Capitulo 5

1027 Palavras
Robert Eu estava terminando de ler meus e-mails e organizando minha agenda para fechar um contrato importante com a Müller Holdings, quando percebi que o arquivo que Vanessa prometera enviar – o relatório com todas as propostas – não estava em minha caixa de entrada. Fiquei momentos em silêncio, absorvendo a sensação de que algo estava errado. Com o dedo hesitante, passei a mão pelo telefone e gravei uma mensagem de áudio: – Vanessa, aqui é Robert. Você não me enviou o arquivo da proposta que prometeu. Por favor, verifique isso o quanto antes. Eu esperava uma resposta rápida, mas os minutos se arrastaram. Quando finalmente soou uma notificação, meus olhos se arregalaram ao ver que, em vez do documento, recebia uma sessão de fotos. Ao abrir o anexo, minha respiração acelerou. Naquelas imagens, a mulher que ali aparecia era completamente diferente daquela que eu havia observado mais cedo no almoço. Ela estava nua, com os cabelos soltos, e uma sensualidade que transcendia o comum. Cada foto exalava uma aura de elegância e mistério, algo que beirava uma obra de arte. Meu coração começou a bater mais rápido, e por um instante, o ambiente ao meu redor desapareceu. — O que ela pretende com isso? – pensei enquanto revisava cada imagem com avidez quase incontrolável. Não sabia ao certo se aquelas fotos eram uma forma de presente, um convite ou mesmo uma tentativa de me convencer a fechar o contrato. O que era certo, no entanto, é que meu sangue ferveu com aquelas imagens; havia algo nela que me chamava de uma forma irreprimível. Eu comecei a escutar cada detalhe, cada ligeiro traço de sua expressão capturada nas fotos. Enquanto olhava, minha mente se enchia de perguntas: Será que aquilo era para me conquistar profissionalmente? Mas, à medida que a série prosseguia, a última imagem se destacou. Nela, a mulher estava deitada, nua debaixo de um lençol, uma visão que despertava em mim uma curiosidade incontrolável e uma vontade quase instintiva de querer saber mais, de descobrir o que estaria por baixo daquele tecido. Eu me vi incapaz de desviar o olhar. Cada vez que o telefone vibrava com uma nova notificação ou mensagem, eu forçava meus dedos a deslizar de novo pelas fotos, como se a repetição pudesse me dar alguma pista sobre a intenção por trás daquele presente inesperado. – Vanessa, o que isso significa? – repeti para mim mesmo, confuso, enquanto formulava o que responder. Em um impulso de frustração e fascínio, decidi gravar uma nova mensagem de áudio, tentando manter um tom profissional, embora meu tom de voz traísse a inquietação: – Vanessa, recebi as fotos… E preciso entender, com urgência, o que isso significa para a proposta. Estou tentando fechar esse contrato e essas imagens não fazem sentido para o escopo do nosso negócio. Explique o que você quis dizer com elas. Eu esperava uma resposta, mas o silêncio do outro lado parecia mais carregado que qualquer palavra. Por um breve instante, fiquei ali, com o telefone na mão e o olhar fixo na tela, dividido entre o desejo de descobrir o significado por trás daquele gesto e a necessidade urgente de retomar o foco naquele contrato. Confesso que, naquele momento, uma parte de mim se entregou à tentação de explorar mais aquelas imagens. Era como se, de alguma forma, elas tivessem o poder de me transportar para um universo onde tudo era belo, onde o convencional e o profissional se misturavam a uma paixão quase palpável. E, por mais absurdo que pudesse parecer, a última foto – aquela, com o lençol –, incendiava minha imaginação de forma irresistível. Era como se cada fibra do tecido escondesse um segredo, como se a simples ideia de puxá-lo despertasse em mim uma vontade de ir além dos limites do que é permitido em um relacionamento de negócios. Por dentro, a luta era intensa. Eu sabia que precisava manter a compostura, que aquele erro – ou essa ousada tentativa de sedução – poderia comprometer uma negociação que tanto almejava. Entretanto, a imagem permanecia gravada em minha mente, repetindo-se como um convite silencioso para um mistério ainda não desvendado. Agora, diante desse dilema, me vi forçado a repensar não só o contrato, mas o que estava por trás da atitude de Vanessa. Seria aquilo parte de um plano para me conquistar, mesmo que de forma inusitada? Ou seria apenas um erro, uma falha de comunicação em meio à correria do dia? Por um momento, perdi a noção do que era profissional e do que era pessoal. O telefone em minhas mãos era simultaneamente fonte de um embate entre o dever e a tentação. Eu não sabia se deveria insistir na explicação ou se permitir, mesmo que por instantes breves, me deixar levar por aquele misto de surpresa e desejo. E, enquanto o tempo continuava a passar, a decisão parecia ficar mais difícil a cada notificação que surgia, relembrando-me de que, ali, em meio a contrastes e ambiguidades, talvez eu estivesse diante de um novo capítulo – inesperado e transformador. Eu me deixei levar por um momentop de loucura, tranquei a porta, sentei na cadeira abri as calsas e me toquei olhando aquelas fotos, o desejo queimava em minh aa pele e em segundos eu goizei olhando para seus s***s e seus b***s morenos. Ainda assim, a necessidade de fechar o contrato com a Müller Holdings era uma prioridade inegável. Minha mente, dividida entre o rigor dos negócios e o magnetismo perturbador das imagens que acabara de receber, não conseguia se decidir. Sabia que precisaria de respostas, de clareza, mas, naquele exato momento, meu coração insistia em continuar a revisitar cada foto, absorvendo cada detalhe daquele enigma sedutor. Assim, fiquei ali, entre o trabalho e a tentação, esperando que Vanessa me ligasse ou respondesse, enquanto eu lutava para equilibrar o profissional com o inexplicável e intenso desejo que aquelas imagens despertavam. E, nesse conflito, percebi que, às vezes, o destino coloca em nossos caminhos surpresas que desafiam a lógica – e que, por mais que tentemos permanecer racionais, somos sempre humanos o suficiente para sermos tocados por algo tão inesperado e, ao mesmo tempo, irresistivelmente belo.
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