Débora
—Pode gritar bonequinha, ninguém vai te escutar aqui atrás. — disse me jogando na parede com muita brutalidade. Dei um gritinho, sentindo minhas costas doerem.
—Por favor não faça isso. — implorei me debatendo porém ele continuou beijando meu pescoço apertado a minha coxa. — socorro, alguém me ajuda por favor. — gritei quase sem voz, sentia as lágrimas descendo por todo meu rosto.
—Grita mais alto. — disse me virando de costa segurando minhas duas mãos para trás. — porque isso vai ser dolorido. — falou levantando meu vestido e arrastando minha calcinha de lado.
—Não, não por favor, você não tem alma? Não faça isso. — senti um nó na garganta e minha cabeça latejava, todas as vezes que eu pedi ele para parar ele ignorava.
Ele beijava minhas costas, apertava minha b***a com uma mão, enquanto ele brincava com seus dedos dentro da minha v****a, sentia tudo ardendo, era como se tivesse me enfiando uma faca por dentro e rasgando tudo.
—Se prepara em gatinha, é agora que vem a parte pior.— disse colocando minha mão no seu pênis ereto e eu me desesperei.
—Não faz isso. — tentei me debate com todas minhas forças, mais em vão, pois eu era apenas uma mulher de dezessete anos medindo força com um homem.
—Que c*****o tá acontecendo aqui p***a? — alguém falou e o outro parou o que estava fazendo, foi um alívio enorme. — anda vacilão, me explicar essa p***a que tu fazendo, seu p*u no cu.
—Calma ai, a gente só está se divertindo.
—Ela pediu pra parar p***a, ela não está se divertindo. — ele continuou e eu não conseguir olhar para pessoa, eu estava com tanta vergonha porém tão agradecida.
—Acho melhor você não intrometer aqui, não tá vendo que eu tô ocupado? — perguntou e na mesma eu virei meus rosto, vendo entre lágrimas o rosto da pessoa que vinha até nós com muita brutalidade.
Era ele que estava lá, no mesmo instante eu comecei a chorar mais, me sentindo envergonhada, suja e usada.
Pensei que o alemão fosse bater ou algo do tipo, porém ele não esperou nem mais um segundo e puxou a arma da cintura, dando um tiro na cabeça do homem atrás de mim.
Eu gritei assustada com o barulho do tiro e logo minhas mãos que agora estava livre, foi para no sexo, enquanto eu chorava desesperadamente.
Arrumei a minha roupa que estava levantada me deixando exposta e me afastei do homem morto atrás de mim, tentando não ficar mais traumatizada.
Minhas pernas falharam miseravelmente, minhas mãos tremia muito e a minha boca estava seca, pedindo urgentemente um pouco de água.
—Tu tá de boa? — me tirou do transe que pareceu uma eternidade, não conseguia falar nada, só conseguia chorar. — vem, vou levar tu pra tua casa. — ele disse segurando a minha mão.
—Que isso chefe, o que rolou aqui? — um outro menino apareceu do nada encarando o alemão, eu e depois o homem morto no chão.
—Leva o presunto lá pro asfalto, joga em uma caçamba qualquer. — falou m*l olhando para o garoto, muito menos para mim, que chorava feito louca.
O garoto só assentiu, e saiu rapidão não faço a mínima ideia do que ele ia fazer.
—Pô, para de chorar mina, assim não dá. — disse nervoso passando a mão entre o cabelo, me fazendo ficar mais nervosa.
—Desculpa, mais eu não consigo andar, tá tudo doendo. — disse fazendo ele olhar para mim com espanto.
—Ih qual foi? Tu era virgem é? — disse e eu concordo, ainda chorando, ele pegou o radinho dele — Neguin trás meu carro aí, tô aqui atrás da quadra.
Depois disso foi um silêncio que doeu até a alma, o meu choro estava doendo até a alma. Só queria que isso acabasse logo.
Ele me levou até minha casa, como ele disse, desci do carro sem falar nada, destranquei a casa com o alemão do meu lado.
Dentro da casa eu subir para o meu quarto, indo direto para o banheiro, tirei a roupa que usava e joguei no lixo, não queria usar aquilo nunca mais.
No box com a água quente caindo sobre meu corpo, eu chorava me esfregando, tentando me limpar do toque daquele imundo.
Na minha cabeça nada fazia sentido, eu não merecia aquilo, não mesmo. Fiquei muito tempo no banheiro, me esfregando e chorando. Quando me sentia um pouco melhor, me enrolei na toalha e sair do banheiro indo direto pra gaveta de remédio.
Peguei um remédio para dor e tomei junto com a água da garrafinha que sempre tinha encima do meu criado mudo.
—Sua amiga te ligou. — disse chamando a minha atenção pra ele. — eu atendi ela é disse que tava suave contigo, mas aquela mina é só tilt, tu vai quebrar muito a cara com ela.
Eu tomei um baita susto, na minha cabeça ele já tinha ido embora a muito tempo, não tinha porque dele estar aqui. Encarei ele por um tempo, antes de responder.
—Obrigada por hoje, eu não sei o que teria acontecido comigo. — eu exitei um pouco antes de falar, era tudo tão confuso na minha cabeça. — se você não tivesse, sabe, chegado naquela hora. — digo virando o rosto, sentindo que iria voltar a chorar a qualquer hora novamente.
—Esquece aquilo, não vai te acontecer de novo. — ele da uma pausa me fazendo olhar para ele, que estava em pé na janela fumando. — tá suave se eu ficar aqui hoje?
—Acho que sim. — levantei para pegar um pijama no guarda roupa. — e de novo, muito obrigada. — agradeço e dessa vez ele só me olhou e não respondeu.
Fui para o banheiro, coloquei meu pijama e escovei meus dentes, só aí que percebi que eu ainda estava tremendo. Voltei para o quarto, ele ainda estava em pé na janela.
—Tu pode dormir aqui no meu quarto, eu durmo no quarto de hóspedes. — passei por ele para pegar umas cobertas.
—Precisa não pô, por mim tá de boa a gente dormir juntos. — disse e eu olhei para ele assustada. — mais sem maldade nenhuma, calma.
—Então tá, eu vou arrumar a cama. — sussurro tirando o edredom que estava por cima, para minha sorte, eu tinha me arrumado na Nivia, se não esse quarto estaria uma bagunça.
Coloquei meu celular para carregar e tranquei a porta, não queria correr o risco dos meus pais verem ele na minha cama.
—Pode deitar se quiser, precisa de alguma coisa antes? — perguntei sentando na beira da cama, ele n**a com a cabeça vindo em direção a cama.
Faço um coque no meu cabelo e me deito de barriga para cima. Sinto ele deitando do meu lado também, não tenho nem forças para olhar para ele, só puxo a coberta e fecho os olhos, querendo que tudo amanhã não passasse de um pesadelo.
Já tinha revirado na cama toda, não conseguia dormir de jeito nenhum, minha vontade era de chorar e de gritar para ver se essa dor passava.
Olhei para o homem deitado no meu lado, a expressão dele dormindo agora, era muito tranquila e sereno, nem parecia que havia matado um homem á algumas horas atrás.
A beleza dele era enorme, era óbvio porque várias mulheres caia matando encima dele, fora que para elas, ele é a galinha de ouro delas, credo.
Virei de costas pra ele é fiquei encarando o nada, a noite parecia que nunca ia ter fim. Tomei um baita susto quando ele me abraçou, e me puxando contra seu corpo, que era quente, seu cheiro era maravilhoso e seu abraço confortável.
No início fiquei sem reação, mas eu juro que nunca tinha me sentindo tão segura, igual estava me sentindo agora, pode ser só por ele ter me ajudado hoje? Sim!! Mas eu não queria que essa sensação acabasse. E sendo dessa maneira, eu acabei dormindo.
Acordei e ainda estava com os braços dele envolta da minha barriga, devagar tirei para não acordar ele e fui para o banheiro fazer minhas higiene matinal.
Voltei para o quarto, pegando meu celular e me deitando na cama de novo, bem devagar para não acordar o Alemão.
Já estava tarde e pelo visto meus pais não tinham vindo para casa, devem ter ido para o trabalho deles sem se despedir, mas tudo bem, não é a primeira vez.
Li as mensagens das meninas, respondi e desci para a cozinha para fazer café da manhã para as esfomeadas. Assei rapidinho uns pão de queijo, fiz café e misto quente, pois tinha um bolo pronto.
Ouvi passos na escada e rapidamente Alemão apareceu na cozinha.
—Bom dia. — eu disse meio sem graça. — eu fiz café, come alguma coisa aí.
—Tu tá suave?
—Eu tô melhor. — respondi meio que não querendo render o assunto de ontem.
—Tranquilo, tá esperando alguém? — perguntou me fazendo olhar para ele com cara de desentendida. — é por causa da quantidade de comida.
—Ah sim, minhas amigas estão vindo pra cá daqui a pouco, mas pode ficar tranquilo que elas ainda vão demorar. — murmurei e ele não falou mais nada, só atacou a mesa, coloquei os misto quente e o leite encima da mesa.
—Aproveita que tá quentinho. — me referi aos misto, sentei na cadeira a frente dele.
—Vai comer não? — falou me fazendo olhar para ele, encarei seus olhos, que agora estava diferente de todas as vezes que eu vi ele.
Ele parecia diferente, talvez seja pelo motivo de não conseguir ser carranca vinte e quatro horas por dia, ninguém consegue manter o personagem tanto tempo.
—Não, eu tô sem fome. — disse sem conseguir desviar o olhar dele, ele nem respondeu só acabou de comer
Levei ele até na porta de casa, o pessoal lá da rua ficou tudo olhando e fofocando entre eles, ah se meus pais descobrem.
—De verdade, muito obrigada por ontem. — disse assim que ele passou do portão.
—Precisa ficar agradecendo não pô. — parou é me encarou. — logo mais nós se tromba por aí. — disse com um aceno de cabeça logo entrando no seu carro.
Ele desceu o morro e eu fiquei parada olhando o carro sumir da minha vista, eu fiquei totalmente sem reação.
—Vai contar tudo pra gente, a mais vai. — olhei é vi Nivia é Yasmin quase pulando no meu pescoço.
—Contar o que? — me fiz de sonsa entrando para dentro de casa. — café da manhã de vocês já está prontinho ó. — grito pra elas indo para o meu quarto.
Passamos o dia inteiro na minha casa, contei tudo que aconteceu para elas, a gente já até chorou juntas, a Nivia ficou toda cheia de culpa, mas já passou.
—Por favor gata. — implorou quase chorando no meu pé. — só um pouquinho, prometo que nunca mais vou deixar isso acontecer.
—Nossa, foi culpa sua e agora tu tá pedindo um coisa dessas pra ela? Relaxa na p**a minha filha.
—Duas chatas, o coringa vai tá lá e eu só conseguir que ele rendesse pra mim ontem. — choraminga e eu revirei os olhos.
—Ta bom gente, nossa. — disse levantando bolada. — só queria ficar em casa tranquila, vocês vem ou não? — chamei elas que vieram correndo.
Tranquei a casa é coloquei a chave no bolso junto com meu celular, fomos caminhado para o bar que com certeza estaria cheio, devido ao jogo do flamengo.
Elas falavam animadas dos meninos que elas estavam pegando, só sabiam falar disso, não podem ver um um macho que fica com fogo no cu. Se minhas amigas começarem a namorar, eu vou perder elas bonito.
Chegamos no bar e tava uma bagunça enorme, fora a dificuldade que tivermos para passar entre a multidão que estava na rua.
Parecia que a comunidade toda estava no bar hoje. Misericórdia!
Segurava a mão da Yasmin forte com medo de soltar e me perder delas, de longe vejo o Alemão e as meninas indo na direção dele.
Minha mente ficou num eterno bug.
As assanhadas me soltam e vão correndo para os "boy" delas já fiquei olhando com cara de b***a para elas.
—Vem amiga senta aqui. — Yasmin me chamou para sentar do lado dela e assim eu fiz, com a minha melhor cara de b***a. — esse aqui é o Neguin. — diz me fazendo abrir um zoião, na hora me lembrei do vulgo dele.
Eu apenas sorrir sem graça e me sentei do lado dela a uns dois lugares aonde o Alemão estava sentado. Que ótimo.