capítulo 2

2051 Palavras
"Um brinde para Nós que lutamos incansavelmente pelos nossos sonhos." ¤Vickyara¤ Na novela da vida todos temos um papel, e acredite essa função que carregas é uma grande responsabilidade ainda que sejas o nerd o introvertido, o equilíbrio está na diversidade de personalidades, mas o papel desse condutor de ford automaticamente precisa ser revisado. Eu estava encharcada como se tivessem me atirado um balde com aguás paradas. Eu acredito no karma, esse com dutor de Ford ainda vai sentir. A primeira coisa que fiz ao chegar a casa foi tomar um banho, desta vez foi daqueles bem demorados, a conta de água, luz já está garantida, Eu mereço. Fiz um show daqueles comecei com as músicas dos anos 70 até a atualidade, não me interessa a opinião dos ecologistas, sempre fui uma amiga do ambiente. Quando terminei de vestir, lembrei que não havia nada na geleira, há dias que não como de forma certa, eu já tinha lido algures que quando se ocupa a mente com preocupações suga também a energia do corpo, de tal maneira que as funções normais do organismo ficam comprometidas que nem paixão. Resultado pareço um refugiada das guerras, até que sou uma refugiada de uma guerra nas pela instabilidade emocional e profissional. Todavia, de gastar o dinheiro da poupança com um jantar daqueles que mereço, vou passar do supermercado comprar uma perna de peru e uma garrafa de champanhe. Uma perna é demais para uma pessoa, é incrível que até nos momentos de felicidade não se quer passar isolada, todas as estações da vida são para ser compartilhadas, é por isso mesmo tive a brilhante ideia de jantar na casa da minha Mãe, consequentemente não precisaria de preocupar-me em cozinhar que ela mesma irá preparar a perna de Peru. Contudo, logo que cheguei ao bairro onde cresci com meus dois irmãos e meus pais lembrei dos grandes momentos da nossa infância, quando ainda estávamos juntos, isso porque meus pais divorciaram-se, não foi nada fácil aceitar que era o fim, isso foi quando completei 10 anos. Minha Mãe explicou que o amor entre eles não tinha acabado apenas saído de suas atenções, com isso fiquei com a ideia de que se saiu de suas atenções é porque um dia voltará, tive sempre essa esperança, até que dei-me por vencida com o andar do tempo, e agora os dois uniram-se a outras pessoas, pra mim isso foi trágico, pois sempre ouvi que o amor não acaba, é para sempre até que a morte os separe, então conclui que nada dura para sempre que palavras são palavras e nada mais, é que o Amor é só efeito hormonal e nada mais. — Trisha. Tomou coragem e decidiu vir comer aqui — Disse Mariah Carey, minha irmã do meio, n***a de cabelos carapinhosos e um corpo curvilíneo quem me dera, Eu era um p*u de vassoura comparada a ela. Até porque minha irmã é tudo de bom que falta em mim, ela era a simpatia de casa. Ignorei completamente seu comentário desagradavél, nada me abala, uma mulher empoderada profissionalmente, com as contas pagas, é a própria auto estima em pessoa. —Bem que podia ajudar-me com as sacolas . — Resmunguei, eu sentia que em algum momento ia rebentar a sacola das compras era tanto peso, e minhas pequenas mãos já não suportavam, Mariah Carey segurou a sacola da perna de peru, a porta de casa. —Mãe não vai acreditar quem veio nos visitar. -- Disse minha irmã, como se tivesse passado anos e anos. Isso era tudo implicância com o meu passado estado financeiro. — Trisha. Aposto que veio jantar connosco. -- Disse minha Mãe como sempre de implicância, por acaso eu vinha toda a vez que não estava disposta a cozinhar e não tinha nada na geleira. E ela veio me receber com um abraço forte, apesar de ser implicante minha mãe também era carinhosa. —Chega mãezinha, Eu trouxe um peru para o jantar e uma garrafa de champanhe. —Eu disse a desfazer-me dos seus braços calorosos . —Eu escutei bem? Champanhe? Alusivo ao que? —Indagou Mariah Carey, com seus olhos bem abertos de curiosidade como se eu tivesse dito alguma incredulidade. Não parece nada com a cantora Mariah Carey, se bem me minha irmã não se identifica nem um pouco, a minha mãe é quem é fã mas daquelas fanáticas, minha avó materna quando ainda estava em vida contou-nos que minha mãe fora capaz de desviar a contribuição para celebrar o dia das crianças para comprar um ingresso para assitir o show a diva sendo que ela era menor de idade. A história terminou de um jeito bem triste para minha mãe, passou uma noite na cadeia por posse de identificação falsa, e ainda levou umas boas bofetadas quando foi solta logo que chegou a casa. —Eu consegui arranjar emprego na multinacional GÊNICA .—Eu disse toda sorridente, e com a voz toda empodeirada como aquelas apresentadoras da lotaria, minha irmã e minha Mãe ficaram com cara de espanto, esperei por outra reação e de rompante elas vieram abraçar-me. Até eu quero me abraçar, e depois dizem que o dinheiro não traz felicidade, malditos ecologistas e palestrantes motivacionais. —Parabéns minha linda primogênita. —Disse minha mãe emocionada. Finalmente algo bom para minha mãe se orgulhar, porque de mim só preocupações e orações de súplicas, definitivamente eu era a desonra entre os meus irmãos. —Chega mãe! Melhor preparar o jantar, estou morta de fome. —Só de lembrar que a única coisa que tinha colocado no estômago foi aquele chá de limão e seguida daquelas águas negras. Contudo Preparamos o jantar, e quando colocamos a mesa, Zé Carlos, meu Padrasto chega na companhia de Michael meu irmão mais novo, sim a minha Mãe também era fã do Michael Jackson, ela sabe fazer perfeitamente aqueles passos, embora eu acho que Michael copiou no Billy ocean, se eu disser isso em voz alta ainda fico sem jantar de castigo. Antes que se questionem sobre o meu nome, eu sou xará da minha Avó, se calhar por isso que não há muito brilho em mim, mas pensando bem é bem melhor que ser xará de alguns músicos com uns nomes bem duvidosos. —Humm, que cheiro bom! É Natal e eu não sei. — Disse meu padrasto sempre com umas piadas sem graça, pra mim ser humorista está fora dos planos de Deus pra ele. Assim, até parece que nesta casa só se come bem no Natal. —Tudo bem Tio? —Cumprimentei a depositar uns beijinhos naquele rosto coberto de barbas, Eu nunca entendi como existe mulher que gosta de barbudo, é sério parece até que estou a entrar em uma floresta. Eu nunca consegui chamá-lo de Pai, só tenho um Pai e pronto. Não o falto respeito e isso é suficiente, lembro no inicio minhas tias diziam para mim chama ele de pai deixa de ser m*l educada, O facto é que eu herdei os genes da minha avó, ela era sempre transparente, não tinha isso de mascarar sentimentos e atitudes para ser bem vista, mas às vezes parecia chata, mil vezes chata sincera do que uma simpática falsa. — Estou Muito feliz em vê -la. —Ele disse enquanto ocupava o lugar na mesa que um dia foi do meu Pai. Eu nunca entendi bem isso de substituir pessoas, como se faz isso? Pra mim ninguém é substituível, se calhar por isso que continuo solteira, ainda a sonhar com um reencontro da paixão do passado. —Desta vez Trisha veio tão cedo, ainda não é Natal. —Disse Michael. A implicância é coisa de família por isso de estar habituada, chega até ser engraçado. Me sinto igual aquelas protagonistas dos filmes de Natal que só aparecem na data para visitar a família, e vem com um namorado de mentira para não ser criticada pela família —O Pai Natal decidiu vir mais cedo este ano.— Eu disse assim que sentei na mesa de jantar. —A Trisha conseguiu emprego, numa multinacional — Contou minha Mãe muito emocionada. Agora sei que a alegria de um filho é deixar os pais orgulhosos de si. Zé Carlos ficou com os olhos brilhantes, e veio logo com um abraço. O dinheiro não é tão mau como dizem, era para ser uma piada mas soou como se eu fosse materialista. Engraçado estou a julgar-me mentalmente, acho que estou a ficar madura. — Parabéns minha menina, fico muito feliz, se tivesse me contado cedo eu traria uma garrafa de Moët. — Disse Zé Carlos muito emocionado. O meu champanhe não é moet, mas custou mais caro que o peru. — Então podemos comer para a comida não esfriar.— Disse o puxa saco do meu Irmão, coberto de razão. — Mas antes Trisha fará a Oração. — Disse minha Mãe, prontos Eu sabia que ia sobrar para mim. A refeição estava saborosa, não existe melhor comida do que de uma Mãe, não é só mãos a suar e mexer as colheres de p*u, tem muito Amor envolvido. A alegria de uma Mãe é cozinhar para sua Família e saciar o estômago e a Alma com o Amor depositado na preparação da refeição . —GÊNICA?, hum, Eu conheço o director administrativo, ele é o filho do melhor amigo do meu pai. — Comentou Zé Carlos a exibir a sua rede de contactos, eu estava orgulhosa por saber que tinha conseguido por mérito próprio, não tinha mão de ninguém envolvida, coisa que é muito raro acontecer nos dias de hoje, tudo era a base de ligações até nos hospitais públicos, muitas vezes deixavam passar aquele que era conhecido da recepcionista ou do médico, aquele cidadão sem um nome de referência, que levantara bem antes do g**o cantar ficava para trás, e os políticos ainda vem com a conversa que o jovem que deve odiar a pobreza, que o lugar do jovem não é de reclamação. Como se os melhores lugares são para os filhos do presidente da república e governantes de estado. Robem o país mas não venham com discursos moralistas e motivacionais se vocês próprios não sabem dar exemplo. Entretanto, terminamos de jantar, e a nossa conversa foi interrompida porque a minha mãe e minha irmã eram as donas das novelas, estavam entretidas de tal maneira que nem me davam a mínima, nunca fui fã de Novelas pior mexicanas, é tanto drama, como sempre duas dondocas a lutarem por playboy, e ainda acreditam que podem mudar ele, e o pior de tudo é que a felicidade dos protagonistas só é vista no final da novela, sem falar que terminam todas grávidas e com um casamento de praia. — Já está tarde preciso mesmo de voltar para casa, amanhã é meu primeiro dia de trabalho. — Eu disse a despedir os meus familiares, Minha mãe chegou quase a convencer-me a dormir aqui, mas quando lembrei que o meu material estava todo na minha casa, recusei a proposta. era sempre bom estar em casa, afinal de contas não existe melhor companhia se não a de nossos parentes, e o bom disso é que podia ser Simplesmente" Eu" aquela menina desajeitada sem precisar maquiar a minha personalidade, um brinde para nós!!! Portanto, cheguei a casa me deparei com o facto de que eu não sabia o que vestir amanhã, eu devia ter comprado um bom par de sapatos e uma camisa nova, não mas a inconsequente aqui torrou todo dinheiro com comida. A minha camisa confiada é a que foi regada com águas negras, eu prometo a mim mesma que na próxima reencarnação eu serei mais organizada, mas uma coisa é séria entre gastar com roupa e comida, eu prefiro comer, sei lá, aquele momento embora temporal era especial. Depois de muito me debater com a roupa acertei na combinação agora estou a tentar arrumar a minha casa, o que não é uma acção normal, na verdade eu estou a sofrer com ansiedade que sinto uma necessidade enorme de fazer alguma coisa, era como se havia alguma coisa em falta, nada disso, são as expectativas que estão a ser geradas na minha mente que estão a dar me força para varrer em baixo do tapete. Quer saber tudo vai correr perfeitamente, um brinde para mim.
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