CAPITULO 69

1353 Palavras
TONY: Axel pula em mim, e eu não consigo sacar a arma, começamos uma luta, Vicenzo corre, algemado, e sobe na embarcação dos Russos que os esperavam, e vem ajudá-los, vemos helicópteros chegando, então, eles fogem, já imagino quem seja, Mateo. Luigi faz sinal, para Mateo, e se posiciona, para ele abaixar, e pegar Aurora, Laura pega a arma de Axel, mira e atira algumas vezes na direção de Aurora, eu grito, mesmo com Axel em cima de mim, me batendo, Luigi entra na frente, e leva os tiros. Aurora se desespera, o segurando, ele mantêm-se firme, por alguns segundos, solto Axel, que corre na direção de Laura, ela vira-se e atira em Axel, no próprio amante, e corre para fugir com o seu pai, que a grita sem parar.  Luigi cai, Aurora grita, eu corro ajudar, ela levanta o seu vestido, tira a sua arma, da cinta na perna, que eu nem imaginava que ela tinha, grita Laura e atira, quatro vezes, corre até ela, e a vê agonizando no chão, ela olha, xinga. "Sua v***a, agora vou-te mandar para o inferno" E dá um último tiro na cara dela. Fico pasmo de vê-la fazer isso, tiro o terno e coloco no peito de Luigi, não da para ver onde pegou, tem muito sangue, ela volta, até nós, seu rosto, é puro ódio, e lágrimas, Vicenzo grita, desesperado, enquanto a sua embarcação some. Ela se ajoelha, segura Luigi e fala: - Fica comigo Luigi, não desiste, não desiste, somos nós, que vamos te salvar agora. Ele coloca a mão cheia de sangue no rosto dela, e apaga, ela controla-se, mesmo chorando, enquanto Dante e Mateo, o colocam no helicóptero, olha-me e fala: - Tony, me promete, que vai salva-lo, me promete. - Aurora, não sou Deus... Ela vem até mim, segura no meu terno, e fala: - Tony, me promete, se ele morrer, eu não sei o que será de mim. Eu tento tirar, a sua arma da sua mão, ela não deixa, e recoloca no coldre, eu abraço-a e falo: - Prometo, vou fazer de tudo, agora vamos com eles, precisamos ir para o hospital, o mais rápido. Thomas, esta conosco no helicóptero, e é muito experiente, ele começa o socorro, Aurora, agarrada a ele, e segurando a minha mão, fala o tempo todo no seu ouvido, pego o celular dele, que estava caindo do bolso, e vejo mensagens da sua mãe preocupada. Nenhuma mãe, merece, não estar com o filho, nesses momentos, Thomas desbloqueia para mim, resolvo responder, e falar a verdade: “ Sra. Rossi, o seu filho sofreu um acidente, numa operação da organização, estamos o levando para o hospital de Mônaco, se puder vir, mandarei buscá-la, me envia o seu endereço, sou Tony Ricci. Ela responde imediatamente. “ Quero ir, sim, ele está bem? Obrigada por me avisar” Ela me envia o endereço, ligo em casa e peço, para buscá-la, e trazê-la do modo mais rápido que tiverem, carro, avião, helicóptero, imediatamente. Chegamos no hospital, e o levam, os procedimentos que Thomas fez, o ajudaram, só de o olhar, o médico fala, que ele precisa de cirurgia, eu peço que não poupem gastos, sinto-me um pouco dolorido, estou com alguns machucados no rosto, por ter lutado com Axel, que era bem forte. Agora Aurora, está um caco, toda suja de sangue, assustador olhá-la, matou Laura, sem piedade, e isso, vai machucá-la, por muito tempo ainda, a primeira morte não se esquece, eu pergunto: - Aurora, quer ir para casa, se trocar… - Não Tony, eu não saio daqui, só quando ver Luigi estável. - Eu fico aqui, prometo. - Tony, eu não acreditei nele, em todos os seus avisos, e não ouvi Dante, ele pode morrer, e é culpa minha. - Não foi culpa sua, Laura era louca, e o pai dela, pior que ela. Ela treme de frio, Thomas tira o seu terno, e coloca nela, ela adormece no meu colo, passam se algumas horas, vejo uma senhora entrar, estamos numa área restrita, então só pode ser a mãe dele. Muito elegante, belíssima, eu sinto que a conheço, inevitavelmente a conheço, ela aproxima-se, esta chorando, ajeito Aurora e levanto-me. - Senhora Rossi, tentei de tudo, para ele não participar, e resgatá-lo o mais rápido possível. - Por favor, sou Sara Conti, não sou Rossi, eu sei, a enfermeira explicou-me, sempre serei grata, tem mais alguma notícia? - Nenhuma ainda, senhora. - Pode-me chamar só de Sara, tá bom, essa é Aurora? - É, sim, ela estava muito abalada, e passou umas situações fortes, ela defendeu, e salvou o seu filho. - Eu sei tudo sobre vocês, Luigi, e você, apaixonados por ela, mas sei, que ela ama você. Estranhamente, me sinto a vontade conversando com ela, mesmo triste e chorando, ela é calma, e amorosa no tom de voz, segurou a minha mão, e senti conforto, será que é isso, o amor de mãe, nunca soube de verdade, fomos buscar café, e ficamos um tempo conversando, estava pronto para falar de Aurora, e enfim, horas depois, o médico vem, e nos corta. - Senhor, o operamos, ele está estável agora, graças a vocês, que foram rápidos, ele levou três tiros, e por sorte não foi fatal, ainda vai ficar algumas horas sedado e entubado, de manhã venho avaliar, por enquanto podem vê-lo pelo vidro. Ele nos mostra o caminho, e acompanho Sara, depois, volto e busco Aurora, que acorda num pulo, e fica emocionada de vê-lo estável. - Aurora, essa é a Sara, mãe de Luigi. - Senhora, não sei como me desculpar. Ela abraça Aurora, por um tempo, e a corta de falar: - Eu sei bem como é ser um alvo da máfia, jamais te culparia. Aurora chora, nos bracos dela e fala: - Eu matei alguém hoje, que mereceu, mas eu matei... - Eu sei querida, fica calma já passou, agora deixa eu te olhar. Ela afasta Aurora, ainda segurando a suas mãos, passa a mão no rosto dela e fala: - Você é mais linda do que ele me descreveu, essa vida deles, é assim, nós mulheres da máfia, só devemos orar, para nossos homens retornarem vivos, minha filha, e as vezes tiramos vidas. - Obrigada senhora Sara. - Me chame, só de Sara, e o que você acha de irmos a um hotel, eu ajudo você a tomar banho, e depois voltamos? - Acho melhor não, quero estar aqui quando ele acordar. - O médico disse, que ele só ira acordar amanha cedo, temos bastante horas pela frente. Falo para elas: - Vamos Aurora, eu levo vocês. - Tá bom, mas não precisa de hotel, vamos para o casino, lá você será bem recebida, é o mínimo que posso fazer. Thomas que esta na segurança do quarto fala: - Senhora, eu vou ficar, até as madames voltarem. - Ok Thomas, qualquer coisa me chama. AURORA: Chegamos no casino, Dante, já nos espera, ele voltou com o seu iate, e aguardava noticias, e Romeo e Anne, ficam assustados, do estado que chego, mas mesmo ensanguentada, abraçam-me, apresento Sara, e elas vêm comigo até o meu quarto, lavo-me, e peço um remédio de dor, e Anne traz-me um calmante. Enquanto a agua caia por mim, e o segue escorria para o ralo, olhei as minhas mãos, e pensava incansavelmente, em Laura caída, morrendo, e eu matando-a, e não senti pena, nem arrependimento, senti mais raiva, e alivio, será, que eu não sou mais uma pessoa normal? Saio do banho, ainda de roupão, Tony espera-me sentado na cama, ainda descomposto, sento ao lado dele, tento tocar os seus ferimentos, ele esquiva e olha-me, e me dá um beijo simples, parece muito impaciente ainda, depois pergunta: - Você o ama, Aurora? - Você está preocupado com isso agora Tony? Não é hora. - Se você o Ama, a minha missão aqui acabou, e te deixo aqui, segura, com ele, cumpri a minha promessa de ajudá-lo, se for isso, já posso voltar para casa. - Como você pode pesar isso de mim, sempre sei só de um, sempre serei sua, sempre será você, eu te amo.
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