CAPÍTULO 2 - ANA

963 Palavras
Acordei com o ar do quarto no gelado, comigo debaixo das cobertas, assim que me virei para o lado, no lado de Charlles, ele já não estava, como todas as manhãs, mas dessa vez tinha algo, algo diferente, que me fez levantar e me sentar, puxando a caixa de veludo e logo o cartão. Feliz aniversário. A letra dele era quase um rabisco pequeno, assim que peguei a caixa e abri vi a gargantilha, arregalei meus olhos e de novo a ideia que ele iria cobrar tudo que ele estava permitindo… seria algo r**m se isso acontecesse. Eu não poderia dar nada. Era um sábado, amanhã seria concretizado a segunda semana de casada, de uma série que eu nem sabia quando terminava ou se realmente terminava, mas eu não queria pensar em estar casada com um cara totalmente desconhecido. Queria pensar que ele era um amigo. Um bom amigo. Apenas isso. Hoje era meu aniversário, eu completava meus 22 anos e não sabia o que fazer, mas eu lembrei que eu não iria precisar fazer festa e nem participar de nenhuma. Lembrando que na Califórnia meu pai sempre fazia festas enormes, mesmo eu preferindo que não, ser filha dele me proporcionou muitas coisas, mas me fez ser vista como um objeto de venda e troca. No oportuno, ele fez isso. Não sabia ainda o que sentir sobre ele. Eu não havia falado com ele ou com ninguém desde o casamento. Parecia que ainda tinha uma raiva e uma coisa de mágoa dentro de mim. Mas por hoje não devia pensar no arranjo, poderia hoje ficar em casa e ficar na minha, fazer um almoço bom e curtir o arranjo sobre o galpão que eu iria começar a mexer em breve. Puxei a minha presilha de debaixo do travesseiro e senti algo ao lado, quando puxei vi o relógio. Era um relógio bastante bonito, mas parecia de muito tempo, talvez fosse o relógio da sorte dele que ele sempre usava, abri a gaveta da cômoda ao seu lado e coloquei ele ali, dando um sorriso quando notei o cheiro dele mais próximo. Charlles cheirava muito bem. Além de dormir sempre no canto dele, mesmo dividido a cama com ele, ele não era de ficar me olhando tanto. Me levantei e arrumei a cama, passando no banheiro e escovando os dentes e saindo do quarto, o apartamento dele era enorme, era uma cobertura em um bom condomínio, um condomínio com uma ótima pista de corrida e uma área ótima para ler um livro ou parar no tempo. O apartamento dele tinha a sala de visitas e a sala da TV, a sala de jantar e a cozinha, que tinha um balcão que era minha mesa de todas as refeições, também havia a lavanderia e um banheiro, indo para o quarto havia um escritório, tinha bom livros de suspense ali, mas eu não entrava, era dele, não queria invadir o espaço dele e eu não iria fazer isso. Tudo ali dentro era bem arrumado, havia duas mulheres que vinham durante a semana uma limpava e a outra cuida das roupas dele, não achava necessário alguém fazendo as coisas para mim, mas eu não iria mudar algo que já estava assim. Mas, para minha alegria, não vinha ninguém no sábado, então eu mesma poderia lavar minhas coisas e usar a cozinha, era o segundo fim de semana da gente, não fazia nem ideia de quando Charlles voltava, se era cedo ou tarde aos sábados ou se ficava em casa no domingo, eu sabia que hoje era sábado. Assim que coloquei o pé na cozinha e abri um dos armários puxei o cereal, escutei a porta da frente se bater, fiquei parada, mas logo vi o reflexo de Charlles seguir para o corredor, sumindo do meu campo de visão, enquanto preparava algo para comer, mas, novamente, um barulho de vidro se quebrando fez eu me assustar e parar no meio da cozinha segurando a caixa. Me mexi e procurei a tigela, quando eu ergui o braço para alcançar um meu braço foi puxado, eu me assustei e a caixa na minha mão voou e se desfez no chão, logo veio o aperto forte no meu braço, quando olhei vi o rosto, pronto com o terno 3 peças, como todas as manhãs, mas o cabelo estava bagunçado dessa vez e a mão dele me apertava. Uma mão que causava dor e estava quente como inferno. - O que está fazendo, Charlles? - Meu corpo inteiro ficou em alerta passivo, quase indo para o ativo. - Cadê o relógio?! – Ele apertou meu braço com força e eu vi os olhos deles escurecem, enquanto eu fiquei com medo e tentava fazer com que meu braço fosse solto. - Você está me machucando! - Eu gritei com ele, ele me soltou e eu me afastei. - Eu achei arrumando a cama, eu só coloquei na sua gaveta, eu não… Ele saiu da cozinha pisando duro depois de algum tempo eu escutei o barulho da porta batendo, dessa vez muito mais forte, então tudo ficou em silêncio, até eu olhar para o meu braço e ver as marcas dos dedos dele. Isso foi assustador. Me sentei assustada. Fiquei parada, vendo o lugar onde eu havia me enfiando. Pelos céus. O que foi isso? Meu coração estava acelerado ainda. De uma forma que me fez fechar os olhos e fazer um apelo silencioso. AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até
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