O caminho até meu destino é silencioso, nem Diogo e nem Matheus não me dizem nada sobre o porque precisam de mim.
Percebo que chegamos quando enormes portões se abrem automaticamente e o carro entra em um condomínio com enormes casa.
Cada casa era uma mais linda que a outra, eu estava tão encantada que não percebi que o carro para em frente a um casarão.
Com certeza aquela era a casa mais linda que eu já tinha visto.
Essa é uma casa que chama a atenção, ela era totalmente feita de pequenos tijolos, e na entrada tinha duas enormes colunas. A grande porta de madeira, as janelas de vidro, todo o acabamento da casa.
Era surreal, a casa dos sonhos de qualquer pessoa.
O enorme jardim tinha diversas variedades de flores e um pequeno chafariz.
Saio do carro e fico admirando tal obra dos homens
- Lindo né? - Pergunta Diogo.
- Incrível. - É a única coisa que sai de minha boca.
Se a casa era incrível por fora, você cairia para trás ao ver por dentro, a casa tinha cores bem neutras que se alteraram entre o branco, preto e creme.
- Vem depois você termina de olhar a casa. - Diogo aparece atrás de mim.
Else me guiam até o andar de cima, onde ao final da escada paramos em uma corredor repleto de portas, ele vai me puxando até o final do corredor onde paramos em frente a uma porta.
- Aqui é onde você ficara por um certo tempo. - Ele abre a porta.
O quarto não é tão grande porém não poderia reclamar pos vivia em uma situção pior.
O quarto era formado por paredes brancas e com uma linha fina dourada, tinha uma cama de casal box e uma pequeno guarda-roupa brancos.
- Se te fizer mais a vontade você pode mudar o que quiser. - Ele diz vendo minha reação.
- Tudo bem, eu gostei. - Entro no quarto e me sento na cama. - Agora pode me falar o que está acontecendo?
Ele cruza os braços e pensa antes de falar.
- Bem é o seguinte....
- Já falou para ela? - Matheus aparece atrás de Diogo perguntando.
- Eu ia falar agora. - Eles se olham por um tempo indeterminado e eu começo a ficar nervosa.
- Dá pra falar logo, estão me deixando curiosa. - Digo já impaciente.
- A história é o seguinte, meu irmão precisa de uma esposa. - Matheus começa.
- Por que? - Interrompo ele.
- Porque ele precisa casar...
- Casar? Eu não vou me casar... - Interrompo ele novamente.
-- Se você me interrompe mais uma vez arranco sua língua. - Arregalo os olhos e faço um gesto como se eu estivesse fechando a boca com um cadeado e jogando ela fora. - Meu irmão precisa de uma mulher para casar, pois meu pai querer tirar o cargo dele e entrega para o meu primo, só por que ele não tem uma mulher e um filho, então resolvemos arrumar uma mulher para fazer um acordo...
- Que acordo? - Pergunto.
- Casar com ele, mas é só por 1 ano, depois disso vocês se separam e cada um pro seu lado. - Ele me explica tudo, como ocorreria a cerimônia e o que eu poderia fazer depois de tudo, ouço tudo com atenção porém bem desconfiada.
- Cada um pro seu lado como?
- O documento que vocês assinaram no altar, não será verdadeiro, então assim que se completar um ano você poderá ir embora, ele dará um certo dinheiro para que você possa fazer sua vida bem longe daqui.
- Só por 1 ano?
- Talvez 2 anos, mas até meu pai larga do pé dele e ele pega o cargo dele definitivamente.
Penso em todas as consequências dos meus atos, de tudo que poderá acontecer dentro de um ano.
- Onde assino?
- O advogado que cuidará desse contrato chegará dentro de 1 hora, ele explicará tudo e tirara suas dúvidas para que você possa ficar tranquila ao assinar.
- Acho justo, mas uma coisa que me deixa curiosa, que cargo que tão importante seria esse para seu irmãos fazer tal loucura de se casar com uma desconhecida?
- Ele é herdeiro da máfia "Lobos do Deserto".
- É o que?
- Isso mesmo, meu irmão é chefe herdeiro de uma das maiores máfias da Itália.
- Eu não posso me casar com um chefe de máfia.- Digo indignada. - Isso vai contra toda minha índole.
- Se você acha que sua índole é mais imprtante que sua liberdade, poderíamos te devolver ao Isaac e quem sabe trazer aquela sua amiga loira. - Matheus fala calmo.
Minha índole vale mais que minha liberdade?
Penso sobre todos os prós e contras de tal ato e penso que não poderia ficara pior.
- Tudo bem, eu me caso, mas ficará mais caro para seu irmão e quero colocar algumas cláusulas nesse contrato. - Digo decidida.
- Se essa é a sua vontade, assim seja feita. - Matheus fala com um sorriso vitorioso.
[...]
- Aonde eu poderia tomar banho? - Pergunto.
Preciso fazer algo antes que eu me enlouqueça.
- Naquela porta tem o banheiro e nesse guarda roupa tem as roupas que você usará. - Abro o guarda-roupa e vejo muitas roupas.
Muitas delas são lindas e bastante elegantes, diversos vestidos que me parecem custar os olhos da cara estão pendurados em cabides.
- Uau!! Que vestidos lindos, de quem são? - Pergunto pegando um dos vestidos.
- Da falecida do meu irmão.- Matheus fala e jogo o vestido de volta no guarda-roupa.
- Eu não vou vestir roupas de gente morta!! Deus me dibre. - Digo fechando as portas do guarda roupa.
Os dois dão risada da minha cara.
- Acho que minha irmã deixou algumas peças de roupas aqui, irei verificar e já volto se quiser já ir entrando no banho, fique a vontade.
Eles saem e me deixam sozinha no quarto.
Aonde estão me colocando?
Abro a porta do banheiro e vejo uma enorme banheira.
Ai que maravilha.
Apesar de super querer tomar um banho de banheira, me seguro e apenas tomo uma ducha.
A água quente cai sobre minha pele e refresca meus pensamentos que pareciam não seguir uma única linha de raciocínio.
Quando saio do banho vejo um vestido branco e uma sandália me visto e prendo meu cabelo num r**o de cavalo, saio do quarto para conhecer mais a casa, sigo pelo corredor e uma porta meia aberta me chama a atenção.
Entro no quarto e observo, o quarto é totalmente preto e bem grande, as cortinas estão fechadas, fazendo com que eu não enxergue nada, vou até as cortinas e abro.
A linda imagem de um quintal é vista da varanda, a uma enorme piscina e em volta dela vejo um pomar.
Volto a olhar pro quarto e observo que tem duas portas, uma delas deve ser o banheiro e a outra eu não faço a mínima ideia do que seja.
Olho para a grande cama convidativa, e sinto a enorme vontade de deitar nela, começo a rolar pela cama e meu corpo relaxa instantaneamente.
O cheiro de menta com algum tipo de perfume forte invade minhas narinas.
Depois de alguns minutos me sento na cama e observo ao redor vejo um quadro em cima da escrivaninha.
Um lindo casal, o rapaz é alto e forte, seus olhos verdes estão direcionados para a loira, seus cabelos negros estão bagunçados e ele se veste casualmente, seus braços fortes passam pela cintura da mulher que sorri largamente, seus cabelos loiros parecem estar voando e seus olhos azuis também estão direcionados para o rapaz.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Levo um baita susto e acabo derrubando o quadro.
Fazendo com que ele se quebrasse ao meio, olho para a pessoa que me assutou e vejo Matheus.
Seus olhos estão arregalados e seu rosto parece estar pálido.
- Esta ficando doido homem? Como você chega assim? - Falo enquanto pego o quadro.
- Se meu irmão descobre que você esteve aqui, ele me estrangula e te estrangula também. - Ele pega o quadro de minhas mãos e vê o estrago. - Aí meu Deus você é uma pessoa morta.
- Aí Credo Matheus, não fica falando isso. - Faço um sinal de cruz.
- Esse quadro é importante para o meu irmão.
- Quem são?
- Ele e a ex-noiva. - Ele abre a última gaveta da pequena cômoda e coloca o quadro escondido. - Espero que ele não sinta falta.
- Por que ex-noiva? - A essa hora minha curiosidade está a mil.
- Ela morreu.
Pronto, ele matou ela.
- Ele matou ela? - Pergunto assustada.
- Claro que não. - Fala me empurrando. - Me ajuda a arrumar essa cama.
- Ela morreu do que?- Pergunto ajudando ele a arrumar a cama.
- Não posso falar.
- Ah qual é? Por que não posso saber? Eu que viverei com ele durante um ano. - Jogo o travesseiro nele.
- Tá bom, mas não conte pra ninguém. - Ele diz jogando de volta o travesseiro.
- Eu não conheço ninguém seu tapado. - Ele me lança um olhar mortal e me arrependo na hora. - Me desculpe pelo xingamento.
- Tudo bem, Eu tinha viajado então não sei muito bem, o que eu ouvi falar foi que estava chovendo no dia do acidente e que eles estavam brigando, não sei o porque ele nunca nos falou, então ele não viu que vinha um caminhão na direção dele e acabou que batendo eles resistiram ao acidente então foram levados para o hospital ele só tinha alguns arranhões por que estava de cinto já ela não, entro na UTI e deve um ataque cardíaco e não conseguiu resistir e morreu, quando ele soube quase morreu e só minha mãe conseguiu acalma ele, mais tarde ele descobriu que ela espera um filho dele então ele ficou mais revoltado e depois desse dia ele nunca se envolveu com ninguém apenas saia pegava todo mundo, pegou firme na máfia, abriu uma empresa para ele e é disso que ele vive até hoje, nunca quis um relacionamento sério.
- Que tenso!! Mas por que quer uma noiva agora ??
- Como eu já falei, meu pai quer que ele tenha uma família porque se ele não ter uma família a máfia não vai passar de geração para geração e acabará ficando com qualquer um e meu pai não quer isso.
- Nossa seu pai não entende que isso é um assunto difícil para seu irmão?
- Isso já faz 5 anos e ele não supera, meu pai não só está fazendo isso pela máfia e sim para que meu irmão tenha uma vida.
- Mesmo assim, seu pai não pode usar a máfia só para conseguir que ele se case.
- Ele pode como já está fazendo.- Ele me olha e lembro que é por esse motivo que estou aqui.
- Tô com fome.- Falo mudando de assunto.
- Então vamos comer. - Ele termina de fechar as cortinas e saimos do quarto.
- Cadê o seu outro amigo? Ele também é irmão seu?
- O Diogo? - Concordo com a cabeça. - Ah não, Diogo é adotado pelos caseiros da fazenda em que meu pai comprou, mas sempre vivia brincando comigo e meu irmão e bem ele se tornou alguém da família, por isso consideramos ele mais que apenas um amigo.
- Ah sim, e onde ele está?
- Ligando para o meu irmão pra avisar que você já está aqui.
Percebi que não sei o nome do irmão dele.
- Sei que já deveria saber, porém em nenhum momento falámos sobre o nome do seu irmãos.
Ele sorri e entramos na cozinha.
- Gustavo Augusto ou Augusto como ele gosta de ser chamado. - Fala indo até a geladeira e eu me sento em um dos bancos da pequena mesa.
- Por que não Gustavo?
- Ele odeia que chame ele de Gustavo, diz ele ser muito íntimo e bem ninguém é tão íntimo dele assim, nem mesmo a família.
- Ok entendi, meu futuro marido se chama Gustavo.
Ele levanta a cabeça para me olhar, seu semblante mostra um grande sorriso.
- Porque eu tenho a absoluta certeza que será uma grande aventura tudo isso? - Dou de ombros e ele sorri ainda mais.