Capítulo 2

2175 Palavras
Melissa Um sequestrador misterioso entra no banheiro masculino, e eu vou cambaleando atrás dele, como se não tivesse um pingo de amor à vida. O lugar não está lotado, mas todas as cabeças se viram na nossa direção, como um bando de pássaros horrorizados encarando um predador. A tensão no ar é quase palpável. Ele me larga perto das pias, e eu sinto como se estivesse prestes a entrar em combustão espontânea quando mais dois homens enormes entram logo atrás. Estão vestidos de preto, sem uniformes definidos, mas eu reconheço o tipo de imediato. Executores. Homens pagos para serem intimidadores e, quando necessário, violentos. Eles se movem com precisão e eficiência, começando a esvaziar o banheiro sem dar margem para discussão. — Todo mundo, fora daqui — um deles ordena, sem se preocupar em ser educado. Os pobres coitados que estavam ali tentam terminar o que estavam fazendo às pressas, mas são praticamente empurrados para fora. Nenhuma nova alma tem permissão para entrar. Em questão de segundos, estou sozinha em um banheiro masculino, cercada por azulejos frios e um estranho de quase dois metros de altura que ainda está um pouco úmido e absurdamente atraente. Os alarmes mentais disparam. Eu sou um produto da minha família, cresci cercada por esse mundo e sei bem o que significa um homem que anda com guarda-costas. Se estivéssemos em qualquer outra boate, eu talvez não estivesse tão preocupada. Mas aqui? Aqui é diferente. Meu irmão é dono deste lugar. Ele, um nome importante dentro da família Rosselini. O ambiente costuma estar repleto de mafiosos e figurões do crime organizado. Se alguém do meio soubesse que estou sozinha em um banheiro com um desconhecido, eu estaria condenada. — Eu não sabia que você tinha uma comitiva — consigo dizer, tentando disfarçar meu nervosismo. Minha excitação está diminuindo conforme a realidade da situação se instala, e começo a me perguntar se deveria ter tentado resistir mais. Ele ignora minha provocação e puxa um punhado de toalhas de papel. — Seque-se. Nunca diga que não sou um cavalheiro. E lá está aquele maldito sorriso de novo. Discreto, quase imperceptível, mas presente. Agora tenho certeza absoluta de que ele está brincando comigo. Tenho apenas uma fração de segundo para decidir como isso vai se desenrolar. Eu poderia correr para a porta e gritar até que a segurança viesse me socorrer. Poderia usar todas as técnicas de defesa que meus irmãos me ensinaram e enfiar os dedos direto na traqueia desse filho da p**a. Ou… Eu poderia jogar o jogo. Fazer algo i****a. Algo imprudente. Algo que provavelmente poderia me matar. — Você fez a bagunça — digo, sentindo minha própria voz parecer distante, como se meu cérebro já não tivesse controle sobre minha boca. — Você limpa. Arqueio a sobrancelha e curvo os lábios, desafiando o bastardo a ver até onde ele teria coragem de ir. Meu coração martela quando ele dá um passo à frente, e de repente minha b***a está pressionada contra a pia enquanto ele me encurrala com o próprio corpo. Ele é imenso, mais quente do que deveria ser, e o olhar que lança sobre mim não tem nada de brincalhão agora. Ele parece perigoso. Feroz. O tipo de homem que não aceita ser desafiado. — Repete — ele ordena, a voz rouca. Eu engulo em seco. — Eu disse pra você me limpar. Meu tom não tem mais tanta certeza agora. Estou começando a me perguntar se interpretei a situação completamente errado. Talvez ele não esteja achando graça. Talvez eu tenha passado dos limites. Penso em me esquivar, mas ele coloca as mãos nos meus quadris e, com uma facilidade ridícula, me ergue e me senta no balcão frio. Minha respiração fica presa na garganta. Meus olhos vão até a boca dele, que se entreabre levemente quando ele lambe os lábios, estudando-me dos pés à cabeça. Seu olhar percorre minha boca, minha garganta, meu peito e segue até minhas pernas, que ainda estão úmidas e pegajosas de álcool. Eu solto um pequeno gemido quando ele empurra a bainha do meu vestido para cima, parando apenas quando m*l sobra tecido cobrindo minha calcinha. — Tem certeza de que é isso que você quer, garotinha? — Sua voz é baixa e cheia de promessas perigosas. Seus dedos se curvam ao redor da minha calcinha, e é só então que percebo algo na sua mão esquerda. Não são tatuagens, como imaginei no começo. São cicatrizes. Marcas irregulares e desiguais, queimaduras antigas que serpenteiam por seu braço como fantasmas de uma história que nunca foi contada. Eu deveria estar assustada. Mas, em vez disso, tudo o que consigo pensar é: o que diabos aconteceu com ele? E por que, ao invés de medo, o que eu sinto é um calor denso e pulsante crescendo dentro de mim? — Tenho certeza — sussurro, porque já fui longe demais para voltar atrás. Agora, preciso descobrir o que ele vai fazer. Se me trouxe aqui apenas para me ajudar a secar, isso seria quase fofo — mas esse homem não parece do tipo que banca o salvador. Ele ergue a mão cheia de cicatrizes e agarra meu cabelo, puxando-o para trás. Meu suspiro de surpresa é engolido pelo toque quente de sua boca contra minha garganta, espalhando beijos suaves e famintos na minha pele exposta. A aspereza de sua barba por fazer roça contra mim, uma provocação deliciosa que me faz estremecer. Ele me puxa ainda mais para perto, sua presença esmagadora entre minhas pernas, até que, finalmente, seus lábios se apoderam dos meus. Gemo contra sua boca, sentindo o calor subir pelo meu corpo. Meus quadris se movem por instinto, apagando qualquer espaço entre nós. Nunca fiquei com um estranho num banheiro antes, mas depois de três anos de repressão brutal, esse momento me consome como fogo. Melanie ficaria orgulhosa — mas não quero pensar nela agora. Só quero ele. Esse estranho. Esse monstro bruto e implacável. Esse p*u duro que eu sinto pressionado contra mim. O beijo dele não tem nada de suave. Sua língua invade minha boca com uma fome urgente, sem pedir permissão, sem hesitação. Ele tem gosto de uísque e menta, e estou completamente perdida enquanto o devoro, minhas mãos puxando seu cabelo, minhas unhas cravando levemente sua nuca. Deus, é um beijo perfeito. Daqueles que arrepiam a espinha, que fazem o corpo inteiro se incendiar. Meus m*****s estão tão duros que tenho medo de que rasguem meu vestido. Ele se afasta, apenas o suficiente para morder meu pescoço e soltar um rosnado baixo contra minha pele. — Antes que você continue — murmuro, ainda sem fôlego, piscando como se tentasse entender o que diabos acabou de acontecer — preciso saber seu nome. Ele solta uma risada curta, como se minha pergunta fosse adorável. — Não seria melhor se você não soubesse? — Nem um pouco. — Vincenzo. — Ótimo, prazer em conhecê-lo, Vincenzo. Meu nome é Melissa. — Nome lindo para uma garota linda. Ele morde meu ombro, empurrando a alça do meu vestido para o lado, lambendo e beijando cada pedaço de pele que encontra. — Ainda me acha bonita depois de eu ter jogado uma bebida em você? — Agora mesmo, acho que você é a mulher mais gostosa que já tive o prazer de "limpar". Ele puxa meu cabelo novamente, e eu suspiro. — Agora, querida, me diga... onde você ainda está molhada? Seu olhar desliza pela minha pele, e ele beija meu peito, seguindo a linha do decote do meu vestido. Seus dedos ágeis encontram a costura e puxam o tecido para baixo, revelando meu seio exposto. Gemo quando sua língua desliza em círculos lentos e provocantes pelo meu mamilo endurecido. — Estou molhada entre as pernas — confesso baixinho, a voz hesitante, dividida entre a vergonha e a excitação avassaladora. — Seja mais específica. Ele desliza as mãos pela minha coxa, afastando meus joelhos e beijando a pele quente e sensível do lado interno. Cada toque é uma tortura deliciosa. Cada movimento me faz desejar mais. — Minha... minha calcinha — murmuro, mordendo o lábio, encarando esse completo estranho que já me conhece de um jeito que nenhum homem jamais conheceu. — Sua calcinha? Então eu vou tirar pra você. Ele agarra o tecido fino e puxa com um movimento preciso, deslizando-a por minhas pernas até que ela fique pendurada em meus tornozelos. Com um sorriso lento e perigoso, a enrola e a enfia no bolso traseiro. — Pronto. Assim está melhor. Já terminei? — O quê? — O pânico me invade. Ele estava só brincando comigo esse tempo todo? — Se você ainda estiver molhada, me diga onde. — Ele se inclina para frente, uma mão apoiada no balcão, a outra segurando minha calcinha embolada. — Ou eu realmente vou ter que enfiar isso na sua boca? Meu coração dispara. Sim. Eu quero. É estranho. Louco. Insano. Mas essa é, sem dúvida, a coisa mais quente que já ouvi na minha vida. — Ainda estou molhada entre as pernas — sussurro, olhando para seus lábios deliciosos e sua expressão faminta. — Você quer que eu te limpe aí? — Eu acho… acho que isso vai funcionar, sim. Seus dedos sobem lentamente pela minha coxa, roçando minha pele sensível, provocando-me a cada movimento. — Aqui? — ele murmura, deslizando os dedos por minha f***a quente e escorregadia. — Minha bocetinha — digo, minha voz quase sumindo. — p***a, bebê, adoro ouvir você falar assim. Dois dedos grossos deslizam para dentro de mim, primeiro um, depois outro, e minha cabeça pende para trás quando ele me invade com facilidade, me preenchendo deliciosamente. Meus quadris se movem sozinhos, buscando mais. — Diz de novo — ele exige, os olhos cravados nos meus, sua mão trabalhando devagar, profunda, torturante. — Você deixou minha b****a toda molhada — confesso, minhas bochechas queimando, mas sem conseguir me conter. — Agora você precisa limpá-la. Com a sua língua. Ele sorri, um brilho perverso no olhar. — Vai ser um prazer, gostosa. Mas primeiro... Ele ergue minha calcinha do bolso e a segura diante dos meus lábios. — Abra a boca. Eu obedeço sem hesitar, minha língua deslizando para fora. Ele enfia o tecido entre meus lábios, e o gosto de algodão, uísque e minha própria excitação explode no meu paladar. Eu poderia cuspir se quisesse. Mas não quero. Um instante depois, sua boca está entre minhas pernas, sua língua traçando um caminho lento e implacável sobre o meu c******s. Minha cabeça gira. Minhas costas arqueiam. — Você tem um gosto incrível — ele geme, os dedos deslizando dentro de mim enquanto seus lábios sugam meu ponto mais sensível. Não sei quanto tempo consigo aguentar. Minhas pernas tremem, minha visão escurece, e quando ele murmura entre um chupão e outro: — p***a, gostosa, eu sabia que essa noite ia ser boa, mas não esperava algo tão delicioso quanto você... Eu desabo. Meu orgasmo me atinge como um raio, roubando meu ar, meus pensamentos, minha sanidade. Quando finalmente consigo respirar de novo, ele se afasta e me encara com um sorriso arrogante. Devagar, ele tira minha calcinha da minha boca e a enfia de volta no bolso. — Essa é minha agora. Ainda ofegante, o encaro. — Isso foi... — começo, mas não tenho ideia do que dizer. Ele se aproxima, toca meus lábios com os dedos que estavam dentro de mim, e eu, sem pensar, os lambo, provando a mim mesma em sua pele. Um gemido rouco escapa dele. Mas então, alguém bate na porta. — Chefe, a gerência tá p**a. Vincenzo sorri. — Vamos deixar isso pra depois. — Vincenzo sussurra. Ele me beija gentilmente mais uma vez e eu estou surpresa com o quão terno é. Ele fica por um momento, mãos nos meus quadris, antes de me ajudar a descer do balcão e me segurar lá, olhos encarando os meus como se ele estivesse tentando ler minha mente. E se ele pudesse ouvir meus pensamentos, eles diriam algo como: p**a merda, esse foi o melhor orgasmo da minha vida inteira e o que diabos eu estava pensando ao deixar um estranho me chupar na boate do meu próprio irmão, eu vou ser assassinada ouvindo gritos e xingamentos. — Aproveite sua lembrança — eu digo e me afasto dele, correndo para a porta. Ele não me impede dessa vez. Abro e saio, me forçando a não olhar para trás, e encontro os dois bandidos parados no corredor se defendendo de um bando de caras com cara de putos. Eu prontamente me viro e marcho para o outro lado enquanto um bando de gritos e vaias seguem em meu rastro. Há uma saída de emergência no final do corredor e eu a empurro, tropeço para fora na noite fria, meu vestido ainda úmido, sem calcinha e sem nenhuma pista de onde Melanie está. Estou me perguntando o que diabos eu acabei de fazer e que diabos eu sou agora, mas um sorriso se abre em meu rosto enquanto pego meu telefone para chamar um táxi para me tirar daqui.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR