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O sheik que roubou meu coração

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Sinopse

Habituada a sua vida nos EUA, Mahara é uma jovem indiana que vive, como dizem seus pais, como uma Firangi, em meio aos estadunidenses como se fosse um deles. Abdicou dos seus costumes por vontade própria, partiu sozinha para estudar medicina veterinária fora e, mesmo após alguns anos, não sente falta alguma de casa. Enquanto vivia sozinha, vivia da forma como sempre sonhou, festejava, dançava, tinha amigas e se aventurava romanticamente sem peso algum na consciência.

Mas, numa manhã, de forma inesperada, seu pai a liga para que ela retornasse para a Índia, sem dar detalhes ou explicar a ela o porquê. Sem opção, Mahara pega o primeiro voo até Dali, chegando a casa de sua família, que era uma das mais influentes da região.

Apesar da recepção calorosa e amorosa, ela sabia bem que sua vinda não fora organizada por acaso e, naquele mesmo dia, descobriu o motivo de toda a pressa que seu pai impôs para sua chegada.

Sem aviso, sem pedido ou conversa, Radesh, seu pai, a havia prometido em casamento a um homem que viria conhecê-la dali há somente dois dias. A notícia tirou o chão sob seus pés e, mesmo com todo o escândalo, seu pai se recusou a desfazer o acordo que formou com o pai do homem a qual foi prometida, homem que sequer sabia o nome.

Mas Mahara estava decidida e jurou, por todos os seus deuses, que jamais o aceitaria como seu marido. Mas será que seu juramento vai ser mais forte que os sentimentos que estão prestes a se desenvolver em seu coração?

“Lorde Ganehsa, o que será de mim? Não vou me casar não vou! Morrerei de fome e de sede antes que me forcem a trocar votos com esse homem!”

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Capítulo 1
O céu estava claro e se erguia diante de Manhattan exatamente como devia ser, definitivamente, era uma manhã incrivelmente bela. Mas a beleza daquela manhã não tirava o peso que ela tinha para Mahara enquanto, antes mesmo que pudesse tomar seu café, ela atendia uma ligação vinda de sua casa. As ligações de sua casa eram pouco comuns, seu pai não suportava a ideia de vê-la estudando no exterior e seus irmãos compactuavam com aquele pensamento. Sua mãe, a esposa perfeita, não ousava irritar seu marido com as preocupações com a filha mais nova e rebelde. Filha caçula da casa dos Anad, seu pai ficou extremamente desgostoso quando sua única filha decidiu deixar o seio da família e seu país natal, a Índia, para se misturar com os americanos. Lembrava-se como se fosse ontem do seu pai olhando-a sair de casa como se estivesse vendo-a ser enterrada. Os olhos castanhos dele a encaravam com uma decepção digno de quem viu seu filho lhe gerar a maior vergonha possivel neste mundo quando na realidade, tudo o que ela fazia era se mudar por um tempo para NY para fazer sua faculdade. Depois daquele dia, podia contar nos dedos as vezes que recebeu uma ligação da sua casa, todas elas vindas de sua mãe, que ligava vez ou outra para saber se ela estava viva e bem. Apesar de tentar soar gentil, sua mãe também sempre expressava, de forma doce, seu descontentamento pela decisão de sua única filha mulher de sair de perto dela e misturar-se às mulheres estrangeiras, as quais considerava vulgares e impuras. Saiu de casa pouco depois que completara 18 anos, desde então, vivia em Manhattan e cursava medicina veterinária. Havia abandonado boa parte dos costumes que lhe foram ensinados no berço, vivia como uma Firanghi há quase quatro anos e não se arrependia nem um pouco. Já nem se lembrava de qual a última vez que colocara um saari ou cobrira seus cabelos, não usava tantas jóias e suas roupas eram as mais simples possíveis, visto que seus traços chamavam atenção por si só. Sabia que seu pai tinha plena consciência de seu comportamento, afinal, mesmo que ele dissesse que não, Mahara sabia que era vigiada. Mas seguia sua vida como se não fosse. Trabalhava como estagiária num consultório, estudava e até ia para a balada nas horas vagas, vivia como queria viver, sem se importar com seus pais, afinal, Nova Delhi era muito longe de NY. Mas não parecia longe o suficiente para seu pai não ligar para ela às 08h da manhã de um domingo. — Namaste, Baldi — ela falou, tentando soar doce e gentil. — Que surpresa é ess… — Mahara, suas passagens foram encaminhadas para seu email — ele falou, sem muitas explicações. — Seu voo está marcado para às 13h. Do outro lado da linha, Radesh Anad estava rodeado por seus filhos e recebia de todos um olhar esperançoso, enquanto esperavam a resposta vinda do telefone como se o tom do pai deixasse espaço para recusas por parte de Mahara. No escritório, todos encaravam o chefe da família e a tensão era palpável no ar, afinal, todos sabiam do gênio da filha casula dos Anad, bem como sabiam da falta de paciência do pai dela para com seus caprichos, aquela conversa era a receita perfeita para uma grande discussão. — Não estou entendendo — ela falou, unindo as sobrancelhas, levantando-se de sua cama de forma desajeitada e caminhando até a sacada de seu apartamento, procurando por ar fresco. — Do que está falando? Aconteceu alguma coisa? Por um momento, Mahara esqueceu-se de com quem estava falando, seu tom de confusão e irritação foi claro e bastante visível, sendo assim, não conseguiu reverter o estrago de suas palavras. Tratar seu pai com grosseria nunca foi algo eficaz, apesar de odiar a forma como Radesh tratava as coisas, lhe devia respeito, ele era o patriarca de sua família um Bramane, não era qualquer um. Mas no ocidente isso pouco importava e conviver tanto tempo longe de sua propria cultura a fizera esquecer-se, mesmo que por um momento, de como as coisas realmente funcionavam. — Aconteceu que me cansei de atender seus caprichos e decidi que já deixei você brincar de firanghi por tempo demais! — esbravejou ele com as veias do pescoço e testa saltando por conta da falta de disciplina da filha. — Espero que tenha a decência de retornar de maneira adequada ou irei eu mesmo buscá-la, pelos cabelos! Sua esposa, Deva, mãe de Mahara, levou as mãos à boca, completamente horrorizada com a velocidade com que uma conversa pacífica tornou-se algo que deixara seu marido com os nervos à flor da pele. Mas os demais não pareciam tão surpresos, talvez impacientes, mas não surpresos. Dito isto, Radesh desligou o telefone, olhando para a família completamente tensa à sua frente. A mamadi, Deva, sentia o peito apertado, mas nada podia fazer, de fato estava na hora de sua garota retornar ao lar e, infelizmente, seus sonhos precisariam esperar ou ser deixados para trás. Ao contrário dela, os irmãos estavam tão satisfeitos quanto o pai. Kabir, o mais velho e o único que já estava casado, estava há pouco de pular de alegria, de todos, ele era o que reprovava com mais fervor a ida da irmã ao exterior sem supervisão. Concordava completamente com Radesh quanto a ida de Mahara para as Americas e, como seu pai, ansiava pelo seu retorno para tirá-la do antro de perdição que era NY, ao menos era isso o que pensavam da selva de pedra. Diferente dos irmãos e do pai, Mahara estava há um ponto do desespero. Torcia para que aquela fosse só uma piada de mau gosto, uma forma de ser castigada por sua rebeldia, mas quando abriu a caixa de email e viu a passagem com seus dados, sentiu as pernas ficarem fracas e a cabeça doer. A morena sentou no chão da varanda para assimilar a notícia. Sempre acreditou que sua família a esqueceria completamente e torcia por isso, amava sua liberdade e sua vida. Viu seu rosto refletido na tela escura do celular e tentou controlar a respiração. Seus olhos, grandes olhos de um castanho brilhante, estavam marejados, os cabelos castanhos e ondulados ainda estavam desalinhados, afinal, havia acabado de acordar. Seus traços não deixavam enganar, suas origens estavam estampadas em seu rosto, literalmente, sua pele era morena, caramelada, num tom belíssimo e brilhante macia e bem cuidada seus olhos eram grandes e levemente arredondados demais, puxado nas pontas, lábios carnudos, bem desenhados, nariz mediano arrebitado e cabelos lisos, com leves ondulações. — O que eu faço agora? — ela se perguntou, olhando para o bonito céu daquela manhã e apoiando a mão esquerda no rosto. — Só pode ser uma punição dos deuses é a única explicação! Shiva, me perdoe! A nota de drama em sua voz era clara, mas estava realmente desesperada. Bagunçou os longos e ondulados cabelos castanhos enquanto sentia os raios de sol tocarem sua pele caramelada, mas em nada o calor do sol diminuía sua angústia, por mais que gostasse muito de manhãs ensolaradas. “O que vou fazer? Minha faculdade! Tô no último período!, ela pensava enquanto fungava. “Minha vida inteira! Meus amigos!” Enquanto o trânsito fervilhava na rua lá embaixo Mahara tentava acalmar os próprios pensamentos e encontrar uma solução para o problema que para ela era irremediável. Mas algo não a deixava em paz, um pensamento que martelou em sua mente durante boa parte da manhã e não a deixou em paz por longas horas. Por que seu pai a queria em casa de forma tão repentina? O que Radesh estava planejando? Sem se importar com a angústia que havia causado a sua filha, muito longe dali, Radesh encarava sua esposa com certa irritação. Entre quatro paredes com voz doce e um comportamento passivo, Deva conseguia tirar dele muitas coisas e, naquela manhã, não foi diferente. — Mas, Marido, pobrezinha da nossa menina! — ela choramingou, sentando-se no chão ao lado do marido, apoiando a cabeça em suas pernas, um gesto carinhoso que o lembrava dos primeiros anos de casamento dos dois. — Ela não é como as outras, sabe disso… — Minha flor — ele iniciou, tocando a bochecha da esposa com carinho —, Mahara precisa voltar para o seio de sua família e cumprir seu papel, ela abandonou nossos costumes, vi fotos em que se vestia como uma firanghi qualquer, é vergonhoso! Será melhor para ela estar conosco e, além disso, o noivo é um homem de muito respeito, não há melhor para cuidar da nossa única filha. — Sim, querido — respondeu Deva, resignada —, tem razão, tenho certeza que ele será um marido exemplar e que os deuses irão abençoá-los. *** Não esqueçam de deixar seus corações e seus comentários! 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