Minha Filha

921 Palavras
Yelena Vi no i********: que o Tom foi visto no aeroporto de Londres. Ele só deveria voltar semana que vem. Enola travava uma luta épica com o mordedor na cama. Seus dentes estavam nascendo então ela está na das de morder tudo que pode e que não pode. — Mamama. — Ela me esticou o mordedor todo babado me fazendo rir. — Vem cá nenê. Me sentei a pegando no colo a aninhando contra o meu peito. Ela tem os olhos do pai... Será que sente falta dele? Espero que não... — Yelena. — Jasmine colocou apenas parte do corpo para dentro. — O Tom está aqui. — O QUE? — Gesticulei cobrindo um pouco o rosto da Enola. — Ele entrou. Desculpe. Revirando os olhos levantei da cama entregando Enola a Jasmine. — Tranca a porta. Só abre quando eu bater tá bom? — Pedi dando a chupeta para a Enola que começou a resmungar querendo voltar ao meu colo. Quando a vi assenti deixei o quarto, mas só sai de frente da porta quando ouvi ela sendo trancada. Andando pela sala eu sentia que minhas pernas tremiam. Não queria vê-lo. Queria ele longe de mim e da minha filha, mas ele estava aqui agora... Precisava confronta-lo. Descendo as escadas pude vê-lo andando de um lado para o outro na sala. — O que tá fazendo aqui? — Perguntei chamando sua atenção. — Eu é que te pergunto! Por que saiu de casa? — Ele estava exaltado quase gritando. — Primeiro abaixe o tom de voz porque você não está nem na sua casa para estar gritando. Segundo com que direito você vem aqui me pedir explicações? — Você está com a minha filha então eu tenho todo o direito de estar puto por você ter sumido de casa com ela! — Até a veia do seu pescoço estava saltada. — Sua filha? — Não pude conter a risada. — Desculpa, mas foi você que passou um mês indo ao hospital sozinho todo dia pra amamentar uma recém nascida? Ou ou foi você que acordava toda noite com ela chorando com cólica? Me poupe Tom. 4 meses da vida dela eu passei sozinha com ela enquanto você transava com outra mulher. — Eu tinha que trabalhar! Eu ligava todo dia e você sempre dizia que estava tudo bem. — E se eu falasse que não estava? Você ia pegar um voo e voltar pra cá? Ia Thomas? — Por mais que eu tentasse as lágrimas vinham aos meus olhos. Ele se afastou dando as costas apoiando as mãos no sofá. — Não faz isso... Não acaba com tudo por causa de um erro bobo. — Você acabou com tudo quando tirou a calcinha dela... — Eu já pedi perdão! — Esbravejou voltando a mim. — Você quer que eu ajoelhe? Nunca errou na vida? — Eu nunca trepei com outro homem em todos os anos que estive com você. Mas penso que deveria... Devia ter enchido essa sua cabeça de chifre! Porque meu bem você não tem noção de quantos já quiseram me comer e eu continuei fiel a você. Tom me olhava com tanta raiva quanto eu olhava pra ele. Desgraçado faz as merdas e quer estar certo. — Eu senti sua falta. De como você era antes. — Não era na cama de outra que você ia me achar. E eu não mudei Tom... Você que deixou de me ver. Só vai embora. Sai daqui... — Me afastei indo em direção as escadas. — Eu quero ver a Enola. — Quando eu estiver com saco pra olhar pra sua cara de novo entro em contato com meu advogado e negociamos. — Disse subindo as escadas sem olhar para trás. Quando cheguei ao topo ouvi seus passos pesados e a porta da frente batendo quando ele saiu. Uma dor terrível atingiu o meu peito me fazendo sentar no degrau abraçando os joelhos. Passamos 5 anos juntos. 2 anos só de casado. Não posso dizer que não o amo mais porque infelizmente eu amo. Tom me feriu da pior maneira que alguém pode ferir alguém, aquela dor parecia que nunca ia passar, que nunca ia embora. Levantei tentando me recompor enquanto caminhava até o quarto secando o rosto com as mãos. Dei algumas batidas na porta. — Sou eu. Não demorei a ouvir a porta destrancar e ver Jasmine com a Enola nos braços. — Mama. — Ela esticou os bracinhos pra mim com a chupeta na boca e segurando a sua fralda na mão. — Vem cá... A peguei no colo abraçando ela com força. Apoiei a cabeça na sua e quando dei por mim já estava chorando em silêncio de novo... — Ma... — Enola pegou sua fralda passando no meu rosto. — Tó. Ela tirou a chupeta tentando colocar na minha boca o que acabou me fazendo rir já que ela era bem insistente. — Não precisa meu bem. Mamãe tá bem. — Ri secando o rosto. — Mama. — Ela me deu um beijo no rosto. Ela não falava muito ainda. Era mais mama, papa, as vezes vovó e Gui. Todo mundo que não era eu, o Tom ou a Nikki, era Gui pra ela. Por que? Não sei. — Vai ficar tubo bem. — Jasmine sorriu fazendo carinho no meu cabelo. — Vai sim... Eu preciso de um favor. — O que? — Preciso voltar a trabalhar. — Já entendi. Não se preocupa que vou te colocar nas capas de várias revistas. — Ambas rimos.
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