Saio da loja e faço uma acrobacia danada com o copo de suco e as três sacolas, passo vendo as vitrines, mas creio que eu já havia achado as cortinas e as coisas para o banheiro do galpão, eles entregaram o carpete que encomendei na quarta e na quinta o chão passaria por reforma.
Parei na vitrine dos sapatos e olhei uma sapatilha, fiz uma nota mental de organizar as coisas.
- Olá – Me virei com a voz e dei de cara com uma mulher alta e que me olhou de cima a baixo, depois olhou para outra mulher do seu lado e deu uma risada, quando voltou a olhar para mim mudou a expressão. - Você deve ser… Ana Luiza?
- Sim, meu nome, nos conhecemos?
- Não, infelizmente não, mas agora sim vamos nos conhecer, sou Candice – Ela sorriu, não de um jeito natural, mas de um jeito forçado. - Amiga do seu marido – Eu não entendi de imediato, mas só foi olhar para os s***s dela e entender o tipo de amiga, eu quis rir.
- Que bom, e daí? - Ela não me conhecia, e talvez ela queria me atingir de alguma maneira, mas eu aprendi desde cedo a agir com pessoas como ela, devia ser um caso dele que não se tornou mais real e blá, blá… chegava a ser patético uma mulher enfrentar outra por causa de homem, quando na verdade ela devia falar com o próprio homem ou amor próprio.
- Sabe que esse casamento é um erro para você, não sabe? - Fiquei olhando para ela, eu devia concordar, mas eu não podia, havia um teatro, se eu fizesse certinho isso poderia ser passado para frente e logo nenhuma outra iria aparecer na minha frente enchendo meu saco ou me fazendo perder meu tempo. - Você é s***a ou o gato comeu sua língua?
- Candice, certo? – Eu bebi o resto do suco e descartei o copo em uma lixeira. - Você é a típica mulher que esperava demais de um cara. Esperou que Charlles gostasse de algo como você, se isso não basta para te fazer entender, bem, me desculpa.Não vou disputar e nem me gabar por homem, homem e prêmio de mulher burra.
- Você está me ofendendo? - Ela arqueia a sobrancelha em surpresa.
Por um lado, minha mãe ensinou como deixar mulheres como a da minha frente longe do marido. Devia agradecer ela um dia. Mas eu também não queria defender algo que nem existia direito.
- Sabe, quem ataca primeiro tem força suficiente para acabar com a conversa, não atrapalhe meu dia com essa cena de mulher inconformada, não faz o meu tipo e espero que você dê meia volta e nunca mais apareça na minha frente, não quero problemas e não ligo pra isso.
- Foi amor à primeira vista? - Ela soltou uma risada, de puro deboche.
Será que ela ainda não entendeu? Por que ela não vai embora?
Sorri, enquanto pensava em algo.
- Isso não importa para você garota, você deve nem saber o que é amor - Como eu também não sabia, pensei.
- Sei muitas coisas, principalmente sobre o seu maridinho, você sabe como ele é insaciável em uma cama, ainda mais com tudo aquilo – Ela estava falando de s**o? Na minha frente?
Eu não sabia sobre Charlles na cama, só me lembrei dele pelado na minha frente acidentalmente, ele dormindo do meu lado.
- Acha que saber da i********e de um homem e usar isso para atingir a atual dele e algum tipo de vantagem? A quão estúpida você acha que eu sou para me importar se você transa ou já transou com ele? A quão burra você e para me parar e falar isso? Por acaso acha que eu ligo? Acha que me importa com você ou qualquer mulher que seja como você? EU. NÃO. ME. IMPORTO! - O grito que saiu da minha garganta e ela engoliu o riso, olhei para os lados e vi as pessoas olhando, havia duas mulheres na minha frente e eu só queria dar umas sacoladas nela até saírem da minha frente. - Suma da minha frente antes que eu te acerte, não tenho medo de você e nem dessa sua amiga oriental, bato em você e nela sem pensar muito
- Você seria presa se fizesse isso… - Soltei uma risada alta.
- Charlles iria me buscar na delegacia.
Ela parecia estar saindo da linha, o que era bom para para mim, mas eu também estava, isso não era legal.
Não batia nem em uma mosca.
- Você não poderia ter se casado com ele.
- Cala… - Eu só senti o t**a no meu rosto e um empurrão que me fez cair para trás e ficar no chão, minha cabeça girou toda, minha bochecha ardia.
- Anda, levanta, vamos ver se você é tão corajosa – Eu fiquei olhando para ela. - Você não chega aos meus pés, sua sonsa!
Eu me levantei e fique de pé, havia olhos curiosos e aquilo estava me incomodando.
- Você é só uma mulher baixa, se você colocar suas mãos em mim – Me senti no colegial falando daquela maneira,calei a minha boca antes da cartilha de ofensa. - Nunca mais coloque suas mãos em mim.
- O que vai fazer? – Quando vou responder, uma mulher entra na minha frente, ficando de costas para mim, vejo os cabelos escuros Chanel e dou um passo para trás.
- Senhorita, que tal se afastarem e não fazer mais escândalos, aqui tem crianças olhando, vamos acalmar os ânimos, que tal ir agora Candice, não vamos querer mais problemas, não é mesmo? Chega.
Elas se conheciam.
Aquilo podia ser r**m, mas por algum motivo, a mulher peituda olhou uma última vez para mim e deu as costas, indo ela e a oriental para longe.
- Você está bem? - Quando a mulher se virou e me encarou ela ficou parada me olhando, olhando de um jeito perplexo. Ela tinha cabelos Chanel n***o e arrumado, vestia um casaco azul e uma calça jeans justa com uma sapatilha, eu não a conhecia. - Você me lembra uma pessoa – Ela deu um sorriso e ergueu a mão. - Prazer, Sara, você é?
- Ana Luiza – Eu apertei sua mão e ela ficou apertando minha mão também. - Você me conhece?
- Você é a esposa do Charlles? - Balancei a cabeça.
- Você é alguma das mulheres que vai ficar brava por ter casado com ele? - Brinco e puxou minha mão do aperto, ela dá um sorriso.
- Não! Claro que não, meu marido e amigo dele, ele é meu amigo – Me abaixei para pegar minhas sacolas e a mulher me ajuda, me entregando duas sacolas. - Eu estava de viagem, não pude comparecer no casamento foi tudo tão de repente, mas agora eu entendi exatamente o motivo de Charlles se casar tão rápido – Ela ergueu a mão mais uma vez, mas dessa vez ela tocou meu rosto e acariciou, no impulso eu me afastei e fiquei olhando para ela sem entender. - Você é linda.
- Obrigada?!
- Tenho que ir, foi ótimo conhecer você – Ela dá uma risadinha. - Coloque um pouco de gelo quando chegar em casa, uma base também ajuda.
- Está marcado?
- Não, mas vermelho. Se encontrar outras como aquela, não perda a pose e nem escute, só dá as costas e saia. É difícil para elas entenderem que Charlles tem alguém.
- Eu não ligo – Ela arqueia a sobrancelha.
- Não tem ciúmes? - Balancei a cabeça em negativa. - Se você diz.
- Obrigada.
- Disponha, foi um prazer conhecer você, Ana Luiza – E assim a mulher me dá as costas e vai embora, eu fico parada até pegar um pensamento e me mover dali, precisava de gelo, porque meu rosto ainda queimava como inferno.
AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até