CAPÍTULO 6

3294 Palavras
Rodolfo Vinelly conhecia cada pedaço de grama que havia no gramado da casa onde cresceu e que ainda hoje morava sua mãe, seu pai e sua irmã. Ele sabia de cada entrada que poderia usar, havia uma falha no muro ao norte, assim como na entrada ao leste, ele sabia também cada detalhe da casa, todas as entradas possíveis, assim como saída. Hugo e Stella haviam construído aquele lugar juntos, eles foram o casal improvável na época, vejam e percebam que a mãe dele era uma enfermeira técnica do hospital geral da cidade, era bem nova, havia acabado de sair do colégio e de um curso. Stella não havia sido criada com seus pais verdadeiros, ela não os conheciam, ela havia sido criado por duas pessoas maravilhosas, um casal que não podia ter filhos e adotou a garotinha quando ela tinha apenas quatro anos. Sabe, Rodolfo sabia dessa história, aos onze anos viu a mãe perder uma parte dela, alguém que até ele considerou de verdade ser a avó dele, visto que o avô havia ido aos três aos dele, mas aos onze ele se lembrava bem da avó, que sempre passava a mão na cabeça do neto, que sempre dizia que ele era apenas um garoto e que logo iria aprender a fazer as coisas certas. Stella sempre foi esforçada, decidiu entrar no hospital pelo salário bom e as bonificações adquiridas. Naquela época as coisas não eram fáceis pra ela, ela vivia com duas pessoas que se esforçavam pra pagar as contas e a hipoteca da casa, mesmo eles dizendo pra ela não fazer, ela ia e fazia, dava sempre seu jeito de ajudar todo o mês. Então quando entrou no hospital, as coisas melhoraram 100%, logo tudo se ajeitou e ela pode começar a participar e a ajudar a sua família. O que ela não sabia é que mais coisas aconteceriam com ela naquele hospital e momentos depois dele também, sua vida não demorou a mudar, ainda mais quando um homem chegou e pediu pra ela fazer um curativo nele, era um corte na perna, esse cara era do tipo durão, que não reclamava e nem quis aceitar bem a anestesia para dar os quatro pontos. Naquela noite chovia e só havia ela de auxiliar de um dos médicos que fez o curativo nele e os pontos, mas quando veio a ficha dele, onde ela tirou os dados, ela conheceu ali, sentada em uma maca, o cara que fez ela se apaixonar, não pelos sorrisos gratuitos, não, Hugo só sorriu quando ela aceitou sair com ele na folga dela. Bem, então tudo aconteceu como os dois esperavam, só houve um problema que pegou no começo, a questão dela ser inferior a ele financeiramente. Stella não era rica. Hugo Vinelly aos vinte seis, conhecendo ela já trabalhava e tinha o suficiente pra viver bem com ela e seus filhos. Muita gente criticava e até diziam que ela iria engravidar dele por dinheiro, mas chegou o namoro, o noivado, até o dia que ele pegou a chave daquela casa ali onde iria morar com sua amada. Dois meses depois de casado ela engravidou, apenas aí, ela não precisou de muito pra conquistar ele ou fazer nada tão grande, ela apenas foi ela. Aquela que fez ele querer ter um laço de vida, nascendo então o primeiro filho, Rodolfo. No sétimo mês eles conseguiram depois de muita insistência que era um menino, mas sabiam que iriam tentar num futuro uma menina. Eles era aquele casal bem visto, não se poderia dizer que eles não passaram por crise, problemas que fizeram os dois mais maduros pro casamento e pra vida. Stella sempre gostou de cuidar das coisas da vida dela, não gostava que as pessoas fizessem coisas que ela poderia fazer, ela gostava de organizar também pra ajudar quem estava ao redor dela. Hugo era mais reservado, gostava também da ideia de fazer as coisas sozinhos, mas ele sabia bem como trabalhar com pessoas e sabia como cuidar do trabalho com elas. Hugo veio sendo o filho mais novo do casal Vinelly, ele tinha um irmão, mas eles não se falavam muito, depois da morte do pai e a retomada dos negócios, houve uma separação muito antiga de territórios Vinelly, um ficou com uma parte e o outro outra, dependiam deles fazer cada parte crescer junto. Havia sim também até uma semelhança entre Rodolfo e William e os dois irmãos, mas não era tão sério assim, era competitivos, mas não de forma tão agressiva. - Senhor Rodolfo, você está em casa - Berta sorriu ao ver o menino ali, a governanta que havia visto sempre perto enquanto crescia. Quase como uma tia de coração. - O bom filho a casa torna - Berta havia chegado aos três anos dele, quando a mãe teve problemas com a avó de Rodolfo, precisou tirar um tempo após a morte do avô, então Stella foi o apoio da mãe na época, trazendo Berta pra ser o apoio de Stella. De lá até ali eram amigos, Rodolfo a tratava como se fosse da família, até havia sugerido dela aposentar as coisas e tirar folga naquela trabalheira toda, mas ela sempre dizia que tinha tempo e que aquele não era o tempo dela deixar o trabalho que tanto gostava. - Como você está? - Estou bem, veio pra falar com sua mãe? - Também, mas estou aqui pra falar com meu pai também, se puder me dizer onde eu acho ele. - Está no jardim - Berta olhou o relógio. - Sua mãe começou a fazer ioga, sabe que dona Stella gosta de coisas novas, seu pai deve gostar da sua visita. - Ela colocou ele para fazer ioga? - Rodolfo riu, não queria perder a cena por nada. Stella não voltou para o hospital depois do casamento, ela engravidou e se tornou uma mãe, trabalhando em tempo integral, mudando a rotina. Ela não teve filhos ao longo do tempo depois de ter dado a luz a Rodolfo, não, ela demorou vinte e um anos depois pra engravidar novamente, sem esperar aconteceu e veio uma menina linda e que fez o dia dela mudar de rotina mais uma vez. Mas antes de Renata chegar, houve uma mudança ao ver que Rodolfo cresceu e não dependia tanto dos cuidados dela, então nessa época se teve um buraco que ela preencheu de uma forma engraçada e que fez ela embarcar a cada dia em uma nova arrumação. Ela começou com o básico, pintura, Jardinagem, confeitaria, música... Pelos céus, a lista de coisas que ela fez poderia facilmente encher as folhas de um caderno. Era muita coisa. A questão que ela sempre gostou nesse ritmo, era adicionar Hugo em cada coisa que ela fazia, mesmo ele tendo a carreira na empresa agitada, ele sempre arrumava um jeito ou era colocado pra fazer cada coisa com ela. Enquanto Stella aprendia a pintar um cenário lindo, ele fez apenas bonecos de palito e tinta, na Jardinagem ela plantou lindas flores e ele matou a árvore de laranja do quintal deles com um adubo que Hugo insistiu em testar, que ele mesmo havia feito. Na confeitaria, quase colocou fogo na cozinha e quando tentou música ele quase ficou sem voz. Bem, ele entrava na mesma onda que a esposa, ele gostava e ela pedia pra ele estar perto, assim não deixasse ele de cabeça e tempo vazio. Para Stella isso era importante, deixar ele em uma rotina que faça ele feliz sem parecer rotina, se todo casal se colocasse pra fazer a rotina juntos, estariam mais próximos e evitaria aquele afastamento que poderia levar a outra coisas, pra ela juntos era a palavra do casal. Não se tratava só da saúde e da doença, na alegria e na tristeza. Rodolfo atravessou a varanda e viu os dois sentados no chão, ali havia um espaço mais tranquilo, com os sofás e um espaço amplo no meio, onde eles estavam se contorcendo em uma posição que passava na televisão. Rodolfo teve que segurar o riso e se aproximar por trás dos sofás. - Eu vou ficar sem sentar minhas férias inteiras mulher, isso dói! - Pare de reclamar, são apenas movimentos suaves e tranquilos. - Fala isso para as minhas costas, elas estão aqui gritando com você. Rodolfo viu a irmã no sofá, deitada olhando tudo e rindo, ali Rodolfo viu um pedaço da família dele que era a mais nova edição, fabricada onze anos atrás, longos cabelos negros e o mesmo verde dos olhos, Renata Vinelly era a princesa querida do casal e do irmão. A menina havia chegado em um inverno, devido ao risco o parto aconteceu antes da hora, diferente de Rodolfo a mãe não era tão nova quando ocorreu a gestação. A menina era de oito meses. Mas era saudável e nunca, desde criança havia dado algo grave, apenas quando caiu da árvore na escola e deu dois pontos no super cílio. A menina tinha algo de diferente, uma personalidade mais observadora, mas um carisma e uma educação dignos de huma princesa. - Rodolfo! - O grito invadiu cada pedaço daquela varanda. Ele não demorou a se equilibrar pra pegar a garota no ar e girar ela como um pião. Quando ele parou, ela estava com aquele sorriso. Rodolfo uma vez quis ter tido uma irmã mais cedo, mas não reclamava de ter Renata naquela altura do campeonato, era alegre e divertida, havia uma imaginação do tamanho do mundo, claro que depois do acidente ele se afastou um pouco, ainda estava assim um pouco, mas tentava ficar perto ou manter contato. - Como você está? - Muito melhor agora, papai está aprendendo ioga, mamãe desistiu das aulas de piano e ele também. - Renata? - Aconteceu isso mamãe - Renata pegou na mão de Rodolfo e se mexeu. - Você estava trabalhando? -Sim, senhorita. Estava trabalhando, mas agora não estou mais, o que você precisa? - Podemos ir tomar aquele sorvete? - Suba e se arrume, eu levo você lá. - Que tal eu mostrar meu quarto, mamãe deixou eu tirar o papel de parede. - Que tal depois? Vou falar com o papai. - Promete que não vai embora sem falar comigo? - Claro que não vou. O que Renata tentou dizer e pedir era pra ele não discutir e ir embora de cabeça quente, Rodolfo e Hugo sempre se estranhavam. - Mamãe, posso ir com ele depois, por favor? - Que tal a senhorita ir ser arrumar? Renata sorriu e saiu em disparada pra dentro de casa, Stella se aproximou e beijou o rosto do filho, olhando ele de cima abaixo, como se não visse ele fazia semanas, mas era mesmo isso. - Como a senhora está? - Como pode ver ficando velha. - Eu diria isso do meu pai, da senhora não. - Ainda estou aqui - Meu pai se aproximou e ergueu a mão. - Então finalmente decidiu aparecer pra gente, então significa que não está com raiva de mim? - Indignado, mas não irritado. - Aceita alguma coisa, querido? - Não mãe, estou tranquilo. - Hugo? - Uma cerveja. - Amor?! - Stella, eu amo você, mas depois de tanto tempo parecendo uma mola não acha que mereço? - Você disse que... - Pare aí, eu não quero aqueles sucos verdes seus, por favor meu amor, não me torture dessa forma. Stella sorriu, saindo dali rindo. - Ela está cada dia pior. - Arrume uma mulher e daqui trinta ano vamos ter essa conversa - O homem se moveu até a mesa na varanda e puxou uma cadeira. - O que veio falar comigo? Tentei te ligar duas semanas atrás, mas nada, me disseram que tinha ido viajar. - Estava colocando as ideias no lugar. -Estão agora no lugar? - Sim, até aquela de atirar William da janela. - Rodolfo... - O cara provoca e o senhor sabe disso - Rodolfo suspirou fundo. - Ele resolveu me exonerar dos clientes que eu tava e me mandou uma bomba fresca, mas, como eu sou bom e competente no que faço, acho que tenho a solução. - Quem é? - Olavo, acho que se reuniu antes de sair pra suas feiras. - Sim, ele me disse que não pretende fechar. Entendo um pouco dele. - Acha que o filho dele vai pegar firme em algum momento? - Hugo deu um meio sorriso. - Ele contou isso? - Não, conheci por alto o garoto. Visto as atitudes e sabendo que ele é o único herdeiro. - Ele não quer deixar o legado na mão de quem não é seu sangue, ele está esperando uma atitude. - Mas se essa atitude não vir pode prejudicar ele e também a empresa, afetando os dois afeta o garoto. - Ele sabe disso Rodolfo, ele ainda só está esperando uma luz no fim do túnel para o garoto. - Como você está fazendo? Hugo se inclinou um pouco pra frente, pra encarar o seu filho, aquele que ele levou pro escritório pela primeira vez com oito anos e viu o garoto na sua cadeira, quando ele percebeu que ele gostou do lugar, que ele voltou anos mais tarde pra estagiar e entrar ali, o peito dele inflou pelo filho, mesmo tendo pensamentos diferente ambos seguiam princípios e o legado, então naquela época ele soube que tinha seu herdeiro, até Rodolfo começar a ter atitudes pessoais ruins. Hugo Vinelly sempre soube que os filhos poderiam não querer nada daquilo, que possivelmente poderiam trabalhar com o que realmente gostava. As empresas eram a vida dele e das pessoas que assumiram na geração passada, tinha que ter esse espírito e essa delicadeza em assumir o legado e império que haviam construído ao longo dos anos. - William foi escolhido pelo conselho em boa parte, mesmo eu sendo o nominal maior eu sigo vontade da maioria. - Mas não discorda. - O que eu mais quero é ver você lá quando eu sair, eu precisava desses seis meses com urgência, tentei fazer justo com aquele projeto que fizeram, mas não dependia apenas daquilo. Eu observo o que você faz e seu que se esforçou e tentou mostrar que não é o mesmo de antes, que tem algo novo em você, uma vontade de fazer as coisas certas. - Eu me senti rejeitado no primeiro dia, um m***a pai, daqueles que não era digno nem do respeito do pai, cheguei em casa depois do anúncio péssimo. - Sinto muito por isso. - Aquele acidente no ano passado... - Rodolfo... - Deixa eu falar pai, por favor - Ele fez uma pequena pausa. - Foi a pior fatalidade da minha vida, eu sei que a garota ao meu lado embarcou na minha e acabou se prejudicando e hoje não pode mudar isso, mas eu posso. Hugo sorriu. - Não sabe o quanto fico feliz disso. - Eu detesto William, mas desde que voltei, estou ciente que vou encarar isso. Eu não perdi a guerra, apenas perdi a batalha. - Na semana que não foi pra empresa já havia pensado que tinha desistido - Hugo foi sincero, sabia a chateação que era quando o garoto não conseguia as coisas. - Não falou com ninguém, até me ligaram pra saber de você. - Precisava daquele tempo. - Na verdade, você precisava entender que você tem chance de perder aquilo, mesmo eu querendo que você tome seu lugar, aquele que eu montei pra nossa família, pro meu sangue. - Pai... - Me deixe terminar. Sabe, eu entendi o que Olavo tentou me falar logo no nosso primeiro encontro Rodolfo, ele disse sobre o filho e como queria que ele assumisse os negócios, que ele visse que dependia dele e das atitudes para transformar si mesmo em um bom homem para empresa. Como pode ver, o filho dele não liga, pode perceber também que ele sabe, só que ele não está pronto pra deixar de lado o fato de querer que o filho cuide do legado dele, mesmo que esta evidente que o garoto não consegue. - Eu sei que posso perder aquilo. - Eu não quero ter que passar aquilo pra ninguém além de você quando me apostar, você entende isso? - Sim pai, eu entendo. Rodolfo e ele ficaram em silêncio, por grandes segundos até a mãe voltar, trazendo três cervejas e um suco. - Aqui está, para um dia desse precisamos de algo gelado. - Você deve ter contado errado, aqui tem três garrafas Stella, não acha - Ele sorriu. - Vamos, apenas beba Hugo, o dia foi cheio, não acha? A mulher se sentou ao lado do marido e encarou o filho, estava tão arrumado. Olhou para o marido também, tinha uma grande semelhança. Mas o que agradou ela foi eles estarem tranquilos. - Mandei fazer seu prato preferido. - Mãe, eu não... - Sua irmã vai adorar! - Forma covarde de me convencer. - Como está o trabalho com seu primo? - Rodolfo fez uma careta que resolveu tudo daquele assunto. - Você e ele nunca se entenderam, espero que isso mude. - Ele é mesquinho. -Mas trabalha bem - Stella pisou no pé do marido embaixo da mesa. - Também espero que faça um bom trabalho com ele. - Encerrando o assunto, devo esperar Olavo perder aquilo tudo ou arrumo algo pra ajudar? - A menos que seja dono de uma clínica de reabilitação, de outra forma faça um acordo. Leve em conta o legado e a forma que ele precisa descansar. - Ele parece ser tão teimoso. - Mostre que você também é - Stella sugeriu, bebendo um gole de cerveja. - Bebam gente, cerveja está uma maravilha. Rodolfo viu a irmã parar ao seu lado e girar na frente dele, usando um vestido e ao lado uma bolsa vermelha pequena. - O que achou do meu visual? - Está maravilhosa, mas eu acho que vamos jantar primeiro pra só depois ir na sorveteira, o que a senhorita acha? - A garota não precisou falar nada, se virou e caminho depressa pra longe. - Onde você vai, Renata? - Vou buscar alguns jogos pra gente. Ele sorriu, adorava deixar ela ganhar dele. - Vou confirmar o jantar. - Já não havia dito - Rodolfo balançou a cabeça e viu ela sair, persuasiva como sempre. - Mamãe sendo mamãe. - Poderia falar com ela em aprender alguma coisa mais fácil, minhas costas estão me matando. - Talvez box. - Algo que ela faria filho, não algo que ela iria apanhar de outra pessoa. - Bordado. - Me parece menor que ioga. Rodolfo pegou a cerveja e bebeu um gole, suspirando fundo. - Eu vou fazer minha parte durante o tempo que William estiver lá, não vou desistir de você e nem da nossa empresa. Eu prometo que vou dar meu melhor - Ele fez uma pausa. - Vi aqui pra falar que entendo o que fez. Vou responder as coisas que aconteceram da forma certa. - Não sabe o quanto quero isso. Bem, era isso. Rodolfo havia entendido o que o pai havia escolhido, ele não havia tirado ele do comando, apenas estava esperando o momento certo pra dar ele. Mas Rodolfo poderia ajudar e não ficar parado, não poderia parar no meio do mar e parar de remar, então ele continuaria. Não devia ser tão insuportável trabalhar sobre um comando diferente, mesmo querendo atirar o novo comando pela janela abaixo. Ele tinha uma boa equipe na empresa e um braço esquerdo e direito ótimo, então não devia ficar bravo ou irritado. Em poucos meses aquilo chegaria ao fim, precisava preparar sua imagem até lá. Dependia dele fazer isso. Falar com o pai não pareceu r**m, ainda achava que ele não confiava tanto nele, mas não dependia de Hugo. Mas de Rodolfo.
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