Cap.208
Breando lhe entrega o endereço e eles seguem por uma viagem de quase duas horas até o local onde wendi está vivendo, em um bairro simples distante de qualquer relação com a máfia ao que parece, mas o bairro não parecia ser um local seguro.
— Esse bairro é atrás da comunidade beltrão, vocês conhecem? — Pergunta Brady seguindo com o carro lentamente.
— Não, nunca ouvi falar, Rowland é realmente muito grande, — Comenta Ayrlon.
— De fato, mas a graça aqui é que nossos pais não mexem nessa área, é desinteressante para a máfia, mas tem uma intensa atividade de traficantes da comunidade. Vendem drogas… e… não sei o que mais. — Comenta sem interesse parando em frente a um portão de ferro e grades.
— Mas então se nossos pais não concentram nenhuma atividade mafiosa aqui… estamos fodidos, alguém trouxe alguma arma? — Pergunta Ayrlon olhando ao redor.
Brady e Lilith se encararam confusos sem entender o que Ayrlon queria dizer e o motivo da preocupação.
— Vocês estão de brincadeira? A gente está na parte de traz da comunidade, p***a! Eu lembrei… — Murmurou pensativo.
— O que você lembrou?
— Que aqui é uma área de risco, só pode entrar quem mora aqui. — Comenta Ayrlon.
— Relaxa, a gente usa o selo de trânsito. — Comenta Brady.
— Pra enfiar no seu… — Ayrlon comprime os lábios tentando manter a calma.
— Melhor sairmos do carro e tentarmos fazer a filha da p**a que é a mãe de Brendo atender a gente.
— Mas eu nem sei se essa é a casa dela realmente. — Retruca Brady.
— Vocês estão fazendo tempestade em copo d'água, vamos chamar ela. — Diz Lilith saindo do carro indo em direção ao portão que nem mesmo tinha campainha, bateu várias vezes, mas não obteve resposta e a cada vez que tentava batia mais forte, mas sem resposta. — Aposto que ela está evitando a gente! — Resmunga Lilith enquanto os dois meninos observam ao redor.
— Não sei não… a gente deveria ter saído daqui enquanto era tempo. — Ayrlon os alerta, mas Lilith já estava surtando de tanto bater e ninguém atender.
— Aquela…! — Esbraveja Lilith apontando para o portão enfurecido. — Como ela se atreve a não atender o filho? Como ele tem a coragem de rejeitar o filho? — Resmunga olhando ao redor até encontrar em alguns metros um entulho com pedras de cimento grandes a menina segue até o mesmo e se agacha para pegar um grande pedregulho.
— Vocês não deveriam estar aqui… — Lilith agachada vira o rosto em direção a voz arrastada a sua frente saindo de uma casa aparentemente abandonada.
— Agora fodeu. — Murmura Ayrlon.
— Sem arma, sem faca, que tipo de filhos de mafiosos somos? — Resmunga Brady baixinho.
— Dos mais fodidos, isso que somos. — responde Ayrlon quando sai mais quatro homens de dentro da casa.
— Vocês são de onde? — Pergunta se aproximando de Lilith que continua a segurar o pedregulho.
— Estamos aqui para buscar uma pessoa. — Responde ela indiferente dando as costas a eles.
— Não, se vocês não são daqui não podem buscar ninguém não, podem ir saindo. — Ordena o outro com a voz calma.
— Olha… eu não vou a lugar algum enquanto essa mulher não nos atender! — Esbraveja Lilith.
— Lili… — Brady lhe alerta a segurando pelo braço.
— Não! Vamos terminar de chamar a Wendi, ela não pode tratar o filho dela assim.
— Eu rapaziada, não vou dizer duas vezes, saiam daqui da minha rua. — Ordena um outro rapaz, eles tinham idades entre vinte e vinte cinco anos.
Lilith ignora e bate no portão com força usando a pedra e um dos homens saca a arma para ela, porém com um pontapé de Brady a arma voou a metros de altura.
— Que merda! — Rosna Lilith deixando a pedra de lado quando viu os meninos entrar em uma briga com os cinco rapazes, mas não tinham experiência nenhuma em defesa pessoal ou qualquer tipo de luta, rapidamente eles derrubaram os cinco.
— Vamos embora! — Chama Brady.
— Não! Se saímos agora não teremos uma nova chance! — Avisa Lilith.
— Droga… cara… — Resmunga Ayrlon encarando os caras caído no chão e um menino correndo rua acima. — E lá vai o filho da p**a chamar mais gente! — Avisa Ayrlon mas Lilith já estava escalando o muro e pulando.
Os três caem deitados na grama do lado do outro.
— Vou ligar para meu pai vir buscar a gente. — Avisa Lilith pegando o celular.
Enquanto isso Cassius e Ramis estavam reunidos na sala de reunião com Kaleu e mais alguns homens da outra potência, a reunião estava prestes a encerrar.
— Quando a reunião acabar, dê uma olhada no que sua filha estava guardando na bolsa — Avisa Ramis entregando a pequena caixa a Cassius por baixo da mesa sem que ninguém percebesse.
Cassius a guardou sobre o colo, mas ficou curioso quando ouviu o nome de Lilith.
— Estava com Lilith? — Pergunta ele discretamente enquanto todos os homens estavam concentrados em seus contratos lendo.
— Sim, mas só olhe quando eles saírem, você tem que conversar com uma das rias dela depois que avaliar a situação. — Diz Ramis em seguida voltando a ler suas folhas.
Cassius curioso abriu a caixa apenas para olhar o que seria, ele franziu o cenho ao ver o objeto estranho, achava familiar, mas não reconheceu, ainda em seu colo virava o objeto de um lado a outro tentando o decifrar, até encontrar um minúsculo botão, quando Ramis viu já era tarde demais, Cassius por curiosidade apertou o botão e acabou jogando para cima.
— Bomba! — Grita Cassius caindo da cadeira logo após se levantando no mesmo segundo, enquanto o aparelho pula na mesa de reunião e todos os homens correm para o canto da sala em alvoroço sem saber para onde ir já que Cassius é quem estava perto da bomba e próximo a porta ao mesmo tempo.
— Calma! Não é bomba! — Avisa Ramis. — p***a, Cassius, eu disse para não abrir essa porcaria agora.
— Espera… — Murmura Frederick se aproximando enquanto o aparelho pula desgovernadamente, Ramis balança a cabeça negativamente para ele não dizer o que é. — Mas o que o vibrador monstro de Layane faz aqui? — Pergunta cético.
— Vibrador! — Rosna Cassius sem reação logo após.
— É… e para pegar essa porcaria…
— Está dizendo que isso é um vibrador? — Pergunta um dos homens enquanto Cassius ainda está sem reação encarando Ramis se contendo a bater nele, mas o mesmo dividia da mesma vontade de bater em Cassius.
— c*****o… Molly ganhou um desse, a sua mulher vive mandando essas coisas para ela! — Protesta Braston pegando uma cadeira.
— O que vai fazer? — Pergunta Ramis.
— Você consegue pegar isso? Segurar? — Pergunta tentando acertar o aparelho enquanto o celular de Cassius toca na mesa no modo silencioso.
Enquanto Braston espera o momento certo e acerta o vibrador o quebrando.
— Enfim… senhores, desculpem o alvoroço e desconsiderem o ocorrido. — Diz sem graça enquanto ouve uma risada do fundo da sala de forma estridente.
— Desculpem senhores. — Diz Kaleu tentando segurar o riso, mas as lágrimas quase vêm aos olhos, isso faz com que os outros acionistas acabem rindo após quase sufocarem ao se recordar do vibrador voando para um lado e Cassius para outro.
Eles saem em fileira e de forma cortês apertando a mão de Cassius e agradecendo pela reunião enquanto ele não sabe nem onde enfiar a cara.
Após todos saírem ele segue até sua cadeira e percebe que seu celular toca, ele sorri de forma amarga ao ver o nome de Lilith e empurra o celular para longe, em seguida começa a rir, mas nem Ramis, Kaleu , Frederick e Braston sabem se ele está bem.
— Ah vocês me fodem o juízo, às vezes penso que eu tenho que tirar umas férias! — Comenta se levantando.
— Mas eu disse que não era para abrir. — Comenta Ramis desconcertado.
— Eu sou uma piada para vocês? Eu virei uma piada para essa família? Não existe mais seriedade? — Pergunta aborrecido.
— Levando em conta que nossos filhos são… como dizer… complicados, a nossa vida mudou um pouco, é mais fácil lidar com a máfia do que com os filhos. — Comenta Braston.
Enquanto isso, finalmente a mãe de Breando aparece no quintal encontrando os três jogados na grama.
— Quem ele pensa que é? Não atendeu e desligou na minha cara. — Resmunga Lilith aborrecida.
— Quem são vocês? — Pergunta Wendi.
— Ah… a senhora é a mãe de brendo, não é? — Pergunta ao se levantar, então a mulher de 38 anos a encarou surpresa.
— Brendo…
— Ele tem te ligado, ele está m*l, sabia? Nem conseguimos ver ele porque ele estava trancado no quarto triste porque você não quer atender a ligação de seu filho. — Protesta Lilith.