doentes, como muitos artistas já fizeram. Morgana foi até Clarisse e começou a perguntar se ela estava melhor, e interagir com a menina. Kayle continuava interagindo com o restante das crianças que a olhava com admiração. Quando o relógio bateu 09:10 um enfermeiro entrou no quarto e pediu para Morgana e Kayle se retirarem, era hora do checkup diário das crianças, assim que Kayle se despediu ouviu murmúrio chorosos da crianças, Morgana se despediu das crianças e da sua irmã, o enfermeiro pediu para Kayle esperar do lado de fora que o diretor iria vir vê-la, assim a mulher fez, ela se sentou em uma cadeira que tinha em frente o quarto. Morgana observou a mulher de longe ficando curiosa sobre a mesma, ela se aproximou da figura pública e sentou na cadeira. — Por que você está aqui? - Morgana perguntou risonha, não esperando uma resposta direta de Kayle. — Porque fui contatada para estar aqui. - Kayle a respondeu ajeitando sua postura. — Calma.. Nossa, eu não esperava isso. - Morgana deu uma risada constrangida. - Não esperava que você fosse sincera com suas palavras. - Ela olhou para a mulher. - Agora estou ainda mais curiosa sobre você. — Curiosa? - A artista franziu o cenho. — Sim, você parece um robô. - Ela a respondeu e Kayle a olhou franzindo o cenho. - Sabe, A Clarisse já me mostrou diversas entrevistas suas, e eu nunca vi você... bem... parecer sincera. - Colocou as mãos dentro do bolso de seu casaco. — Você costuma chegar assim nas pessoas? — Costumo sim. - A mulher a respondeu com um sorriso. - Não gosta? - perguntou inclinando um pouco a cabeça. — Eu... - a feição de Kayle se suavizou, mas ela ainda tentava ler Morgana para saber o que responder para ela, algo que foi falho. - Não sei. - A fotógrafa franziu o cenho. — Não sabe? Mas isso é algo tão simples de responder... - Morgana fez um bico. - Porque você não sabe? — Ué... - Kayle piscou fortemente. - Porque... - a mulher ficou sem resposta e Morgana riu. — Fofa. Não se esforce para pensar de mais, cabecinha de vento. - A fotografa disse com um sorriso de lado e Kayle continuou confusa. - Vou indo, o diretor chegou para falar com você. Porque ela não teve uma resposta certa? Ela sempre tem. O diretor chegou cumprimentando novamente a Kayle, agradeceu pelo seu serviço, ele voltou a dar uma breve palestra para Kayle enquanto caminhavam até a saída do hospital, os seguranças voltaram a acompanhar Kayle quando viram a mesma, ao chegar na saída ela se despediu do diretor e voltou para a van, assim que ela entrou viu o olhar irritado de sua agente. Os seguranças voltaram a se sentar em seu local. — Vamos logo, isso foi uma perda de tempo! - A agente exaltou brava. - eles não deixaram nenhum fotografo entrar, nenhum! Como eles vão fazer uma matéria completa com apenas aquelas fotos mixurucas?! - Ela respirou fundo. - E para ajudar estão falando que seus passos de dança estão totalmente desleixados, olha isso! - A mulher mostrou um vídeo recente de seu ultimo show, Kayle havia se desequilibrado por um momento, mas em seguida ela recuperou o equilíbrio. - Esta vendo?! Você vai ficar dançando até o próximo horário de sua agenda, desista de ter um almoço. - a mulher ditou firme com a voz ainda irritada, Kayle não respondeu nada apenas assentiu. Ao chegar no estúdio de dança, Kayle foi praticamente jogada para fora da van por sua agente, ela teve uma bolsa de academia sendo arremessada em seus braços, provavelmente com sua roupa de treino. Kayle apenas suspirou e entrou no estúdio, ela cumprimentou alguns funcionários e em seguida foi direto para o banheiro vestir sua roupa de treino, quando saiu ela foi para um das salas de dança, ela foi recebida por seu treinador que já começou a falar e mostrar seu plano de treino de hoje, ele avisou que a deixaria sozinha, mas ainda sim queria deixa-la ciente de seu rendimento que vinha tendo e ensinando alguns passos que percebia que a mulher tinha dificuldade. Cerca de 15 minutos passaram e ele foi embora após ajudar a Kayle. Kayle passou muito tempo treinando sem um descanso sequer, todos os passos que ela teve dificuldade até alcançar a perfeição que ela desejava. O passo que ela mais teve dificuldade era Fouetté, resolveram colocar esse passo em sua nova coreografia, mas a mulher não conseguia faze-lo perfeitamente, As palavras de sua agente começaram a passar por sua mente, de seu instrutor, de seus fãs, funcionários, sem perceber ela começou a olhar firmemente para sua imagem no espelho enquanto fazia os passos sem parar e nem ao mesmo percebia que já havia chegado ao seu limite, mas ela não parou, ela não pararia até fazer o passo que possa satisfazer a todos, seu corpo implorava por descanso, mas sua cabeça continuava a sussurrar "não, não, não, não pare." Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Oh não Dance até morrer.

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