Salvatore - Chefe da máfia

Girei o anel em minha mão.. Ele era a representação viva do que eu tive que fazer, não só por mim, mas também pelo meu irmão e consigliere. Eu não me arrependia de nada e faria novamente se caso fosse necessário.. Alguns me consideravam um monstro, mas eles nem sabe o que é um verdadeiro monstro e onde ele realmente pode estar.. Ninguém sabe quantas formas ele é capaz de assumir, quantos abusos é capaz de cometer. —... A minha esposa acha que damos conta e com a sua ajuda —o homem a minha frente falava, os deveres de um chefe da máfia iam bem mais além do que os negócios exclusos.. Olhar pelo nosso povo também era um dever. Tudo bem que tínhamos vantagem sobre aquilo, mas eram os ossos do ofício. —Um restaurante.. Você acham mesmo que vão dar conta com tantos por aí, qual seria o diferencial de vocês? —Romeo perguntou ao homem, por mais que não quisesse ele tremia só de estar em nossos presença.. Tudo bem, na minha presença. Romeo era bem mais fácil de lhe dar do que eu e tinha consciência daquilo. Ele era mais calmo e controlado, por isso era meu consigliere, não era só por ser meu irmão.. Ele merecia aquilo. —O amor que a minha esposa tem em cozinhar —levantei a sobrancelha, quantas histórias como essa eu já vi e no fim.. Tudo terminava em dívidas milionárias, mas eu não gosto de perder dinheiro então eu tirava o meu investimento de um jeito ou de outro. —Você sabe que se não der certo.. —deixei vago e nem era preciso que eu terminasse, ele assim como os outros sabiam o que acontecia. —se der certo os lucros serão divididos por igual —falei —é pegar ou largar.. Estou lhe dando a última chance de reconsiderar —eu geralmente não fazia aquilo, mas o homem me parecia honesto e era humilde.. Se desse certo era uma oportunidade de dar uma vida melhor aos filhos.. Se não desse infelizmente iria perder tudo e eu não perdoava independente da situação que fosse. —Eu.. Eu sei —falou e eu balancei a minha mão, em um gesto que indicava que ele poderia sair da minha frente. —Você deu uma chance a ele de recuar —Romeo falou e aquilo não era uma pergunta, ele sabia realmente que eu tinha feito aquilo. —o dono do Palazzo hotel não esta achando justo a divisão dos lucros —ele falou enquanto sorvia uma dose do seu uísque. —Eu acho que ele está precisando de uma visita —meu irmão deu um sorriso por trás do copo.. Ele sabia o que aquelas visitas significavam. Eu podia dizer que o meu irmão gostava daquele tipo de intimidação, bem mais do que eu. —eu deixei bem claro que ajudaria a reerguer aquele lugar.. Com uma grande participação nos lucros. —Você mesmo vai até lá? —ele questionou e eu balancei a minha cabeça em concordância, geralmente eu mandaria Romeo ir.. Mas eu precisava ir a Florença, como a minha propriedade ficava um pouco afastada, pois a segurança ali era mais garantida e eu não podia descuidar da minha segurança.. Nenhum chefe deveria fazê-lo. —Vou aproveitar e visitar uma das boates —ele balançou a cabeça.. Por mais que eu quisesse Romeo ao meu lado, meu irmão tinha um apartamento em Florença.. Ele odiava viver mais afastado como eu fazia, mas aquilo também não queria dizer que ele viviam em orgias.. Não era atoa que era o meu consigliere. —Te vejo amanhã, Fratello —ele saiu sem esperar uma resposta, ela sabia que não a teria. Quando o dia raiou, os meus homens já estavam à postos sob ordem de Romeo.. Eu achava que eu era paranoico em se tratando de segurança, mas acontece que ele era bem pior do que eu. A conversa com Giacomo foi breve.. Bem mais do que eu esperava. —Isso aqui não teve a menor emoção —meu irmão falou me fazendo soltar um riso nasalado. —O que me lembra.. Os Petrov —esperei que ele concluísse, estava sentado ao lado dele no carro. Íamos em direção a boate, eu precisava ver o funcionamento do lugar e os lucros.. Eu tinha sociedade em vários setores, mas as boates rendiam muito. —eles querem encontrar você.. Principalmente depois de saber que tem a ver com a prisão do deputado brasileiro. —Eu não confio nos irmãos! —falei e ele fez um barulho com a boca.. Ele tinha a mesma opinião. Eu havia ajudado Lorenzo a uns meses atrás.. Parece que aquilo era bem mais complexo, já que o filho da p**a que sequestrou a mulher do meu primo, tinha envolvimento coma máfia Russa.. Eu só podia dizer que ele estava totalmente perdido, os russos não tinham um pingo de remorso. —Ninguém confia naquelas escória.. Mas acho que eles querem alguma coisa, por termos trapalhado os negócios deles com o crápula do brasileiro —meu irmão falou e eu abri um sorriso. Enquanto o carro parou eu fiquei totalmente atento ao lado de fora da minha janela.. Eu já havia sido emboscado em um carro antes e não queria que aquilo voltasse a se repetir. —eu acho que.. —as palavras do meu irmão perdeu totalmente o sentindo para mim, no momento em que eu vi uma massa de cabelos louros.. Pernas perfeitamente torneadas e esguia, s***s deliciosamente médios e uma b***a que faria qualquer um parar apenas para admirá-la.. Eu não podia ver tudo, mas apenas aquilo foi o suficiente para me deixar totalmente instigado —o que está fazendo? – a pergunta chocada veio de Romeo, no momento em que eu abri a porta do carro sem me importar com nada. A garota que chamou a minha atenção estava vidrada em algo no seu celular.. Segurava uma garrafinha de água na mão livre, algo me dizia que ela era turista. Aquele era o meu tipo favorito.. Mas acontece que mesmo sem ver aquela eu a queria por mais tempo do que eu já quis qualquer uma outra. —Está perdida.. Princesa? —falei em inglês, como era uma lingual universal e eu não tinha ideia da sua nacionalidade aquilo era o mínimo. Olhos cinzas me encararam fazendo-me dar dois passo para trás. A beleza daquela mulher era estupenda.. De perto ela era tudo o que eu notei e mais um pouco.. Eu a queria e ela seria minha, pelo tempo que eu determinasse.