Lívia voltou ao banheiro com as toalhas dobradas nos braços, ainda com o sorriso suave que não conseguiu esconder. Algo dentro dela — algo silencioso, tímido, mas real — começava a admitir que talvez talvez a deusa tivesse acertado.
Simon não combinava com um lenço preto.
Nada nele era sombrio.
Seu humor era fácil, leve, quase irresistível de lidar.
Talvez o preto fosse apenas ironia do destino ou um aviso de que ele era mais profundo do que parecia.
Ela parou ao lado da banheira, pronta para deixar as toalhas ali, mas hesitou.
O vapor quente subia em ondas preguiçosas, envolvendo o corpo dele de forma que deixava à mostra somente linhas definidas — costas fortes, ombros largos, músculos que denunciavam uma vida longe dali, feita de disciplina e esforço.
Simon continuava de olhos fechados, respirando fundo, como se a água estivesse desmontando cada tensão acumulada ao longo dos anos.
Lívia mordeu o lábio.
Ele fez tanto por mim hoje.
Pelo nosso casamento.
Pela tradição.
E ela queria retribuir de verdade, não apenas cumprir um papel.
Então, em vez de só deixar as toalhas sobre o banco, ela se aproximou e sentou-se na borda da banheira.
O movimento fez Simon abrir os olhos, surpreso.
— Lívia? — ele murmurou, a voz baixa, a água deslizando pelo peito dele.
Ela não respondeu. Apenas pegou a esponja, passou o sabonete nela, e a mergulhou na água quente.
Depois encostou gentilmente a esponja nas costas dele.
Simon ficou imóvel.
Completamente.
A esponja escorregou devagar sobre a pele dele arranhada, formando um rastro de espuma perfumada. Lívia seguia o contorno dos músculos — não de forma ousada, mas cuidadosa, delicada, como alguém que decide, enfim, fazer parte da vida de outro. Saimon sentiu a ardência, mas, não disse nada tentando não constranger a sua esposa.
A sensação da noite invadiu ele da cabeça aos pés.
O silêncio que tomou o banheiro não era desconfortável. Era sensual, íntimo.
Simon baixou levemente a cabeça, deixando-a continuar.
E, pela primeira vez desde que acordara com ela nos braços, não fez brincadeiras, nem comentários atrevidos. Não queria afastar ela.
Apenas sentiu.
Sentiu a água quente.
Sentiu a mão dela.
Sentiu o cuidado sincero.
E sentiu algo apertar dentro do peito.
Um pensamento, suave, inesperado, quase incômodo:
Ela tinha alguém!
O pensamento veio amargo, cortante.
E com ele, uma culpa que não esperava sentir.
Ela planejou outra vida. Outro homem. Outra história.
E por causa de um engano, acabou aqui. Comigo.
Ele tragou o ar, a mandíbula se contraindo por um instante.
Lívia percebeu a rigidez repentina e parou o movimento da esponja.
— Está doendo? — ela perguntou baixinho. — Desculpa por isso. Eu não sabia que tinha te machucado tanto.
— Não! Não foi isso. — a voz dele saiu rouca. — É só que,
Ele hesitou.
Algo dentro dele lutava para não transparecer o que sentia.
Mas a água quente, o toque dela, o cuidado que não esperava, tudo isso o desarmava.
— Eu sei que você não esperava estar aqui. — ele disse, enfim. — Que não fui a pessoa que você planejou encontrar.
Ele inspirou fundo. — Então… eu só queria que você soubesse que eu vou me esforçar.
Lívia piscou, surpresa com a sinceridade súbita.
— Se esforçar?
— Para que a gente dê certo — ele murmurou, olhando para frente. — Porque agora, nós somos casados. E casamentos abençoados pela deusa não têm volta.
A água vibrou quando ele mexeu as mãos sob a superfície.
— Simon.
— E eu não quero — admitiu, numa confissão baixa, verdadeira. — Não quero que você se arrependa de ter entrado no meu quarto.
O peito dela apertou.
Não de dor.
De ternura.
De algo novo, quente, que começava a crescer.
Ela colocou a esponja de volta na água e pousou a mão delicadamente no ombro dele.
— Eu não estou arrependida, Simon.
Ele virou o rosto para o lado, buscando seus olhos, como se não acreditasse.
Lívia sorriu — aquele sorriso pequeno, sincero, que raramente oferecia a alguém.
— Talvez a deusa saiba o que faz — ela disse suavemente.
Simon a olhou como se o ar tivesse sumido do banheiro inteiramente.
E pela primeira vez, não havia brincadeira nenhuma em seu olhar.
Apenas desejo contido.
E esperança.
Em um movimento rápido, puxou Lívia para dentro da banheira. E tomou os lábios macios em um beijo profundo. As mãos grandes subindo pelas pernas macias, antes de retirar o vestido por completo. Ele se afastou um pouco, para olhar o corpo dela sobre seu corpo.
Linda!
— Eu fiquei com tantas coisas, sem poder te ontem a noite. — confessou em um sussurro, encarando os lábios carnudos e úmidos dela.
— Também fiquei. — Lívia admitiu sincera, antes de voltar a beijar Simon.
Aqueles lábios dele. A forma que suas mãos apertam. Faz o corpo dela aquecer e estremecer rapidamente. Ele retirou a calcinha dela e depois o sutiã.
Encarou por um segundo. Parecia que a imagem dela era perfeita demais para ser ignorada.
— Está dolorida? – ele quis saber, sua mão descendo para entre as pernas dela, enquanto os lábios dele passava pelo pescoço.
— Não. — Lívia admitiu, se sentindo ansiosa pela sensação de telo novamente em seu interior. — E eu o quero. E quis dizer isso ontem a noite. E quero agora.
A noite, pensou que estava com o Lucas. Agora, sabe que não estava e quer uma imagem real. Com as feições de Simon preenchendo sua mente. Lívia quer dar uma imagem ao toque que recebeu.
— Isso é bom. — Simon admitiu, vendo sinceridade e terminação em Lívia.
A mão dele se infiltrou no cabelo farto dela, e os lábios de Lívia se separaram quando ele puxou o cabelo ali. O corpo todo estremeceu, e seu interior pareceu criar um vácuo de necessidade dele.
— Simon. — O nome dele em um gemido, fez ele parecer com uma fúria de prazer.
— repita. — exigiu levantando um pouco ela, apenas para deixar se afundar no interior quente. — Repita meu nome.
— Simon. — Foi um gemido sofrido, a sensação e a pontada dolorida da invasão, se tornando algo exitante.
Uma mão de Saimon foi ao pescoço delicado, e ele apertou suave. Lívia estremeceu, e apertou o homem em seu interior, fazendo ele gemer ao beijar seus lábios.
— Você é minha. — Ele declarou, tirando a mão do pescoço dela e levando para a coluna, mantendo ela presa pelos cabelos, e fazendo ela se mover. — Apenas minha. — mordeu o lábio dela, e puxou um pouco seu cabelo, o gemido dela sendo mais alto, mais duro, tanto quanto o aperto que fez ele estremecer.
O vai e vem do corpo dela, jogou água para fora da banheira. Simon admirou o corpo dela. Os olhos fechados enquanto subia e descia. Os s***s pequenos parecendo desejosos, e a pele dela parecendo reluzente.
Obrigada, deusa.
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