Narrado por Lorena
Era quarta de noite e eu tava em casa deitada, exausta depois de um dia cheio de aula e trabalho da faculdade que tinha pra fazer, “ ah mais você só estuda, estudar não é cansativo “ é claro que é cansativo, sem falar que eu tenho os serviços de casa pra fazer né ? Limpo a casa, esquento almoço, lavo roupa, essas coisas de dona de casa, como minha mãe trabalha eu faço pra ajudar ela, pra quando ela chegar já está tudo pronto. Vi quando meu celular vibrou, o peguei pra olhar e assim que eu vi o nome dele na tela, o cansaço evaporou.
Raví Rocha:
Ei, mocinha... tá por onde, hein?
Sorri sozinha, o coração já acelerando. Sou uma i****a mesmo.
Lorena:
Em casa deitada, tentando descansar um pouco. E você?
A resposta veio rápido, como se ele já estivesse esperando. Sei que o que eu estava me submetendo fazer era errado, mas tipo, eu tinha um ídolo, conhecer ele pessoalmente já era um sonho, agora imagina ele tendo interesse em mim ? Era algo fora da realidade.
Raví Rocha:
Tô aqui no estúdio ainda, resolvendo uns ajustes de uma música nova e vendo ideias pro meu próximo CD. Mas tu não sai da minha cabeça, sabia?
Lorena:
Mentiroso...
Raví Rocha ( Áudio de 3 segundos ):
É sério, visse? Desde que a gente se viu, eu só penso em repetir tudim de novo...
Raví Rocha ( Áudio de 8 segundos):
Tô indo tocar na Paraíba sexta e sábado. Um show em cada dia. É aí pertinho de tu, aí eu pensei... será que minha mocinha num quer ir comigo?
Meu coração quase parou.
Lorena:
Sexta e sábado? Onde exatamente?
A ansiedade e o interesse já havia se instalado em mim, o medo também, mas eu queria tanto estar nos braços dele de novo.
Raví Rocha:
Primeiro em Cajazeiras, depois em Campina Grande. Já organizei tudo... se tu quiser, mando o carro te pegar depois da tua aula de sexta. É só tu dizer que sim.
Demorei uns segundos, tentando fingir que ia pensar. Mas eu já havia tomado a minha decisão, só tinha um único problema…
Lorena ( áudio de 2 segundos ):
E a sua... namorada?
Raví Rocha:
Ela num vai. Eu quero que tu vá, pra gente se ver e matar a saudade que nem da outra vez. Tu sendo só minha, e aí topa ?
Fiquei encarando aquela última mensagem com o meu corpo inteiro reagindo. Só de lembrar do jeito que ele me tocou... minha respiração chega ficava fraquinha.
Lorena:
Tá. Eu vou.
Raví Rocha ( áudio de 6 segundos )
Aí sim em... minha mocinha sabe fazer um homem feliz. Sexta depois da tua aula o carro vai tá te esperando. Traz tua saudade, viu? Que eu tô morrendo de vontade de matar a minha…
Raví Rocha:
E dessa vez, o quarto é só nosso, sem frescura. Quero tu deitadinha na minha cama antes do show e depois também. Quero aproveitar cada minutinho do teu lado.
Suspirei, mordendo o lábio e sentindo o calor subir pelas pernas. Eu tava perdida, mas perdida do tipo que não queria ser encontrada.
Era impossível focar em qualquer coisa que não fosse ele.
A quinta passou mais devagar do que nunca, a sexta-feira se arrastava como uma penitência. A aula de administração de negócios parecia ter o triplo do tempo de sempre, e cada vez que o professor explicava algum conceito, eu olhava para o relógio contando os minutos para sair dali. Eu já sabia que não iria direto pra casa, a história com minha mãe já tava ensaiada. Eu sabia que eu estava sendo uma safada, imatura e vários outros adjetivos, mas eu queria errar pelo menos uma vez, queria fazer algo que me deixasse feliz sem pensar nas consequências.
Falei pra mainha que ia passar o final de semana com minha amiga da faculdade, que era aniversário dela e que a gente ia comemorar com as outras meninas, tentar aliviar o estresse da rotina. Minha mãe acreditou como sempre. Confiava em mim demais pra desconfiar de alguma coisa, sempre fui uma garota muito de boa e na linha, nunca dei trabalho, consequentemente ela não achava que eu estaria metida em coisa “errada”. Se ela soubesse que eu tava indo pra Paraíba me encontrar com o cantor famoso que conheci num show… provavelmente me matava, mas o que os olhos não vêem o coração não sente, né ?
Na saída da faculdade, o carro preto com vidro escuro já me esperava parado no meio-fio. O motorista, educado e discreto, apenas confirmou meu nome e abriu a porta pra mim como se eu fosse alguma celebridade, eu tava morrendo de vergonha e nervosismo. Sentei no banco de trás, com o coração acelerado e o corpo inteiro reagindo só de pensar que em poucas horas eu ia ver o Raví de novo.
A viagem passou num piscar de olhos.
Quando o carro parou na frente do hotel, meu corpo já tava fervendo. O recepcionista apenas me entregou o cartão de acesso ao quarto assim que eu disse meu nome, como se já estivesse tudo combinado. Subi sozinha, meio nervosa, meio ansiosa, com a mochila no ombro, a bolsa na mão e o coração disparado dentro do peito.
Abri a porta do quarto e assim que eu entrei o vi.
Parado perto da janela, camisa preta colada no corpo, a barriga de quem adorava tomar uma cervejinha, mas não o deixava feio, era o típico corpo de homem, sabe ? O cabelo arrumado pra trás de forma despretensiosa, o sorriso branco e os olhos… me olharam de cima a baixo com fome.
— Pensei que num chegava nunca mocinha. — Ele sorriu de lado, a voz rouca e carregada de desejo. — Já tava quase indo te buscar pela mão. — Sorri achando graça pelo jeito que ele falou.
— É que a aula atrasou um pouco... — tentei explicar, mas minha voz saiu fraca, porque a verdade é que eu já tava entregue só de olhar pra ele.
Ele caminhou até mim devagar, como quem sabe o estrago que tá fazendo.
— Tá bonita demais, sabia? Fico b***a com o jeito que tu me deixa doido só de aparecer. — Ele passou os dedos no meu queixo, subindo o rosto pra me olhar melhor. — Senti tua falta, Lorena... falta de verdade, fazia tempo que eu não sentia nada assim. — Me arrepiei inteira, um lado dentro de mim gritava que aquilo era tudo mentira dele mas o outro lado gritava dizendo que era verdade e bom… eu preferi acreditar que era verdade, era mais fácil, fazia eu me sentir especial.
— Eu também senti... — confessei, com um fio de voz.
Sem mais aviso, ele me puxou pela cintura e me colou no corpo dele que tava quente e firme. Nossas bocas se encontraram com urgência. Foi um beijo de saudade, de vontade acumulada, de lembrança do que a gente fez da última vez e da promessa silenciosa de repetir tudo e mais um pouco.
As mãos dele desceram pelas minhas costas até apertarem a minha b***a com força.
— Senti falta disso aqui... — ele sussurrou entre os beijos. — Desse teu jeitinho de gemer baixinho, de se abrir todinha pra mim… Porr@ Lorena. —
— Raví... — suspirei, a voz falhando. — Eu tô louca por você. —
Ele me virou de costas sem delicadeza e me prensou contra a parede.
— Eu vou te mostrar que ninguém nunca vai tocar em tu do jeito que eu toco, entendeu? — A boca dele encostou na minha orelha e arrepiou tudo no meu corpo. — Eu fui o primeiro... e vou ser o único. —
As roupas foram arrancadas sem muito cuidado. Senti minha blusa rasgando de tanto que ele puxou, me ergueu no colo e me jogou na cama como se eu fosse só dele e eu era. O cheiro dele, a boca dele, os dedos firmes apertando minhas coxas...
Quando me penetrou pela primeira vez naquele fim de tarde, foi fundo, sem paciência, sem cerimônia, era urgência. Eu soltei um gemido alto, sem vergonha de nada, porque o que ele fazia comigo não dava pra fingir que era normal.
— Isso, mocinha... abre essas pernas pra mim... mostra como tu sente saudade da minha pic@ — ele dizia com a voz arrastada, o sotaque acentuado pelo t***o.
A forma como ele falava me deixava ainda mais molhada. Me segurava pelo quadril com força, me puxando de encontro aos movimentos dele, que vinham fortes, pesados, precisos. Quem via Raví no palco não imaginava como ele era na cama.
A cama rangia, meu corpo tremia, e Raví gemia baixo no meu ouvido enquanto socava com firmeza e prazer bruto.
— p***a, Lorena... tu é toda minha... toda. Tu sabe disso, né? —
— Sei... — gemi, ofegante, as pernas já fracas.
Ele puxou meu cabelo, mordeu meu pescoço, me virou de lado, me colocou de quatro e montou por trás. Me segurou com uma mão no quadril enquanto a outra puxava meu cabelo pra trás enquanto metia com mais força ainda.
— Olha como tu geme pra mim, safada... gostosinha demais. Tu nasceu pra mim, nasceu pra gozar com minha rol@ dentro de tu. —
— Raví... vai mais... mais forte… — pedi querendo chegar logo ao meu prazer.
— Aguenta, que hoje eu vou te fuder até tu não conseguir andar amanhã. —
E cumpriu, ele cumpriu o que falou.
Me levou ao limite. Me fez gozar gritando o nome dele, me fez implorar pedindo por mais, mesmo quando meu corpo já não aguentava. Foi selvagem, quente, desesperado. Cada estocada dele parecia uma afirmação: "Você é minha."
Depois, suados e ofegantes, ele me abraçou por trás, o corpo colado no meu, o rosto escondido no meu pescoço.
— Eu tava com saudade disso aqui. Do teu cheiro, do teu jeitinho quieto mas safado... — Ele riu baixinho. — Tu me viciou, mocinha. —
Sorri, mesmo com o corpo destruído de tanto prazer.
— Você também me viciou, Raví… —
Ele virou meu rosto pra ele e me beijou de novo. Dessa vez com calma, beijo de carinho, não só de t***o.
Naquele final de tarde dormi nos braços dele, com o coração em paz e o corpo marcado pelo jeito único de Raví me tocar. E por mais que a gente quisesse acreditar que tudo aquilo era passageiro... meu corpo já sabia.
Era ele. Só ele.