O amanhecer trouxe consigo uma neblina fria e densa que envolvia a costa da Sicília. O sol m*l se esforçava para atravessar o véu cinzento, lançando uma luz fraca e pálida sobre a paisagem. A casa de Mateo, aninhada em uma curva isolada da praia, parecia ainda mais sombria sob a penumbra, refletindo o estado de espírito de seu dono. Ele m*l havia dormido; o estresse das últimas noites transformara horas em segundos e sonhos em pesadelos de realismo sufocante. Cada batida do relógio soava como um martelo contra sua sanidade. Foi com essa inquietação constante que Mateo ouviu uma batida na porta de sua sala de estar. O som era firme, mas respeitoso, e ele já sabia quem era antes mesmo de abrir. Lorenzo entrou, a expressão séria e os olhos atentos como de costume. Carregava uma pasta preta e

