CAPITULO 53

1366 Palavras
AURORA: De perto, Luigi está ainda mais perfeito, o seu perfume, domina o carro, e faz-me perder a noção, mesmo com toda essa situação de sedução, quando fecho os olhos, imagino Tony, sinto como se estivesse o traindo, tenho vontade de desistir, então, lembro que ele me largou, me abandonou, preciso esquecer, e conseguir seguir a minha vida. Sorrio e o cumprimento, m*l imaginava, que estava andando com o inimigo, ele fala, sem parar de me olhar: - Bom Dia Ísis, estou impressionado, sem maquiagem e toda aquela roupa, você continua de tirar o fôlego. Fico corada e mudo o assunto, para tirar os olhos dele de dentro dos meus: - Então aonde vamos. Ele ainda me olha estranhamente, sempre perde o foco ao me olhar e logo em seguida prende o maxilar e endurece o rosto. - Você me intriga, as vezes, parece uma menina de colégio. - Você também, Luigi... me intriga. Ele, olha os meus cabelos presos e os solta, deixando muito sem graça, coloca a mão na minha nuca e segura, olhando para os meus lábios, então o corto, me ajeitando no banco e desviando o olhar: - Você não me respondeu. Vejo que ele também tenta sair dessas situações, não entendo, ele quer, e não quer, se vira para frente, pega no volante e fala: - Conheço essa cidade como ninguém, vamos num lugar maravilhoso, você vai gostar, garanto. - Quero ver, nada dessas coisas de riquinhos, não aguento mais. - Deixa comigo, vamos ter um dia de italianos. Fico radiante, e ele cumpre o que prometeu, vamos a uma vinícola: - Então, vi ontem, que você gosta de vinho, você vai gostar desse. - Realmente eu amo vinho. Sou muito intensa, e mesmo criando uma casa dura, muitas vezes, a Aurora aparece, fico instantaneamente animada, ele sorri quando percebe, a paisagem é perfeita, o local é afastado da cidade, e cheio de pessoas simpáticas e bonitas, conhecemos, ajudamos a colher a uva, e a pisar, bebemos bastante vinho, por sinal, um vinho maravilhoso, rimos muito, depois comemos spaghetti, na mesma vinícola, sentados num tapete, estilo piquenique, perto das parreiras. Foi automático, o clima do lugar e as pessoas, nos desarmaram, e ele mudou o olhar, estava leve e simpático, mesmo as pessoas o conhecendo e demonstrando medo e respeito, nos deixaram a vontade, ele contou da sua vida, e como foi dura a sua criação, longe da Itália, so ele e a sua mãe, que ainda mora fora, mesmo longe da máfia, ele foi criado para ser da máfia. Eu também, conto a ele, a minha vida, e abro-me totalmente, acabo esquecendo que ele é um integrante da máfia, falo sobre os meus traumas, nem a Tristan abri-me de cara, precisou Tony reaparecer, para eu lhe contar tudo, com Luigi foi simples e fácil, falo, sem dizer o nome de Tony, percebo que ele se interessa, quando digo sobre Laura e o deixo intrigado, ele pergunta novamente: - Laura Catellani? Te sequestrou, mais de uma vez, e vendeu-te? Sem você ser p********a, ou amante? - Sim, você conhece-a? Não sei o que houve com ela, ou onde ela anda, na época, ela tinha certeza que eu estava dormindo com o marido dela, eu conhecia-o, da faculdade, mas, não tínhamos nada, ela me drogou, e entregou-me para um maníaco s****l, depois de eu quase morrer, e sair de um coma, novamente ela me sequestrou, drogou e vendeu, para a máfia, eu pensei que ia morrer, até hoje tenho pesadelos, com o Don Rossi, tentando-me estuprar, e por fim, novamente ela me tirou de casa, e quase me matou. Falo e solto o prato de comida, já quase entrando numa crise de ansiedade e pânico, tento levantar, ele fica de joelhos e me segura, me acalmando, o seu rosto agora, é de dor, e indignação, e o seu semblante me assusta, tem raiva e incredulidade: - Calma, chega, não precisa-me falar mais nada, eu acredito em você, olha para mim, esquece isso, eu acredito friamente em você. - Não estou mentindo Luigi, jamais mentiria, na verdade, não devia ter-te contado isso, vocês todos se conhecem, eu não devia... - Eu gostei que me contou, que confiou em mim, fui criado longe, conheço de nomes, não tive contato e convivência. Algo estranho aconteceu, sinto que ele acredita em mim, está desarmado, e verdadeiro, os seus olhos, estão marejados, e ficam mais perfeitos, e consigo-me acalmar, ele segura as minhas mãos percebo que está nervoso, começa a falar: - Preciso te contar algo, você tem que acreditar em mim, sei que nos conhecemos há dois dias, mas, foi diferente, você sabe… - Sim, também senti, consegui conversar com você, o que não consigo falar a ninguém. Que d***a! Tony me deixa assim, livre, e aparecem pessoas maravilhosas, que eu não consigo-me envolver, jamais, jamais vou ser de alguém por inteira, pois Tony é meu primeiro amor, foi meu primeiro homem, me salvou e matou por mim, e quebrou o meu coração para sempre. Ele tenta continuar a falar, o seu celular toca, ele pede licença, e sai para atender, assim, consigo-me recompor, e escapar dele, ele fala bem alterado, quando volta, o dono da vinícola chega junto, com o vinho que fizemos, tem o nosso nome no rótulo, ele olha passa o dedo, e indaga: - Aurora? Ou Ísis? - Ísis é o nome para o trabalho, por tudo que passei, achamos mais seguro, sou Aurora, Aurora Belmonte. - Você ia-me falar quando? - Talvez no final da noite, estava divertido, ser outra pessoa. - Aurora... continua perfeito, ainda mais… agora levanta e vamos, que ainda tenho um lugar para te levar. Ele estica a mão, me levantando, e puxando animadamente, mais um tempinho de carro, vamos numa vila, a caminho de Mônaco, o sol já se pôs, chegamos a uma cantina italiana, logo falo: - Não aguento mais comer. - Aqui não vamos comer, vamos beber, e dançar. Novamente, sou puxada por ele, e quando entro, novamente animo-me, outro lugar perfeito, mesas, e pessoas dançando em todos os lugares, muita risada e vinho, como um bom bar italiano. Dançamos e cantamos, e bebemos também, hoje sinto-me bem alterada, nunca havia bebido tanto, mas estou me sentindo muito feliz, como nunca, nunca havia-me divertido tanto, e dançado tanto, Luigi é muito divertido. Nem vejo a hora decorrer, e Anne, começa com as mensagens, e ligações. - Precisamos ir, já te contei tudo que passei, enfim, sou uma pessoa muito vigiada. - Vamos, sim, estão certos, em cuidar direitinho de você. Ele coloca o meu cabelo atrás da orelha e segura no meu rosto, quando ele se aproxima para me beijar, eu abaixo a cabeça, e desvio, saio na frente, dele sorrindo, ele morde os lábios, acompanha-me também sorrindo. Chegamos na frente do casino, ele desce e abre a porta do carro para mim, dancei tanto, que não estou aguentando, ele ameaça, pegar-me no colo, não deixo, e saio rapidamente, passando a sua frente, ele puxa-me pela cintura, me encostando no carro. Ele encaixa-se na minha frente, e segura firmemente a minha cintura, olha-me intensamente, deixa-me tão nervosa, que fico ofegante instantaneamente, se encosta em mim delicadamente, sinto a sua respiração e já não escuto mais nada a minha volta, sinto ele fica e******o, o que o espanta também e o deixa sem graça, coloco as mãos no peito dele, mantendo uma distância de segurança, que não adiante nada, ele segura o meu rosto, sem desviar o olhar, abro os lábios, para argumentar, mas o clima já esta insustentável, ele é lindo, e eu tenho desejos, que ele desperta nesse momento. Nos beijamos, intensamente, consigo beijá-lo, ele beija muito bem, não tiro as mãos do peito dele, mas, ele vem encostando, cada vez mais, e com as suas mãos ele tira as minhas, e ficamos totalmente encostados, sinto os seus músculos, e a sua excitação completa, e eu desejo-o, quando aperto os seus braços enormes, ele novamente segura na minha cintura, e o nosso beijo fica mais intenso, mesmo assim, ele não tenta me apalpar em nenhum momento. Paramos um segundo para recuperar o fôlego, ele fala: - Aurora, estou perdido, mas eu te quero...
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